A Cerimônia dos Nove Ângulos

Print Friendly and PDF


(Esta cerimônia deve ser realizada numa câmara fechada que não contenha nenhuma superfície curva. Não deve haver fogo na câmara com exceção de um braseiro. A iluminação deve ser obtida através de moderada luz das estrelas ou luar, ou com aparelhos ultravioleta escondidos. Acima e atrás da plataforma do altar deve haver o desenho de um trapezóide. O celebrante e os participantes todos usam máscaras para distorcer suas verdadeiras feições.

Os participantes postam-se de modo a formar a metade de um hexágono frente ao grande emblema do trapezóide.

Isto é, assim:
image


O celebrante fica na frente do altar, voltado para os participantes. Ele levanta sua mão esquerda fazendo o Sinal dos Chifres e proclama:)

CELEBRANTE:

N’kgnath ki’q Az-Athoth r’jyarh wh’fagh zhasa phr-tga nyena phragn’glu.

Honremos Azathoth, sem cuja gargalhada este mundo não existiria.




(Os participantes repetem o gesto.)

PARTICIPANTES:

Ki’q Az-Athoth r’jyarh wh’fagh zhasa phr-tga nyena phragn’glu.
Honra a Azathoth, sem cuja gargalhada este mundo não existiria.




CELEBRANTE:

Kzs’nath r’n As-Athoth bril’new sza’g elu’khnar rquorkwe w’ragu mfancgh’ tiim’br vua. Jsnuf a wrugh kod’rf kpra kybni sprn’aka ty’knu El-aka gryenn’h krans huehn.

Azathoth, grande centro do cosmos, toque tuas flautas para nós, acalmando-nos frente aos terrores de teus domínios. Tua alegria sustenta nossos medos, e em teu nome nós regozijamos no Mundo dos Horrores.




PARTICIPANTES:

Ki’q Az-Athoth r’jyarh wh’fagh zhasa phr-tga nyena phragn’glu.
Honra a Azathoth, sem cuja gargalhada este mundo não existiria.




(O celebrante abaixa a mão e então faz o Sinal dos Chifres com sua mão direita. Todos os participantes repetem o gesto.)

CELEBRANTE:

N’kgnath ki’q Y’gs-Othoth r’jyarh fer’gryp’h-nza ke’ru phragn’glu.

Honremos Yog-Sothoth, sem cujo sinal nós mesmos não existiríamos.




PARTICIPANTES:

Ki’q Y’gs-Othoth r’jyarh fer’gryp’h-nza ke’ru phragn’glu.

Honra a Yog-Sothoth, sem cujo sinal nós mesmos não existiríamos.




CELEBRANTE:

Kh’run-mnu kai Y’gs-Othoth hrn-nji qua-resvn xha drug’bis pw-nga s’jens ni’ka qurass-ti kno’g nwreh sbo-j rgy- namanth El-aka gryenn’h. Ky’rh han’treh zmah-gron’t k’renb phronyeh fha’gni y’g zyb’nos vuy-kin’eh kson wr’g kyno.

Yog-Sothoth, mestre das dimensões, por tua vontade fomos nós lançados ao Mundo dos Horrores. Óh tu que não possui face, guia-nos pela noite de tua criação, para que nós possamos comtemplar o Elo dos Ângulos e a promessa de tua vontade.




PARTICIPANTES:

Ki’q Y’gs-Othoth r’jyarh fer’gryp’h-nza ke’ru phragn’glu.

Honra a Yog-Sothoth, sem cujo sinal nós mesmos não existiríamos.




(O celebrante estende ambos os braços à sua frente formando um triângulo. Os participantes fazem o mesmo.)

CELEBRANTE:

Z’j-m’h kh’rn Z’j-m’h kh’r Z’j-m’h kh rmnu. Kh’rn w’nh nyg hsyh fha’gnu er’ngi drg-nza knu ky cry-str’h n’knu. Ou-o nje’y fha’gnu qurs-ti ngai-kang whro-kng’h rgh-i szhno zyu-dhron’k po’j nu Cth’n. I’a ry’gzengrho.

Os Daemons são, os Daemons foram, e os Daemons serão novamente. Eles vieram, e nós estamos aqui: eles dormem, e nós zelamos por eles. Eles dormirão, e nós morreremos, mas nós retornaremos através deles. Nós somos seus sonhos, e eles despertarão. Hail aos antigos sonhos.




PARTICIPANTES:

I’a ry’gzengrho.

Hail aos antigos sonhos.




(O celebrante vira-se para o altar.)

CELEBRANTE:

Kh’rensh n’fha’n-gnh khren-kan’g N’yra-l’yht-Otp hfy’n chu-si whr’g zyb’nos thu’nby jne’w nhi quz-a.

