GRAU I
– Iniciação ao Hermetismo
Prefácio:
Na minha opinião, a coisa mais importante que diferencia o sistema de Bardon da maioria dos outros sistemas modernos de magia é que ele começa no começo. A natureza crucial desses passos iniciais, elementares, é frequentemente negligenciada por outros sistemas e isso não faz bem para o novato.
O sucesso verdadeiro com a magia é construído na base de coisas simples - quanto mais firme a base, mais alto o estudante será capaz de ascender. No Grau I, o estudante encontrará o básico do resto do curso: Meditação, Introspecção e Auto-Disciplina. Eu não posso enfatizar suficientemente o quão absolutamente essenciais essas três coisas são para a magia verdadeira.
Mental (Instrução Mágica do Espírito):
No Grau I, a Instrução do Espírito lida com três tipos básicos de meditação. A primeira é intitulada “Domínio do Pensamento”, mas é um nome pouco apropriado. O que é para ser feito não é controlar de forma ativa ou direta os pensamentos que surgem na sua mente; ao contrário, é necessário se estabelecer como um observador ativo de seus pensamentos. Quando a perspectiva de observador é estabelecida, a diversidade de pensamentos que normalmente aparecem diminuirá sozinha com o tempo.
O segundo tipo de meditação é chamado “Disciplina do Pensamento” e tem duas fases de prática. A primeira fase é feita no dia-a-dia e envolve a disciplina dos seus pensamentos de modo que eles tenham a ver somente com a tarefa em questão. Por exemplo, se você está dirigindo para o trabalho, você deve bloquear todo pensamento que não tenha a ver com o ato de dirigir. A segunda fase é executada como uma meditação normal, isto é, sentar-se com seus olhos fechados. Aqui, a pessoa escolhe um pensamento único e bloqueia todos os outros pensamentos emergentes. É melhor, nesse caso, começar com um pensamento simples, que cative a sua atenção. Cada vez que sua mente “viaja”, traga-se firmemente de volta para o pensamento escolhido.
O terceiro tipo de meditação é denominado “Controle dos Pensamentos” e envolve a realização da vacuidade da mente ou uma ausência de pensamentos. Para aqueles pouco familiares com meditação, essa é frequentemente a tarefa mais difícil. Ela requer uma boa quantidade de força de vontade e um esforço persistente. Quando os pensamentos invadem, você deve aprender a bloqueá-los e recuperar o vazio. Eu lhe asseguro, esta não é uma tarefa impossível!
Na minha opinião, a coisa mais importante que diferencia o sistema de Bardon da maioria dos outros sistemas modernos de magia é que ele começa no começo. A natureza crucial desses passos iniciais, elementares, é frequentemente negligenciada por outros sistemas e isso não faz bem para o novato.
O sucesso verdadeiro com a magia é construído na base de coisas simples - quanto mais firme a base, mais alto o estudante será capaz de ascender. No Grau I, o estudante encontrará o básico do resto do curso: Meditação, Introspecção e Auto-Disciplina. Eu não posso enfatizar suficientemente o quão absolutamente essenciais essas três coisas são para a magia verdadeira.
Mental (Instrução Mágica do Espírito):
No Grau I, a Instrução do Espírito lida com três tipos básicos de meditação. A primeira é intitulada “Domínio do Pensamento”, mas é um nome pouco apropriado. O que é para ser feito não é controlar de forma ativa ou direta os pensamentos que surgem na sua mente; ao contrário, é necessário se estabelecer como um observador ativo de seus pensamentos. Quando a perspectiva de observador é estabelecida, a diversidade de pensamentos que normalmente aparecem diminuirá sozinha com o tempo.
O segundo tipo de meditação é chamado “Disciplina do Pensamento” e tem duas fases de prática. A primeira fase é feita no dia-a-dia e envolve a disciplina dos seus pensamentos de modo que eles tenham a ver somente com a tarefa em questão. Por exemplo, se você está dirigindo para o trabalho, você deve bloquear todo pensamento que não tenha a ver com o ato de dirigir. A segunda fase é executada como uma meditação normal, isto é, sentar-se com seus olhos fechados. Aqui, a pessoa escolhe um pensamento único e bloqueia todos os outros pensamentos emergentes. É melhor, nesse caso, começar com um pensamento simples, que cative a sua atenção. Cada vez que sua mente “viaja”, traga-se firmemente de volta para o pensamento escolhido.
O terceiro tipo de meditação é denominado “Controle dos Pensamentos” e envolve a realização da vacuidade da mente ou uma ausência de pensamentos. Para aqueles pouco familiares com meditação, essa é frequentemente a tarefa mais difícil. Ela requer uma boa quantidade de força de vontade e um esforço persistente. Quando os pensamentos invadem, você deve aprender a bloqueá-los e recuperar o vazio. Eu lhe asseguro, esta não é uma tarefa impossível!
Perguntas e Respostas
1) O que é o “domínio do pensamento”?
Nos exercícios iniciais do Grau I, Bardon descreve três tipos de disciplina mental ou meditação. O primeiro tipo envolve a mera observação do que acontece na sua mente. Neste exercício, o estudante não bloqueia nenhum pensamento; ele meramente observa o que aparece. Com tempo e a prática repetida, você notará que o fluxo de pensamento naturalmente diminui. Mas o que está realmente acontecendo é que você está “calibrando” a sua mente para um nível de meditação menos “bagunçado”. Isso não é algo que você pode forçar, então não adianta, nesse caso, bloquear certos pensamentos enquanto se deixa outros aparecerem, etc.
