sábado, 18 de agosto de 2012

Richard Ramirez

Ricardo Leyva Muñoz Ramírez (El Paso, Texas, 28 ou 29 de Fevereiro de 1960), mais conhecido por Richard Ramírez é um assassino em série norte-americano que actualmente se encontra no corredor da morte da Prisão Estadual de San Quentin à espera de ser executado.
Antes de ser capturado, este assassínio em série activo na cidade de Los Angeles (Califórnia), foi apelidado, pela imprensa norte-americana, de Night Stalker (Perseguidor da Noite). Após a sua captura foram editadas reportagens sensacionalistas sobre o seu interesse aparente pelo Oculto e Satanismo.
Ricardo Muñoz Ramírez, nascido na cidade de El Paso (Estado do Texas), foi o mais novo de cinco filhos de Julián Ramírez e Mercedes Muñoz, emigrantes mexicanos pertencentes à classe trabalhadora. É relembrado como sendo um a criança pacata e solitária, por aqueles que o conheciam. Com a idade de dois anos sofreu uma contusão, após um armário ter caído sobre ele, e teve de ser suturado com mais de 30 pontos. Sofria também de convulsões e foi-lhe diagnosticada epilepsia do lobo temporal, com a idade de seis anos. Supostamente, com a idade de dez anos, começou a dormir, durante a noite, em cemitérios.
Quando tinha 13 anos começou a passar muito tempo com o seu primo Mike, um veterano das forças especiais do exército que cumpriu serviço militar no Vietname. Mike fascinou o primo Ramírez mostrando-lhe fotografias de mulheres vietnamitas que se gabava de ter torturado e assassinado. Os dois entretinham-se a fumar cannabis e viajar de carro e, de acordo com Ramírez, foi nesta altura que o primo lhe ensinou a disparar uma arma de fogo e a cortar pessoas de forma a obter um “efeito máximo ”.
Mike acabaria por assassinar a esposa enquanto Ramírez se encontrava a cerca de dois a três pés de distância. Após este episódio Ramírez continuou a fumar cannabis e começou a faltar à escola e a inalar cola. Não tardou a cometer assaltos por forma a poder financiar o consumo de estupefacientes. Frequentou a Escola Secundária Thomas Jefferson, em El Paso (Texas) mas acabou por desistir antes de completar o primeiro ano. Durante este período foi preso por duas vezes e acusado de posse de substância ilícita
De acordo com os jornalistas da UPI, Aurelio Rojas e Kenny Mack Sisk, Ramírez começou a viver uma vida de vagabundo, fumando cannabis e alimentando-se de comida pronta. Como consequência da fraca higiene, e dieta rica em açúcares, os seus dentes começaram a apodrecer. O consumo habitual de droga, que nesta altura já havia progredido para um padrão de utilização diária de cocaína, conduziu a diversas detenções por posse de substância ilícita e furto. Foi preso por duas vezes, e acusado de furto automóvel, a primeira em 1981 (Pasadena, Califórnia) e a segunda em 1984 (Los Angeles, Califórnia).