Eu invoco agora aquele que não dorme, o heraldo negro, Nyarlathotep, que assegura o elo entre os vivos e os mortos.




PARTICIPANTES:

I’a N’yra-l’yht-Otp.

Hail, Nyarlathotep.




CELEBRANTE:

Kh’rengyu az’pizh rz’e hy’knos zhri ty’h nzal’s za naagha hu’hnby jne’w nhi quz-al hjru-crusk’e dzund dkni- nyeh ryr’ngkain-i khring’s naaghs pyz’rn ry’gzyn rgy-namanth El-aka gryenn’h tko f’unga l’zen-zu dsi-r p’ngath fha’gnu nig-quz’a i’a N’yra- l’yht-Otp.

Óh tu sombrio, que cavalga nos ventos do Abismo e conclama os vultos da noite entre os vivos e os mortos, envie-nos o Antigo do Mundo dos Horrores, cuja palavra nós honramos até o fim do sono eterno. Hail, Nyarlathotep.




PARTICIPANTES:

I’a N’yra-l’yht-Otp.

Hail, Nyarlathotep.




CELEBRANTE:

I’as urenz-khrgn naaghs z’h hlye fer- zn cyn. I’as aem’nh ci-cyzb vyni-weth w’ragn jnusf whrengo jnusf’wi klo zyah zsybh kyn-tal-o huz-u kyno.

Saudações a ti, bravo príncipe do grotto cuja herança e marca nós carregamos. Saudações a ti e teus pais, dentro de cujo templo tu gargalha e grita em terror e alegria, em medo e êxtase, em solidão e fúria, conforme tua vontade.




PARTICIPANTES:

I’a N’yra-l’yht-Otp urz’n naagha.

Hail, Nyarlathotep, príncipe do Abismo.




CELEBRANTE:

V’hu-ehn n’kgnath fha’gnu n’aem’nh. Kzren ry’gzyn cyzb-namanth El-aka gryenn’h kh’renshz k’rahz’nhu zyb’nos y’goth-e vuy-kin’eh nals zyh.

Em teu nome permita-nos contemplar o pai. Permita que o Antigo que reina sobre o Mundo dos Horrores venha e fale conosco, para que mais uma vez nós fortaleçamos o elo que vive dentro dos ângulos da Via Sinistra.




(O celebrante de frente para o altar cerra ambos os punhos e cruza a mão esquerda sobre a direita colocando-as contra seu peito.)

CELEBRANTE:

I’a Sh’b-N’ygr’th aem’nh El-aka gryenn’h. I’a aem’nh kyl-d zhem’n. I’a zhem’nfni n’quz n’fha’n-gn kiqua hu-ehn zyb’nos.

Hail, Shub-Niggurath, pai do Mundo dos Horrores. Hail, pai daqueles sem chifres. Hail, imortal carneiro do Sol, que não dorme enquanto honramos teu nome e teu elo.




PARTICIPANTES:

I’a Sh’b-N’ygr’th.

Hail, Shub-Niggurath.




(O Bode de Mendes [no original: “Goat of a Thousand Young”] surge. Todos os participantes cerram os punhos da mesma forma que o celebrante.)

CELEBRANTE:

I’a aem’nh.

Hail, pai.




PARTICIPANTES:

I’a aem’nh.

Hail, pai.




SHUB-NIGGURATH (Bode de Mendes):

Phragn’ka phragn. V’vuy-kin’e f’ungn kyl’d zhem’n k’fungn zyb’nos Z’j-m’h kyns el-kran’u. F’ungnu’h zyb-kai zyb’nos rohz vuy-kh’yn.

Eu sou o que eu sou. Através dos ângulos eu falo com aqueles sem chifres, e eu prometo novamente o elo dos Daemons, por cuja vontade este mundo existe. Proclamemos o Elo dos Nove Ângulos.




CELEBRANTE E PARTICIPANTES:

I’a aemn’h urz’vuy-kin w’hren’j El- aka gryenn’h. F’ung’hn-kai zyb’nos rohz vuy-kh’yn n’kye w’ragh zh’sza hrn-nji qua-resvn k’ng naagha zhem v’mhneg-alz.

Hail, pai e senhor dos ângulos, mestre do Mundo dos Horrores. Nós proclamamos o Elo dos Nove Ângulos em honra das flautas daquele que gargalha, o mestre das dimensões, o heraldo da barreira, e tu o Bode de Mendes.




TODOS:

V’ty’h vuy-kn el-ukh’nar ci-wragh zh’sza w’ragnh ks’zy d’syn.

Proveniente do Primeiro Ângulo é o infinito, onde aquele que gargalha chora e as flautas lamentam até o fim dos tempos.