Um motivo de problemas aqui são as outras distrações que surgem, como o alarme do carro que se mantém funcionando a alguma distância, ou o latido do cachorro do vizinho. Esses tipos de incidentes podem distrair sua atenção da observação de seus pensamentos. Você deve rapidamente se desvencilhar dessas distrações e focar sua atenção para a tarefa atual. No início isso pode ser difícil, mas com a prática persistente, a sua habilidade de focar se tornará tão rápida e absoluta que tais eventos externos não te distrairão; a distração será tão curta que não interromperá sua prática.
Outro tipo de distração é aquele no qual você é tentado a perseguir os pensamentos que chegam à mente. O ponto aqui, porém, é se distanciar do envolvimento com seus pensamentos – você deve ser um observador, não um participante. No início, isso também é muito difícil, mas com a prática persistente, você aprenderá como se distanciar e observar.
Não importa o quão difícil esse exercício possa ser no início para você, não desista. Isso é um precursor essencial para os exercícios seguintes. Você já possui a habilidade natural, geralmente inconsciente, de fazer tudo ensinado em Iniciação ao Hermetismo – tudo que o treinamento traz pra você é desenvolver o que estava previamente inconsciente e fazer com que isso se torne uma habilidade consciente.
Nos exercícios iniciais do Grau I, Bardon descreve três tipos de disciplina mental ou meditação. O primeiro tipo envolve a mera observação do que acontece na sua mente. Neste exercício, o estudante não bloqueia nenhum pensamento; ele meramente observa o que aparece. Com tempo e a prática repetida, você notará que o fluxo de pensamento naturalmente diminui. Mas o que está realmente acontecendo é que você está “calibrando” a sua mente para um nível de meditação menos “bagunçado”. Isso não é algo que você pode forçar, então não adianta, nesse caso, bloquear certos pensamentos enquanto se deixa outros aparecerem, etc.
Um motivo de problemas aqui são as outras distrações que surgem, como o alarme do carro que se mantém funcionando a alguma distância, ou o latido do cachorro do vizinho. Esses tipos de incidentes podem distrair sua atenção da observação de seus pensamentos. Você deve rapidamente se desvencilhar dessas distrações e focar sua atenção para a tarefa atual. No início isso pode ser difícil, mas com a prática persistente, a sua habilidade de focar se tornará tão rápida e absoluta que tais eventos externos não te distrairão; a distração será tão curta que não interromperá sua prática.
Outro tipo de distração é aquele no qual você é tentado a perseguir os pensamentos que chegam à mente. O ponto aqui, porém, é se distanciar do envolvimento com seus pensamentos – você deve ser um observador, não um participante. No início, isso também é muito difícil, mas com a prática persistente, você aprenderá como se distanciar e observar.
Não importa o quão difícil esse exercício possa ser no início para você, não desista. Isso é um precursor essencial para os exercícios seguintes. Você já possui a habilidade natural, geralmente inconsciente, de fazer tudo ensinado em Iniciação ao Hermetismo – tudo que o treinamento traz pra você é desenvolver o que estava previamente inconsciente e fazer com que isso se torne uma habilidade consciente.
2) O que é a “disciplina do pensamento” ou “concentração única”?
O segundo tipo de disciplina mental ou meditação descrito no Grau I lida com a concentração única da mente. Aqui, você foca seus pensamentos numa única idéia e bloqueia todos os outros pensamentos intrusos. Essa prática eventualmente calibra a mente para um nível mais alto de meditação. Se você aprendeu a gerenciar distrações externas com relativa facilidade e alcançou o estado de observador da sua mente quieta, então tudo que você deve fazer aqui é selecionar um pensamento único e se focar somente nele. Os tipos de distração que você encontrará aqui é a intrusão de pensamentos associados ou não-associados, e o hábito que sua mente tem de se envolver nesses pensamentos estranhos.
Se consideramos a analogia de calibrar a mente, torna-se óbvio que a mente funciona de modos previsíveis sua freqüência correspondente. Na freqüência mental do seu dia-a-dia, os pensamentos aparecem com grande freqüência e variedade, porque exercitamos pouco controle sobre eles. Na freqüência do “observador”, a mente diminui a quantidade de pensamentos, mas ela ainda está na freqüência do nível do “dia-a-dia”. O exercício do observador meramente alterna o foco para outra freqüência, ele não faz a freqüência do dia-a-dia desaparecer. O mesmo é verdadeiro para a freqüência da concentração única – o observador e a freqüência do dia-a-dia ainda existem, só que a mente é calibrada para uma freqüência mais alta. É como se o som de fundo das outras freqüências ainda existissem mas são relegadas a um segundo plano e não levadas em consideração.
Lidar com a intrusão de pensamentos indesejados durante o exercício de concentração única é muito igual ao gerenciamento de distrações externas que você aprendeu durante o exercício do observador. Parte de conseguir com que sua mente se calibre com a freqüência correta envolve o aprendizado de como rapidamente dispensar os pensamentos estranhos e recalibrar a sua atenção. Quanto mais você o faz, mais rápido se torna, e, eventualmente, torna-se tão rápido que as distrações não te interromperão.
Não “lute” com o funcionamento natural de sua mente, porque isso leva apenas à frustração. A melhor tática é seduzir a sua mente. Você controla a sua mente, não o contrário, e tudo que você precisa fazer é tomar o controle que você já tem e torná-lo uma coisa mais consciente.
Novamente, não desista no início se você falhar. Isso também é uma habilidade vitalmente importante para dominar os exercícios futuros.
3) O que é a “disciplina do pensamento” ou a “vacuidade da mente”?
