Liber Mortis in Vita

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Autor: Betopataca
Publicação Oficial da Irmandade de Baphomet (1999)

0. Lux in Tenebris...Hemen!

1. Saiba tu, ó! Príncipe, que deves de ser um nigérrimo corvo.

2. Torna negro o seu jardim mais secreto e morre, morre, morre e morre novamente.

3. O corvo alimentar-se-à de toda a carcaça, deixando apenas restos tão miúdos que nem os olhares mais acurados poderão ver.

4. O miasma sufocante, elevar-se-á com o corvo até o Abismo dos abismos.

5. No escuro, vazio e insondável Abismo, se tu estiveres preparado, o corvo e os restos abióticos do seu mortificado Ser tornar-se-ão como uma pomba.

6. Como uma flamejante e mercurial pomba, serás elevado e queimado no Sol que sempre brilha no Abismo.

7. Tu, como ebúrnea pomba, flamejarás até a ressureição como fênix.

8. Como fênix, assumirás as muitas côres das muitas côres. Pois, saibas que nem mesmo uma rosa é meramente vermelha, ó! Príncipe! Tolo é aquele que vê apenas a matiz carmesim numa rosa.

9. Na forma de Fênix elevar-te-ás, atingindo as supernas, até atingir o ápice de Tudo o que Há.

10. No cume de Tudo, a flamejante da Fênix resplandecerá em Tudo o que Existe, abarcando macro e micro como unos em todos os graus.

11. Pois, a Santíssima Verdade é a Não-Verdade da fênix, o possível do renascimento infinito. Morrer e ressuscitar a cada segundo, como os sábios adeptos da arte do pranayama. Viver é estar no movimento do Vazio-Pleno, entre o surgir e o destruir. Na eterna luz que brilha em vida e amor. Sim, na eterna luz que brilha em vida e amor.

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