V’quy’h vuy-kn hrn-nji hyl zaan-i vyk d’phron’h El-aka gryenn’h v’jnusfyh whreng’n.

Proveniente do Segundo Ângulo é o mestre que governa os planos e os ângulos, e que concebeu o Mundo dos Horrores em todo seu terror e glória.

V’kresn vuy-kn k’nga d’phron’g kr-a El-aka gryenn’h p’nseb quer-hga phragn uk-khron ty’h-qu’kre vuy-kin’e rohz.

Proveniente do Terceiro Ângulo é o mensageiro, que criou teu poder para comtemplar o mestre do Mundo dos Horrores, que deu a ti a substância do ser e o conhecimento dos Nove Ângulos.

V’huy vuy-kn zhem’nfi d’psy’h dy- tr’gyu El-aka gryenn’h f’ungn-ei si’n si-r’a s’alk d’hu’h-uye rohz.

Proveniente do Quarto Ângulo é o carneiro do Sol, que gerou vós mesmos, que permanece no Mundo dos Horrores e rege o passado, o presente e o futuro; e cujo nome é o brilho dos Nove Ângulos.

V’cvye vuy-kn kh’ren-i kyl-d zhem’n lyz-naa mnaa r’cvyev’y-kre Z’j-m’h gryn-h’y d’yn’khe cyvaal’k h’y-cvy-rohz.

Proveniente do Quinto Ângulo são aqueles sem chifres, que erguem o templo dos cinco trihedrons aos Daemons da criação, cujo selo é quatro, cinco e nove.

V’quar’n vuy-kn fha’gn Z’j-m’h ki- dyus dyn-jn’ash cvy-knu ukr’n hy- rohz.

Proveniente do Sexto Ângulo é o sono dos Daemons em simetria, que se sobrepõe ao cinco mas não ao quatro e ao nove.

V’try’v vuy-kn djn’sh dys-u n’fha’g-nir Z’j-m’h r’n hy-kre’snvy’k kr’n-quar.

Proveniente do Sétimo Ângulo é a ruína da simetria e o despertar dos Daemons, pois o quatro e o nove se sobreporão ao seis.

V’nyr vuy-kn hrn-njir vu’a lyz-naa mnaa r’nyrv’y Z’j-m’h gry-h’y d’yn- khe cyvaal’k h’y-cvy-rohz.

Proveniente do Oitavo Ângulo são os Mestres do Reino, que erguem o templo dos oito trihedrons aos Daemons da criação, cujo selo é quatro, cinco e nove.

V’rohz vuy-kn i’inkh-v zy-d’syn ur’bre-el hy’j whreng’n nakhreng’h yh’whreng’n kyenn’h.

Proveniente do Nono Ângulo é a chama da origem e fim das dimensões, que arde em brilho e escuridão na glória do desejo.




SHUB-NIGGURATH:

K’fung’n zyb’nos Z’j-m’h kyns el- gryn’hy.

Eu prometo o elo dos Daemons, por cuja vontade este mundo existe.




CELEBRANTE E PARTICIPANTES:

Ki’q zyb’nos k’El-aka gryenn’h.

Nós honramos o elo dos Daemons no Mundo dos Horrores.




SHUB-NIGGURATH:

Ki-iq kyl-d zhem’n.

Hail àqueles sem chifres.




CELEBRANTE E PARTICIPANTES:

Ki-iq Sh’b-N’ygr’th aem’nh El-aka gryenn’h.

Hail Shub-Niggurath, pai do Mundo dos Horrores.




SHUB-NIGGURATH:

Zhar-v zy-d’syn.

Do início ao fim das dimensões.




CELEBRANTE:

Zhar-v zy-d’syn.

Do início ao fim das dimensões.




(O Bode de Mendes se retira. O celebrante fala aos participantes:)

CELEBRANTE:

Ty’h nzal’s kra naaghs n’ghlasj zsyn’e ty’h nzal’s za’je oth’e kyl-d zhem’n f’ungh’n. Nal Y’gs-Othoth krell N’yra- l’yht-Otp. I’a Y’gs-Othoth. I’a N’yra- l’yht-Otp.

Os vultos vagam pelo mundo, e nós não passaremos; mas chegará o tempo em que os vultos se curvarão a nós, e o homem falará com as línguas daqueles sem chifres. O caminho é Yog-Sothoth, e a chave é Nyarlathotep. Hail, Yog-Sothoth. Hail, Nyarlathotep.




PARTICIPANTES:

I’a Y’gs-Othoth. I’a N’yra-l’yht-Otp. I’a S’ha-t’n.

Hail, Yog-Sothoth. Hail, Nyarlathotep. Hail, Satan.




Ceremony of Nine Angles
"The Satanic Rituals"
Anton Szandor LaVey
(c) 1972

0 Comentários: