"Loki Invocatio"

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Autor: Betopataca
Inspirado no “Lokesblót” da autoria de Coyote-Pup.
Reykjavík, Islândia, 2002.

Preparações:
O Adepto ergue um altar ao Sul. Tal altar deve ser análogo ao usualmente erigido pelo magista, contudo deve conter uma tigela (preferencialmente de barro). Também se adiciona ao altar um incensário, contendo incenso de odores picantes e estimulantes. Pode-se utilizar-se música (opcional).

Um “Ritual de Banimento”, à escolha do mago, deve ser feito no começo e no fim do rito.

Rito:
Acendem-se as velas e começa-se o uso do incenso.

O mago, diante do altar, com a adaga em punho, balança suas mãos para frente e realiza uma dança espiral completa, finalmente encarando o Sul novamente:

“Cativo, venha célere do abismo glacial, Liberte-se e livre-me das regras convencionais. Forjador, Forjador, o Astuto chamo.

O magista, com a adaga em punho, balança suas mãos para frente e realiza uma dança espiral completa, finalmente encarando o Leste:

“Mantenedor do Fogo, e do âmbar Brísingr, Traga à si mesmo aqui, sem suas amarras. Irmão de Býleistr, o Amarrado convoco.”

O praticante do rito, com a adaga em punho, balança suas mãos para frente e realiza uma dança espiral completa, finalmente encarando o Norte:

“Frustrador de Þórr, de trovejante intestino, Nascido-Þurs ainda pensativo, agradeço-lhe sua presença Hveðrungr, Hveðrungr, o Cabeça-Vermelha conclamo.”

O magista, com a adaga em punho, balança suas mãos para frente e realiza uma dança espiral completa, finalmente encarando o Oeste:

“Ligado por Juramento a Óðinn, o de um olho que tudo vê, Eu, (nome do mago), abro o meu templo e coração a ti. Filho de Laufeyjar, o Loptr invoco.”

O mago, diante do altar, com a adaga em punho, balança suas mãos para frente e realiza uma dança espiral completa, encarando o Sul novamente.

Em silêncio o praticante do rito ajoelha-se e coloca seu ouvido rente ao solo, enquanto bate fortemente o punho cerrado esquerdo contra o chão, bradando:

“O Tímido não hiberna mais pesadamente. Ele livra-se de suas algemas e vem celeremente a mim.”

O Adepto fixa longamente as velas no altar. Enquanto isto faz, deve lembrar-se das coisas mais insanas e engraçadas que puder (lembrar-se de imagens de fino humor negro é um bom exemplo), e com isto gargalha até a exaustão. Findadas as risadas, afirma:

“Oh fazedor-de-travessuras vem para fazer alegria -
Convoco-te para o deleite!
Trazendo-me grandes benefícios, espero cair de volta para a flama.
Sim, chamo-te para meu templo.
Loptr, sinto vosmicê gargalhando, saído de sua prisão.
Hail Satan!
Loptr, peço a ti imbuimento e inalação.
Shemramphorash!”

O Adepto faz um vocálico brinde a Loki. Feito o brinde, derruba um pouco de vinho do cálice na tigela e bebe a sobra.

Passa incenso por todo seu corpo e inala profundamente a fumaça que do incensário provém. Enquanto isto faz, deve mentalizar fortemente um anseio ou desejo que gostaria de fitar satisfeito, e, por fim, cria uma sorte de “filme-mental” onde este anseio-desejo chegue ao resultado esperado ou atinge consumação. Ao invés de “incensar-se”, o Adepto pode fumar um cachimbo contendo ervas alucinógenas ou que julgue apropriadas, empreendendo o processo de mentalização supracitado.

Feito o, acima descrito, processo de mentalização o mago molha o dedo indicador da mão esquerda no vinho contido na tigela. Com o dedo embebido de vinho, faz em sua testa um pentagrama inverso e pronuncia:

“Dei às boas-vindas ao Esperto, Ele forjou o seu trabalho. Agora irei ver o deus Tímido comover-se conforme trilho a Via da Insanidade. Assim está feito!”

[Crédito da Imagem: Anônimo, "Loki", manuscrito NKS 1867 4to, 93r, 1760, Det Kongelige Bibliotek ["Biblioteca régia") Copenhagen, Dinamarca]

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