sábado, 1 de setembro de 2012

Julius Evola



Giulio Cesare Andrea Evola (Roma, 19 de maio de 1898 — 11 de junho de 1974), mais conhecido como Julius Evola, foi um filósofo, escritor, pintor e poeta italiano do século XX, em cuja obra se têm inspirado algumas correntes esotéricas contemporâneas, pensadores tradicionalistas e diversos movimentos políticos de direita, neonazis e neofascistas.
Todavia, Evola nunca pertenceu ao partido fascista, nem teve quaisquer cargos no fascismo mussoliniano.

Vida e Obra

Seu pai, Vicenzo Evola, pertencia à pequena nobreza da Sicília. Sabe-se muito pouco acerca da sua infância e adolescência, mas ter-se-á sentido atraído bem cedo pela filosofia de Nietzsche, Michelstaedter e Otto Weininger, bem como pela estética e filosofia do futurismo de Papini e Marinetti, e pelo Dadaismo. Evola começou por ser conhecido como pintor dadaísta.
Em 1917 é mobilizado para a Primeira Guerra Mundial como oficial de artilharia, mas não chega a combater. Contacta com a filosofia budista em 1921, começando a dedicar-se à poesia e à filosofia.
Em 1926 publica L'uomo come potenza, adoptando uma visão tantrica da natureza. Evola frequentava então os círculos antroposóficos inspirados na obra Rudolf Steiner, tendo vindo a colaborar desde 1924 na revista Ultra, ligada ao ambiente romano teosófico de Decio e Olga Calvari, Ignis, Biyichnis e Atanor.
Na Itália vigorava o regime fascista de Mussolini, estando então Evola ligado às correntes aristocráticas antifascistas, colaborando em ll Mondo e Lo Stato democratico. Em 1928, publica o livro Imperialismo pagano, onde critica violentamente o cristianismo e pede que o Fascismo rompa com a Igreja Católica. Evola retomava ali o velho conflito entre guelfos e gibelinos, tomando partido pelos segundos, que afirmavam que o Império romano-germânico, herdeiro dos Césares de Roma era, tanto como a Igreja, uma instituição de carácter sobrenatural.
Em 1930, conclui a publicação dos dois volumes de Teoria e fenomenologia dell 'Indivíduo Assoluto, onde quer superar a dicotomia do "Eu" e "Não Eu" numa perspectiva gnóstica e budista. No mesmo ano, funda com o psicanalista Emilio Servadio a revista La Torre caracterizada por um antimodernismo neopagão de pendor hermético.
Em 1934, publica Rivolta contro il mondo moderno, considerada nos ambientes neofascistas como a sua obra mais importante. Nessa obra, sob a influência da interpretação do mito de Schelling, da visão cíclica das sociedades humanas de Jacob Bachofen, e da hipótese de Herman Wirth sobre a existência de um centro árctico primordial,Evola apela a um regresso às fontes pagãs da antiguidade e a um passado "hiperbóreo" comum às estirpes indo-europeias.
A sua aproximação ao círculo político de Mussolini dá-se durante os anos 30, quando se acende a luta entre o regime fascista e a Igreja Católica. Em 1937, Evola manifesta-se contrário ao "racismo biológico", defendendo em alternativa um "racismo espiritual" (o que demonstra uma certa espécie de causa própria primária e previsível, visto que o mesmo apesar de se sentir espiritualmente áryah, não enxergava o mesmo no espelho numa época em que os povos árias estavam co-relacionados somente aos mais bem preservados elementos da raça caucasica indo-europeia, coisa que os sicilianos da pós-invasão da Sicília pelos bérbero-árabes e seus escravos subsaarianos militares do leste da África medieval, definitivamente já não o eram fazia vários e vários séculos), publicando em 1941 o livro Sintesi di dottrina della razza, bem acolhida no seio do regime.
Em 1945, Evola está em Viena, quando a cidade foi bombardeada, sendo ferido na coluna vertebral e ficando com membros inferiores paralisados.
Após a queda do Fascismo, Evola vai fazer uma sua avaliação crítica do regime de Mussolini - considerando-o plebeu, demagógico e estático - e lançar alguns das grandes linhas de pensamento do que virá a ser neofascismo na segunda metade do século XX.
Publicou o seu último livro em 1970: Il fascismo: Saggio di una analisi critica dal punto di vista della destra. Evola sublinhou um “heróico pessimismo” e a necessidade de restaurar “valores tradicionais” sob uma nova elite. Na sua visão, a história desenvolve-se por ciclos, e o mundo moderno, que classifica de "igualitário, materialista e hedonista", dirige-se para uma crise e catástrofe final, a partir da qual uma nova elite criará um novo tipo de Estado, numa nova ordem que será a civiltà solare — uma “civilização do sol” que restabelecerá a Tradição. A Itália, sendo na sua opinião uma terra de síntese ou mistura de paganismo Nórdico e Mediterrânico, tinha potencial para liderar o processo que levará a essa nova “civilização solar”.
A urna contendo as cinzas de Julius Evola, de acordo com as suas últimas vontades, foi transportada para o glaciar do Monte Rosa, a quatro mil e duzentos metros de altitude, por uma "patrulha" de discípulos conduzida por guias alpinos.



Sobre o Autor:
LORD KRONUS

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