O terceiro e final tipo de disciplina mental ou meditação, coberto no Grau I, envolve a vacuidade da mente. Se você suficientemente dominou a “dispensa” de distrações nos dois exercícios prévios e aprendeu a como limitar sua mente a um único pensamento, então alcançar a vacuidade da mente é o próximo passo lógico. Esta apenas é uma maior freqüência de meditação, mas é muito difícil de calibrar se você não dominou os outros exercícios.
Talvez a mais fácil maneira de alcançar a vacuidade da mente é ir por estágios. Primeiro reduza sua mente a um único pensamento, e então elimine até esse pensamento. Se você estiver familiarizado com a dispensa das distrações, então as distrações nesse nível serão rapidamente gerenciadas.
Antes de progredir para os exercícios do Grau II, você deveria ter feito um bom progresso com os exercícios de vacuidade da mente. Até alguns poucos minutos de verdadeira vacuidade vão servir para começar o Grau II, mas você deve constantemente melhorar esse sucesso inicial se você quiser se mover melhor e mais rapidamente ao longo do curso de Iniciação ao Hermetismo. Essa é uma técnica mágica básica que serve como base para o resto do trabalho – sem esse nível de disciplina mental, muitas coisas são impossíveis na magia.
4) Eu devo manter um registro de todas as minhas distrações
ou só as maiores?
Eu recomendo que, na sua primeira tentativa de cada
exercício, você não se incomode em contar suas distrações. Concentre-se ao
invés de gerenciá-los. No caso do primeiro exercício com a perspectiva do
observador, depois de você pegar o jeito, comece a contar suas distrações
externas – aquelas que realmente interferem com seu exercício. Se você é capaz
de gerenciar uma distração rapidamente e ela não te interrompe, não se incomode
em contá-la.
Com os outros exercícios da concentração em uma única coisa
e o vazio da mente, conte todas as distrações que interrompem seu fluxo de
consciência. De novo, conte apenas aqueles que realmente o interrompem.
Contar e manter registro de suas interrupções não é uma
parte necessária ao se tornar mestre desses exercícios. Sua única importância é
quando se mede o seu progresso. Pode ser muito benéfico ser capaz de comparar
quantas interrupções você experimentou ontem ou na última semana, ou quantas
você teve hoje. Fazendo essas conexões, você sera capaz de ver exatamente
quanto progresso foi feito.
No Grau II, Bardon menciona o uso de um cordão de contas ou
nós para contra suas interrupções durante seus exercícios. Essa é uma boa
técnica quando você se acostuma com ela. Eventualmente, passar de uma conta ou
nó para outro se torna uma segunda natureza e não requer um pensamento
interruptivo.
5) Para que serve a meta de cinco minutos?
Cinco minutos é uma daquelas metas “no mínimo”. É uma regra arbitrária, porém boa para se seguir. A idéia não é que você deva estritamente aderir a cinco minutos cronometrados; ao contrário, a idéia é a de que você deve alcançar uma meta que está além da sua atividade normal e uma com a qual você alcançará um certo nível de comprometimento. Nunca esteja satisfeito com cinco minutos como a meta última, final – sempre se treine para ultrapassar esse limite. No fim, você deveria se tornar capaz de alcançar e manter esses estados por quanto tempo desejar, seja por cinco minutos ou três horas.
6) A verificação do meu tempo causa distração?
Ela pode causar se você deixar. O modo com o qual eu trabalho é deixar o exercício rolar e quando eu alcançar o estado requerido, eu sigo com ele o máximo que posso. Quando esse estado termina, eu abro meus olhos e checo o tempo. Mas enquanto faço o exercício, eu não penso se estou fazendo no tempo proposto.
Outra tática é trabalhar no exercício até que suja uma interrupção maior. Nesse momento, eu abro meus olhos e checo para ver o tempo. Quando eu vejo que pelo menos cinco minutos passaram antes de eu ser interrompido e que eu posso fazer o exercício pelo mesmo tempo de modo consistente, eu então me sinto confortável para dizer que eu alcancei minha primeira meta.
Como você mede seu tempo é deixado para você e requer apenas um pouco de inventividade. Eu uso um simples relógio elétrico que não faz tique-taque, colocado no meu pé ou dentro de vista. O problema com isso é que eu devo lembrar qual era o tempo em que comecei. Outra alternativa é usar um cronômetro simples, mas ele requer “iniciar” e “parar”. Não importa, use qual método funciona melhor pra você e assegura o mínimo possível de interrupção.
Astral (Instrução Mágica da Alma):
Em minha opinião, este processo de estabelecer os espelhos
da alma positivo e negativo é “A” mais importante fase da iniciação. As
repercussões desta forma de auto-análise serão sentidas na vida inteira do
estudante e serão de grande benefício, não importando o quão distante nos Graus
de IAH o indivíduo vai penetrando.
O que é requerido aqui é uma radical auto-honestidade. O
estudante deve, brutalmente, penetrar todas as suas ilusões que dizem respeito
a quem ele é e como age no mundo, e escavar até a raiz dos problemas.
Fazer isso pode ser problemático, porque você enfrenta
partes de si mesmo que não são agradáveis. Desse modo, é uma boa idéia ser
gentil para si mesmo na medida em que você avança no processo da introspecção.
Lembre-se que as partes desagradáveis que você descobre são simplesmente o que
você é neste momento – nunca se esqueça de que você tem o poder de mudar essas
partes!
O ponto deste exercício não é te fazer sentir mal sobre si
mesmo, mas ao contrário, é claramente definir onde você deve começar no
processo da auto-mudança. Se você não tem uma compreensão clara de quem é,
então você não tem meios confiáveis de saber o que você deseja se tornar, nem
meios de chegar lá.
No processo de auto-mudança, o estudante transforma o que
existe em algo melhor. Não é um método que simplesmente livra-se dos aspectos
negativos da personalidade. Ao invés disso, ele tira a energia de um aspecto
negativo e a muda para uma manifestação positiva comparável. Aqui nada é
descartado ou perdido – tudo é transformado.
No trabalho do Grau I, o foco é “checar o estoque”. O
trabalho de transformação é relegado ao Grau II. Portanto, enquanto você busca
os aspectos positivos e negativos da sua personalidade, temporariamente pense
sobre como você quer transformá-los e deixe essa parte para a tarefa do Grau
II.
Uma consideração importante em montar seus espelhos da alma
positivo e negativo é que essa tarefa é melhor feita em completa privacidade.
Nunca compartilhe seus espelhos com outro ser humano! Isso é importante, porque
ajuda no tipo de auto-honestidade radical que a tarefa requer. Você deve
engendrar o sentimento de absoluta segurança na medida em que escreve as
coisas, muitas delas que você nunca compartilharia com outra pessoa.
Um caderno em espiral de tamanho médio é suficiente. Eu
aconselho contra o uso de diários encadernados porque você pode ter de arrancar
as páginas, especialmente quando começa o trabalho de transferir a sua lista de
itens para suas seções de Elementos. Além do mais, um caderno em espiral tem a
vantagem prática de ficar “dobrado” e não precisa ser todo aberto. [NOTA: Não
digite suas listas no computador! Escrever suas listas à mão no papel
personaliza o processo e o torna consideravelmente mais íntimo.] Sem ser
paranóico sobre isso, coloque seu espelho escrito num lugar onde você fique
seguro de que sua privacidade não será violada.
Comece, como Bardon aconselha, com a análise de suas características negativas. Escreva absolutamente tudo que vêm à mente, não importando quão insignificante possa ser. Recoloque-se em diferentes eventos de sua vida e veja o que há para achar. Mantenha registro, todos os dias, de itens que aparecem no presente. Medite todo dia sobre quem você é e dessa maneira construa uma compreensão mais profunda de seu lado negativo.
Comece, como Bardon aconselha, com a análise de suas características negativas. Escreva absolutamente tudo que vêm à mente, não importando quão insignificante possa ser. Recoloque-se em diferentes eventos de sua vida e veja o que há para achar. Mantenha registro, todos os dias, de itens que aparecem no presente. Medite todo dia sobre quem você é e dessa maneira construa uma compreensão mais profunda de seu lado negativo.
Franz Bardon sugere que você continue essa análise até uma
lista de pelo menos 100 itens. Muitas pessoas não gostam desse total, mas eu
asseguro que é um bom padrão para alcançar. Se você vê que sua lista cresce
além de 100 itens, então continue até se sentir seguro de que descobriu tudo.
Se você acha difícil fazer 100 itens, então continue com crueldade até
conseguir.
Na medida em que você analisa suas faltas, tenha certeza de
que cada item é algo que VOCÊ considera realmente como uma falta. É você quem
está se julgando – sua lista não deveria incluir os julgamentos de outros.
Bardon sugere um limite de tempo de uma a duas semanas para
essa parte do exercício (é muito raro ele determinar um limite de tempo em
IAH). Esse limite é importante porque esse processo inicial de auto-análise
deveria ter um começo e um fim. Não é algo para ser apressado nem atrasado, mas
sim algo que deveria ser cuidado por um tempo determinado.
Também, o processo de auto-análise é uma responsabilidade para a vida inteira do mago sério. Eu fiz esse procedimento do Grau I três vezes nos últimos anos. Cada vez foi separada por alguns anos e cada vez apareceram novos resultados. Essa é, para mim, uma maneira de verificar os progressos e é um exercício que ajuda no meu progresso.
Também, o processo de auto-análise é uma responsabilidade para a vida inteira do mago sério. Eu fiz esse procedimento do Grau I três vezes nos últimos anos. Cada vez foi separada por alguns anos e cada vez apareceram novos resultados. Essa é, para mim, uma maneira de verificar os progressos e é um exercício que ajuda no meu progresso.
O mago deve, o tempo todo, estar consciente de quem ele é. O
processo de esculpir a personalidade no que você deseja é para ser de vida
inteira – conseguir a perfeição verdadeira e absoluta não é possível para os
seres humanos materiais. O melhor que podemos esperar é estarmos constantemente
envolvidos com o nosso melhoramento.
Em qualquer caso, voltando ao Grau I: é tentador, durante a
construção da sua lista, depender da lista de faltas associadas com os Quatro
Temperamentos que Bardon incluiu no texto de IAH. Eu aconselho contra isso,
porque os itens que ele lista são muito gerais. Sua lista deveria ser o mais
específica possível.
Onde os Quatro Temperamentos ajudam é na próxima fase –
dividir sua lista em cinco seções de Elementos.
A divisão em Elementos é frequentemente uma tarefa muito
difícil, mas a coisa importante a se lembrar nesse estágio é que não precisa
ser perfeito. Faça o melhor que puder (meditar sobre o simbolismo dos Elementos
ajudará imensamente) – você pode sempre mover um item para outra categoria depois
se você achar que sua designação original foi incorreta. Na minha primeira
tentativa nesse processo, minha seção de “Desconhecido” era maior do que todas
as outras seções! Pode levar algum tempo para descobrir a qual categoria os
itens realmente pertencem, mas não deixe essa dificuldade interromper seu
progresso.
Bardon não especifica um limite de tempo para essa fase, mas
tente seu melhor para terminar essa tarefa dentro de uma semana, ou no máximo
duas.
A fase final dessa parte do Grau I é dividir cada um de suas
cinco seções em três categorias de importância. Bardon sugere que isso seja
feito dentro de uma semana, portanto não se apegue muito com essa parte de sua
análise.
Isso completa o trabalho básico do Grau I com o espelho
negativo e agora se deve voltar para a criação do espelho positivo. Os mesmos
processos e os limites de tempo se aplicam a esse processo. Devote o máximo de
esforço para essa lista, bem como você vem com os itens negativos. Nessa fase,
ao invés de tentar parar de se sentir mal consigo mesmo, você precisará evitar
o orgulho. :)
O resultado final são dois espelhos de 100 ou mais itens
cada, cada um deles dividido em cinco partes contendo três categorias. Esse
processo inteiro não deveria levar mais de três meses para ser terminado.
Os outros exercícios do Grau I deveriam levar a você mais de
três meses para dominar (o que, a propósito, é muito comum), então seria sábio
gastar esse tempo extra estudando seus espelhos. Tente compreender seu estado
atual de equilíbrio dos elementos. Veja como os diferentes itens de suas listas
se relacionam mutuamente. Frequentemente, você pode dessa maneira descobrir
“complexos” construídos de muitos itens funcionando juntos. Gaste um bom tempo
conhecendo a si mesmo através disso.
Finalizando, eu repito a você, esta é uma parte muito, muito
importante de IAH e nenhum esforço deveria ser poupado sobre isso. Mesmo se
você, ao começar com IAH, já tiver tido muitos anos de introspecção e sentir
que sabe tudo sobre si, não salte esta etapa! Até se você tiver feito algum
progresso no passado e abandonou o trabalho por um período extenso de tempo,
ainda assim não pule esta etapa – uma repetição dela pode se tornar muito
rápida para você, mas não deveria ser pulada.
Perguntas e Respostas
1) E se eu não conseguir chegar a 100 itens para cada um dos
meus espelhos da alma?
Então continue tentando até conseguir! O requerimento de 100
itens é bom, porque ele te pressiona a cavar o mais profundamente você puder.
Isso não deveria ser um exercício fácil que você poderia fazer sem muito
esforço. A idéia aqui é completamente limpar sua alma e afiar as suas
habilidades de introspecção. Isso é uma habilidade aprendida tanto como a
disciplina mental o é.
2) Quando eu devo parar de fazer a minha lista? Eu deveria
continuar indefinidamente?
Isso é o oposto da primeira questão. Algumas pessoas
encontram centenas de faltas e têm dificuldade em saber quando parar. O ponto
deste primeiro exercício na introspecção é estabelecer uma meta limitada. Se
você achar mais de 100 itens, então, ao invés de continuar indefinidamente,
limite seus esforços a duas semanas.
Isso é importante porque é fácil demais permanecer na
autocrítica e, então, evitar se mover para a parte de mudança de si mesmo. Não
pense demais do processo geral como sendo dividido em seções – ele é um ciclo,
composto de duas partes muito importantes: a introspecção e a autotransformação
subseqüente. A auto-análise sozinha não alcança muita coisa se não há motivo
para se mudar e melhorar o que o indivíduo encontra. Também, a auto-mudança
sozinha não funciona por muito tempo se você não tiver estabelecido um registro
completo do que você deve trabalhar.
Portanto, limite-se a não mais de duas semanas para essa
fase do ciclo. Isso será suficiente por agora. Você pode (e deve) sempre voltar
e adicionar coisas para suas listas depois – ela não precisa ser absolutamente
perfeita da primeira vez.
O que me traz ao assunto da natureza infindável desse ciclo
de introspecção / auto-mudança: esse é um hábito, verdadeiramente, para a vida
inteira do mago verdadeiro. Ao passar do tempo nesse trabalho, eu construí três
espelhos da alma, cada um separado por alguns anos. Esse é um processo de se
aperfeiçoar constantemente – não há um estado resultante e absoluto de
perfeição. Esse é um processo dinâmico e contínuo porque, como humanos, estamos
constantemente nos mudando e encontrando novas partes de nós mesmos.
Para os propósitos do Grau I, você deve ver seu avanço no
exercício com a dedicação de fazer o melhor que puder nele. Isso é só possível
quando você delimita metas e limites para si mesmo. Ao encarar dessa maneira,
você aprende o fundamental do processo e estará melhor preparado para continuar
trabalhando com ele na medida em que os anos passam.
4) E o que eu deveria fazer se não consigo descobrir qual
Elemento corresponde a uma característica específica?
Nesse estágio, não se preocupe com isso. Simplesmente
coloque o item no Elemento que parece mais apropriado e, aqueles que você não
consegue mesmo descobrir, coloque-os naquela maravilhosa categoria intitulada
“desconhecido”. Na medida em que você trabalha com os Elementos, sua
compreensão deles aumentará e você está melhor equipado para decidir se você
estava errado em seu julgamento.
Nesse ponto dos dez Graus, o Elemento verdadeiro a qual item
pertence é de menor importância do que o grau com o qual o item te afeta. Para
os propósitos de auto-mudança, a segunda divisão nas três categorias de
importância (ou freqüência) é muito mais relevante do que a correspondência
elemental do item. Isso é verdadeiro porque as técnicas verdadeiras de
auto-mudança com as quais você trabalhará não são dependentes dos Elementos.
No trabalho do Grau II de auto-mudança, a transformação de
suas características equilibrará sua composição Elemental, não importando se
você classificou os seus itens corretamente. O uso principal da divisão
Elemental é que ela te dá uma idéia da qualidade de seu equilíbrio ou
desequilíbrio Elemental. Aí é quando uma designação acurada por Elemento se
torna mais importante, mas nesse estágio é de menor importância.
Isso não significa que você não deveria tentar seu melhor
para determinar a correspondência Elemental correta. Você deveria se
comprometer a perseguir a sua categoria “desconhecida” até você conseguir
classificar cada item a um Elemento. Também, na medida em que sua compreensão
dos Elementos melhora, reveja os itens que você classificou e veja se estão
corretos. Uma vantagem de não ter de gravar seus espelhos da alma na pedra é
essa de que você pode sempre voltar e mudar a sua opinião!
Algumas pessoas descobriram que pesquisar as associações de
caráter aos signos zodiacais da astrologia ajuda bastante porque eles tentam
discernir qual item vai para qual Elemento. Alguns encontraram estímulo nos
trabalhos mais recentes de psicologia, e por aí vai. Em qualquer caso, existem
fontes escritas que ajudarão. Mas, de longe, o que mais ajuda é passar um tempo
meditando sobre o assunto.
Outra parte de conselho prático é que, quando você encontrar
um item desafiador, olhe para ele mais profundamente. Frequentemente, um item
não classificável é aquele que é muito complexo e que pode ser quebrado em
partes mais específicas. Normalmente, essas partes específicas são mais fáceis
de categorizar em Elementos individuais do que o complexo inteiro. Novamente, a
meditação é a ferramenta mais útil do mago – a maioria das respostas está lá
dentro, esperando para serem descobertas.
5) Sob qual dos Elementos o vício por substâncias, como
tabaco, deveria ser colocado? Eu soube que o próprio FB lidou com isso.
Bem, como você já percebeu, não há uma resposta rápida e
fácil. Há muitos fatores que contribuem para um vício. É melhor se você quebrar
esses fatores e lidar com eles individualmente do que lidar com o conjunto
“vício”.
Eu também sou um fumante e enfrentei de frente esse
problema. Eu parei de fumar por três anos e, embora fosse de grande benefício
para o desenvolvimento da minha força de vontade, não teve efeito sobre meu
vício. Disso eu aprendi muito sobre como gerenciar meu vício, mas isso não
evitou os aspectos mentais e emocionais de minha dependência.
Qualquer dependência é composta de muitos fatores mais do
que o objeto do vício. Por exemplo, meu corpo é viciado fisicamente ao uso
periódico de nicotina. Isso é verdadeiro para qualquer substância viciante,
seja inalada, comida, injetada ou bebida. Isso também é verdadeiro sobre as
atividades ou estados emocionais aos quais estamos viciados – cada uma dessas
coisas iniciam reações químicas nos nossos corpos físicos às quais nos tornamos
viciados. Embora possamos suavizar o impacto das conseqüências físicas de uma
dependência através da abstinência, isso não melhora os outros componentes-raiz
do vício (em muitos casos isso tem o efeito oposto de amplificar esses outros
componentes).
Para mim, fumar satisfazia uma certa inclinação à
autodestruição. E também satisfazia outras necessidades: minha necessidade por
aceitação social (isso foi antes quando todo mundo fumava); minha necessidade
de manter minhas mãos ocupadas (provavelmente o mal de cada alma artística);
minha necessidade de me distanciar de outros; minha necessidade de ter algo
inteiramente meu e minha necessidade por prazer (eu gosto de fumar de verdade).
É claro que eu poderia listar algumas coisas mais, mas estou certo de que você entendeu
o que quero dizer.
Ao quebrar qualquer vício em suas partes componentes, a
classificação das partes para os Elementos foi relativamente fácil. E isso me
deu a chave para remediar o vício raiz. Frequentemente, em qualquer trabalho de
cura (e o que mais é a transformação de si mesmo do que um processo de cura?) é
a doença raiz que é mais importante que os sintomas. Isso é verdade
especialmente quando se trabalha com os espelhos da alma. Podemos estarmos
convencidos de que demos conta do sintoma (por exemplo, eu paro de fumar),
quando de repente descobrimos que não fizemos nada para remediar a doença raiz
(isto é, minha dependência) e, puf!, todo nosso esforço foi pra nada. Até você
alcançar a raiz de uma dependência e desmembrar todas as suas partes, o vício
continuará. Em meu caso, depois de três anos sem fumar, eu comecei a fumar de
novo. De fato, em nenhum momento durante esses três anos eu não DEIXEI de estar
viciado ao fumo – tudo porque eu não tinha tomado conta dos outros componentes
de meu vício.
Quando eu classifiquei o item “fumo” a um Elemento, na minha
primeira tentativa, ao meu espelho negativo, eu o listei sob a coluna do
Elemento Ar. Havia, para mim, alguns aspectos bem característicos do Ar no meu
fumo, mas isso não funcionou de verdade pra mim num aspecto prático. Quando eu
comecei a quebrar em partes, eu vi que o item inicial se espalhou em vários
lugares. No fim, ele pertenceu a não um Elemento só, e eu estou certo de que
havia partes que podem ser diferentes para cada pessoa. A muito do espelho da
alma não pode ser dada uma correspondência Elemental e universal. Onde tais
padrões universais se aplicam corretamente é só num nível muito superficial de
generalização. É por isso que a lista das características associadas com os
quatro temperamentos que Bardon dá em IAH não é de todo útil – é geral demais.
Em qualquer hora que eu tinha dificuldade em determinar um
item num Elemento em meu espelho da alma, eu tentava quebrá-lo em partes
menores. Isso solucionou minha confusão e me forneceu a ferramenta que eu
usaria para me transformar.
5) Por que eu deveria fazer um espelho da alma positivo E um negativo? O espelho negativo não é suficiente?
O propósito principal das técnicas de auto-mudança é igualar
as características negativas, mas é apenas metade do processo. É de igual
importância que você promova suas características positivas.
É importante também, no processo de introspecção, que você
não olhe só para o seu lado negativo. Isso pode ser muito depressivo se você
não equilibrar com uma olhada igual no seu lado positivo. O mago deve andar em
equilíbrio, como deveria ser.
Outra razão importante pela qual ambos os espelhos são
essenciais para o processo geral é que, frequentemente, as respostas para suas
características negativas são encontradas no meio da lista de suas
características positivas! Nessa maneira, você sempre será seu próprio melhor
amigo.
Físico
(Instrução Mágica do Corpo):
Essa seção do Grau I começa com sugestões para alguns exercícios
diários simples. O primeiro é o de banho e aconselha que o estudante se banhe
num chuveiro frio e escove a pele com uma escova normal de cerdas. Isso pode
soar estúpido, mas eu te encorajo a tentar. É especialmente benéfico para o
iniciante porque, muito efetivamente, abre os poros da pele e facilita a saúde
corporal. Se você estiver acordando muito cedo para executar seus exercícios,
essa técnica assegurará que você esteja completamente acordado.
A segunda seleção de recomendações diz respeito ao
estabelecimento de um regime diário de exercícios. Falo de novo, isso é
especialmente benéfico para o iniciante porque leva a consciência do estudante
para o seu corpo físico. Isso não precisa ser levado a extremos – os aspectos
importantes são a manutenção da flexibilidade e da vitalidade do corpo.
Embora esses exercícios não sejam estritamente “mágicos”,
eles são, apesar de tudo, de importância e são pertinentes aos próximos
exercícios, mais “mágicos”.
A próxima seção é intitulada “O mistério da Respiração” e
forma a base de muitos exercícios por vir. É importante, portanto, que o
estudante preste atenção à dominação dessa simples técnica.
Por favor, note que o que diz respeito ao estudante não é a
constituição material do ar que é inalado (oxigênio, nitrogênio, etc.), nem a
energia vital inalada. Isso não é “pranayama” nem um exercício para
hiper-oxigenar o sangue. A única coisa de interesse aqui é a idéia inalada em
cada respiração – essa idéia representa a qualidade do que está sendo tomado e
é presa, pela mente, ao princípio do Akasha do ar material.
É vital que o estudante mantenha seu ritmo normal de
respiração durante esse exercício. O indivíduo não deve aumentar a duração da
inalação ou expiração e não deve segurar a respiração em ponto algum. É normal
para o iniciante automaticamente aumentar o tempo do ciclo de respiração,
porque leva alguns momentos para colocar os pensamentos em ordem. O resultado é uma
inalação mais longa enquanto a mente estabelece a idéia a ser inalada e segura
mais a respiração, enquanto se visualiza a idéia penetrando no corpo inteiro. A
razão pela qual isso ocorre é a de que o estudante é pouco familiar com a
construção da idéia e com a visualização de sua ação no corpo, então para
compensar, a respiração é estendida.
O problema que aparece aqui é que, se esse hábito for continuado,
o estudante associa a habilidade de respirar dessa maneira com a extensão do
ciclo de respiração e se torna impossível realizar essa tarefa com a respiração
normal. Aprender a fazer isso na respiração normal é importante porque o mago
pode nem sempre ter a oportunidade de reduzir a respiração para executar os
exercícios posteriores, tais como a acumulação de um Elemento, etc.
Com a prática, a construção da idéia e de sua circulação no
corpo pode ser executada num segundo. O truque para aprender os exercícios sem
a alteração do ciclo de respiração é desassociar a idéia da respiração. Por
exemplo, estabeleça seu ritmo normal de respiração e respire normalmente
enquanto você constrói a idéia no ar ao seu redor. Então, quando a idéia
estiver bem estabelecida, inale uma respiração normal do ar impregnado. Não
segure sua respiração nesse ponto, mas ao invés disso, execute sua respiração
normal enquanto segura a idéia em seu corpo e a circula. Deixe que sua exalação
seja feita só de ar e não de sua idéia.
Em outras palavras, é a mente que faz o serviço, não sua respiração. A respiração é apenas a carregadora de sua idéia e não é necessário alterar seu ciclo de respiração para acomodar a velocidade de seu pensamento. Com prática, porém, você se acostumará com o trabalho mental e isso se tornará rápido o suficiente para não precisar inserir respirações “vazias” extra enquanto você pensa. Eventualmente, seu nível de pensamento e visualização vão igualar a velocidade na qual você respira.
Outros
fatores importantes são:
1) A natureza da sua idéia. O pensamento que você inala deve
ser positivo e dizer respeito ao seu bem-estar espiritual
2) O grau de sua convicção. Você deve cultivar uma atitude
de absoluta certeza de que sua idéia está rapidamente se tornando realidade.
3) Persistência.
Você deve persistir com uma idéia só até sua meta for realizada antes de
passar para a próxima idéia.
As próximas duas seções são intituladas “A assimilação
consciente de nutrientes” e “A magia da água”. Essas técnicas são baseadas nos
mesmos princípios do mistério da respiração – uma idéia é amarrada na mente ao
princípio do Akasha da substância física. De novo, isso não tem nada a ver com
as propriedades físicas (vitaminas, minerais, etc.) da comida e da água. Nossa
única preocupação neste estágio é com a idéia que o estudante deve amarrar à
substância física.
