quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Asatrú


Ásatrú Vanatrú (Islandês para "fé Æsir") é um movimento religioso neopagão que busca reviver o paganismo nórdico existente na época dos Vikings – tal como descrito nos Eddas – antes da chegada do Cristianismo.
Vanatrú é um nome originário dos deuses nordicos Vanires, que se tornaram aliados dos Æsires após uma batalha na qual perderam, resultando nas duas nomenclaturas, que nomina à religião Ásatrú Vanatrú, uma referência ao panteão dos deuses Æsir e dos Vanir, parte constituinte do mundo pagão atual.Toda a mitología que a compõe pode ser encontrada nas Sagas e nos Eddas, livros onde existem os escritos nórdicos que retratam desde o início do mundo na visão nórdica, passando pelas formas pelas quais Odin descobriu a magía, até contos de heróis lendários, como o Deus Thor e profecias de sua morte pela serpente filha de Loki, o deus da trapaça.
A religião Ásatrú fundamenta-se na vivência das "Nove Nobres Virtudes": Coragem, Verdade, Honra, Fidelidade, Disciplina, Hospitalidade, Laboriosidade, Independência e Perseverança. O conceito de Confiança , que pode ser interpretado como fé, não é uma das Nove Nobres Virtudes, porque se baseia nos princípios de esperar e acreditar, contrariando a premissa da Laboriosidade. Um Asatruar virtuoso não cultiva esperanças de que algo aconteça, ele (ou ela) trabalham arduamente pelas suas conquistas e pelas conquistas de seus Kin (Kin=Semelhantes. Membros do mesmo clã ou comunidade). Um Kin não dá sua confiança espontaneamente, esta deve ser laboriosamente conquistada. A cultura Asatru é voltada para uma visão de ordem social subordinada à ordem familiar. Para uma visão de bem comum para o Clã (Clã=comunidade com várias famílias), onde cada membro da comunidade é um Kin. Portanto, é essencial a dedicação e comprometimento do indivíduo (Kin) para com seu grupo (Clã), bem como a dedicação e comprometimento do grupo para com cada indivíduo. O Asatru não é uma religião expansionista, pois o conceito de compreensão das diversidades é intrínseco à natureza do politeísmo. Daí que não é uma prática aceitável para um Asatruar levantar críticas sobre as escolhas (religiosas, filosóficas, políticas ou sexuais) de qualquer indivíduo. É uma premissa do Asatru que o "O Troth não é para todos". De fato, os séculos de cruel perseguição religiosa sofridos pelos politeístas ensinou muito sobre a benécie da civilidade e da tolerância.
Seu crescimento é percebido pelo mundo, principalmente nos países nordicos mas também em Portugal e Argentina, com movimentos menores no Brasil e Estados Unidos.



O Asatrú foi instituído a partir da década de 1960 na Islândia, pela Íslenska Ásatrúarfélagið uma organização fundada por Sveinbjörn Beinteinsson. Asatrú é uma religião oficialmente reconhecida pelos governos da Islândia (desde 1973), Dinamarca (desde 2003) e Noruega. O governo dos Estados Unidos não endossa ou reconhece oficialmente qualquer grupo religioso; todavia, numerosos grupos Asatrú têm sido reconhecidos com o status de organização sem fins lucrativos desde os anos 1970.
Embora o termo Asatrú originalmente se referisse especificamente aos partidários islandeses da religião, neopagão germânicos e grupos reconstrucionistas têm se identificado majoritariamente como Asatrú, particularmente nos Estados Unidos. Neste sentido mais amplo, o termo Asatrú é usado como um sinônimo de neopaganismo germânico ou paganismo germânico, conjuntamente com os termos Forn Sed, Odinismo,Heithni, e outros.
Muitos membros do Asatrú e do neo-paganismo germânico se intitulam também de reconstrucionistas, muitas vezes recorrendo a estudos e pesquisas acadêmicas sobre a antiga religiosidade da Era Viking. Especialmente os atuais praticantes dos países escandinavos, como a Noruega, mantém algum tipo de vínculo com as pesquisas historiográficas sobre religiosidade nórdica.





Sobre o Autor:
LORD KRONUS
LORD KRONUS

Admirador do Oculto e cinéfilo.
azerate666@hotmail.com
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Um comentário:

  1. Bom dia.

    Se me permitem, gostaria de compartilhar um artigo aqui, que pode conter detalhes interessantes acerca deste assunto, explorando pontos de vista do Asatru vinculados ao aspecto e a mística dos números, sem resvalar em mesmices ou vicissitudes ecléticas.

    Um abraço a todos, agradecendo desde já a atenção, eis o link:

    Neste pequeno texto, algumas projeções e perspectivas interessantes e úteis serão abordadas, que ajudarão a elucidar dúvidas a respeito do posicionamento dos praticantes de Asatru, acerca de conceitos abstratos ligados a geometria e valores numéricos, assim como com a associação de ambos com a cosmologia e cosmogonia, visando esclarecer de forma objetiva, tanto a independência do Asatru acerca das formulações teóricas do hermetismo e de seus derivados históricos, quanto a qualidade dos argumentos e símbolos qualitativos numéricos, e suas devidas aplicações dentro da forma de pensar do Forn Sidr:

    https://www.academia.edu/36655597/Asatru_e_a_Metaf%C3%ADsica_dos_N%C3%BAmeros

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Artigo 5º:
(...)
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
(...)
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

Além de estar legalmente amparada, a Liberdade de culto deve ser entendida como um direito universal e uma forma de respeito à individualidade e à liberdade de escolha.

Por princípio, o Alcorão, a Cabala, a Bíblia, os fundamentos da Umbanda, a doutrina Espírita, o Xamanismo, a Maçonaria, o Budismo, a Rosa Cruz e tantas outras vertentes esotéricas, são partes do conhecimento Uno e têm a mesma intenção: conectar o Homem à energia criadora com a finalidade de despertar sua consciência.



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