Os mesmos requerimentos (isto é, a natureza da idéia, o grau
de convicção, e a persistência) se aplicam a esses exercícios. Esse trabalho
com comida e com a água deveria ser feito simultaneamente com os exercícios da
respiração. Em outras palavras, você não precisa dominar o exercício da
respiração antes de começar o trabalho com a comida e com a água.
Esses exercícios deveriam ser um hábito diário. Faça os
exercícios de respiração cada manhã e cada noite, e faça a impregnação da
comida e da água em cada refeição. Com um pouco de inventividade, você será
capaz de impregnar sua comida e sua bebida sem ser notado por outros, até
quando você se sentar num restaurante lotado ou numa mesa cheia de membros da
família.
Perguntas e Respostas
1) Eu tenho que parar de fumar, de beber e parar o sexo?
Não, você não TEM que fazer nada. Mas, se você quiser ter
sucesso no trabalho inicial de IAH é aconselhável que você temporariamente elimine
todas as substâncias que afetem a mente. Essas substâncias ficam na sua
corrente sanguínea por períodos estendidos de tempo e vão agir no controle que
você tem de mentalizar. A idéia de uma iniciação mágica é que você deve
aprender como alcançar os estados alterados equivalentes, espontaneamente e sem
precisar de um apoio artificial. O mago bem treinado pode ter qualquer estado
que uma droga pode induzir – E controlar a natureza e a duração da experiência.
Uma vez que você tenha dominado a sua própria mente, não há
razão pela qual você não possa conceder-se a estados mentais alterados e
prazerosos com moderação. Normalmente, o único problema é se o estado mental
alterado interfere com sua prática mágica. Com a atenção com o tempo, isso pode
ser abolido.
No que diz respeito a desistir de toda a expressão sexual,
isso não é nem necessário nem aconselhável a longo período para o mago que
procura por equilíbrio. A
abstinência sexual produz desequilíbrio. Invocar esse certo tipo de
desequilíbrio pode, algumas vezes, ser útil para o mago avançado, mas apenas
por períodos de curta duração e para tarefas muito específicas. Se você tem o
que agora é chamado de “vício sexual”, então uma abstinência temporária pode
ser um componente auxiliar de sua recuperação. Mas, sozinha, a negação não
resolve um vício – o indivíduo tem de alcançar a raiz de um vício e trabalhar
nele por dentro E por fora.
2) Eu tenho de me tornar vegetariano?
Essa é uma questão comum e sempre há desacordos sobre se o
vegetarianismo é requerido para o estudante. Na melhor das hipóteses, é uma boa
idéia, se seu corpo se sente confortável comendo apenas uma dieta vegetariana e
você se sente confortável ao preparar apenas refeições vegetarianas. Mas não é
obrigatório. Os benefícios em potencial à saúde de uma pessoa são inegáveis,
mas isso não é uma parte essencial ao se aprender magia.
O que é muito mais importante é comer uma dieta bem
balanceada. Basta uma dieta que forneça ao seu corpo os nutrientes e fontes de
energia que ele precisa. Tente evitar comer em excesso ou pouco demais.
3) Quer dizer que eu tenho de começar yoga ou ir à academia
todos os dias?
Não, a não ser que isso seja o que funciona melhor pra você.
A idéia por trás do que Bardon chama “ginástica diária” é apenas para manter
seu corpo flexível e saudável. Você
não precisa ir a extremos a esse respeito. Outra coisa importante é que
o exercício diário te leva a um contato mais próximo ao estado de seu corpo físico.
4) Como a magia da respiração, da comida e da água
funcionam? A água tem de ser fria?
É apenas o princípio do Akasha que é trabalhado nesse
respeito. O Akasha permeia todas as coisas. Por sua natureza, é suscetível a
qualquer pensamento imprimido nele e transmitirá esse pensamento à matéria que
ele encontra. Portanto, quando você imprime seu pensamento no Akasha que
permeia o ar que você respira ou a comida e a água que você ingere, o Akasha
transmitirá esse pensamento ao Akasha permeando seus corpos físico, astral e
mental. Através da ação dos quatro Elementos, o pensamento se tornará parte de
sua constituição física num nível celular. Isso modifica seu corpo em todos os
níveis.
Isso leva tempo – não acontece, no início, na noite
seguinte. Com prática, porém, isso pode se tornar uma ferramenta muito efetiva
para a auto-mudança e a rapidez de seu efeito aumentará.
A temperatura da comida ou da água que você consome não é um
fator que diz respeito à impressão do pensamento porque você está trabalhando
apenas com o Akasha. Onde a frieza da água se torna importante é quando você
acumula energia vital, um Elemento ou um Fluido na água. Então, não é o Akasha
(que permeia a água fria e quente igualmente) no qual você está impregnando sua
vontade – é a substância física ou astral da própria água e, quanto mais fria a
água, mais prontamente aceitará esse tipo de acumulação.
5) Eu tenho de abençoar cada refeição e copo de água que eu
consumo?
Não, você não precisa fazê-lo, mas, ao fazê-lo em cada
chance que aparecer, você aumentará a efetividade dessa técnica. Eventualmente,
se tornará uma segunda natureza para você e ninguém mais notará que você está
fazendo. Se eu me lembro corretamente, leva mais ou menos sete anos para seu
corpo renovar cada célula. Você pode, na teoria, inserir seu pensamento na
estrutura de cada célula nova que nasce e, portanto, transformar diretamente
seu corpo físico.