Michael D. Harris, numa reportagem para a UPI, escreveu que anos mais tarde o pai de Ramírez continuaria a afirmar que o seu filho era um “bom rapaz” cujo descontrolo foi originado pelo consumo de drogas. Ramírez costuma desenhar pentagramas no próprio corpo, um símbolo por vezes associado ao Satanismo. Durante uma sessão do seu julgamento ele chegou mesmo a gritar “Viva Satanás”. Ricardo Ramírez era um grande fã de bandas de hard rock e heavy metal, cujas letras abordavam as temáticas do inferno e do Diabo. Afirma-se que era um grande fã da banda AC/DC e, em particular, da canção “Night Prowler”.
Na noite de 24 de Agosto um jovem, que trabalhava numa mota na garagem do pai, reparou num Toyota cor de laranja que andava pela vizinhança, reparou novamente no mesmo carro quando este abandonava o local. Como lhe pareceu suspeito, anotou o número de matrícula. Na manhã seguinte, informou a polícia sobre a viatura. Através do número de matrícula a polícia conseguiu determinar que o Toyota cor de laranja de 1976 havia sido roubado em Chinatown (Los Angeles), enquanto dono jantava num restaurante. Foi lançado um alerta sobre o carro e, passados dois dias, foi localizado em Rampart (Los Angeles). Havendo relacionado a viatura com Ramírez, a polícia montou vigilância durante 24 horas na esperança que Ramírez regressa-se para levar o carro, o que nunca aconteceu. Uma equipa forense examinou o carro e descobriu uma impressão digital que enviou para Sacramento para ser analisada. Algumas horas mais tarde o sistema informático identificou a impressão digital. Pertencia a Ricardo Leyva Muñoz Ramírez. Análises posteriores revelaram que a impressão digital coincidia com outra descoberta de uma janela da casa da família Pan, nos arredores de São Francisco.
No dia 29 de Agosto Ramírez chegou à estação de autocarros da Greyhound em Los Angeles, após regressar da casa do seu irmão em Tucson, Arizona. Quanto Ramírez abandonava a estação de autocarros notou que a área estava repleta de polícias, no entanto, conseguiu escapar, desconhecendo o facto de a polícia o ter identificado como sendo o “Night Stalker. Ao entrar numa loja de esquina os donos repararam na sua cara e reconheceram-na das fotos do jornal. Um dos donos gritou “El Matador” (o assassino, em castelhano). Ramírez voltou-se e viu a sua cara nas capas de vários jornais, pegou o jornal La Opinión, e fugiu.
Ramírez correu duas milhas em 12 minutos, dirigindo-se para este a partir da baixa de Los Angeles. Tentou roubar o Mustang vermelho de Faustino Pinon. Ramírez, que vestia uma t-shirt preta, tinha saltado por cima de várias vedações, na esperança de encontrar alguma viatura que pudesse roubar facilmente. Notou que o Mustang vermelho estacionado estava destrancado e com as chaves na ignição. Entrou no carro e ligou o motor mas não reparou que o dono estava por baixo da viatura a reparar a transmissão. Quando Pinon, de 56 anos, ouviu o motor a ser ligado rebolou de debaixo do carro. Irritado por alguém estar a tocar no seu preciso bem, meteu as mãos pela janela e agarrou Ramírez pelo pescoço. Ramírez avisou-o que tinha uma arma mas Pinon ignorou-o. Ramírez engatou uma velocidade e tentou arrancar mas Pinon continuou a segurá-lo pelo pescoço. O carro embateu primeiro contra uma vedação e depois contra a garagem.
Pinon conseguiu abrir a porta, puxou Ramírez para a rua, e atirou-o ao chão. Ramírez conseguiu levantar-se e atravessou a rua encontrando Angelina de la Torres, de 28 anos, a entrar na sua viatura. Correu até ao carro da jovem e introduziu a cabeça através da janela da viatura., ordenando-lhe que lhe entregasse as chaves e ameaçando-lhe, em castelhano, que se não o fizesse seria morta. Ela gritou por ajuda e o seu marido, de 32 anos, veio a correr do pátio traseiro. De acordo com Nancy Skelton, do jornal Los Angeles Times, agarrou um pedaço de metal da vedação. Entretanto José Burgoin, que havia escutado a luta à porta de Pinon, chamou a polícia e correu para o exterior para ajudar Pinon. Quando escutou o grito de Angelina chamou pelos filhos Jaime e Júlio, de 21 e 17 anos respectivamente, para o auxiliarem. Quando os irmãos correram para ajudar a senhora de la Torres viram Ramírez no banco da frente do seu carro. O irmão mais velho reconheceu-o das fotografias publicadas nos jornais e na televisão e gritou que Ramírez era o assassino. Ramírez desatou a fugir e foi perseguido pelos irmãos e por Manuel de la Torres. Quando o conseguiu alcançar Manuel de la Torres atingiu-o, no pescoço, com o poste metálico que ainda trazia consigo.
Ramírez continuou a correr mas os três homens insistiram na perseguição, com Manuel de la Torres a golpeá-lo, repetidamente. Jaime Burgoin, ao alcançar Ramírez, soqueou-o, este caiu mas rapidamente se levantou e continuou a correr sempre perseguido pelos três homens. Um golpe mais forte, desferido por Manuel de la Torres, atingiu Ramírez na cabeça e este caiu prostrado no chão tendo sido segurado pelos três homens até à chegada da polícia.
Apenas um dia após a divulgação pública da sua fotografia, Ramírez encontrava-se preso. Após a sua prisão, Ramírez, de 25 anos, foi acusado de 14 homicídios e de 31 outros crimes associados ao seu frenesim criminoso de 1985. Foi acusado de um 15º homicídio, em São Francisco, e de violação e homicídio em Orange County.
A selecção do júri que julgaria este caso teve início no dia 22 de Julho de 1988 . O jornal Los Angeles Times publicou que alguns funcionários prisionais escutaram Ramírez a planear assassinar o delegado do ministério público com uma arma, que Ramírez pretendia introduzir clandestinamente na sala de tribunal . Consequentemente, foi instalado um detector de metais no tribunal e realizados buscas intensivas às pessoas que entravam para assistir ao julgamento. A 14 de Agosto, o julgamento foi interrompido devido ao facto de um dos jurados, Phyllis Singletary, não se ter apresentado na audiência. Na tarde do mesmo dia o seu corpo foi descoberto, baleado, no seu apartamento. O júri estava aterrorizado, questionando-se se Ramírez havia orquestrado este acontecimento a partir do interior da sua cela ou se seria capaz de atingir outros membros do júri. No entanto, Ramírez não havia sido responsável pela morte de Phyllis Singletary, ela havia sido baleada e morta pelo namorado que, posteriormente suicidou-se com a mesma arma, num quarto de hotel. O membro alternativo do júri, que substituiu Phyllis Singletary, estava demasiado assustada para regressar à própria casa.

A 20 de Setembro de 1989 Ricardo Ramírez foi declarado culpado de 13 acusações de homicídio, 5 acusações de tentativa de homicídio, 11 acusações de assalto sexual e 14 acusações de roubo . No dia 7 de Novembro de 1989 foi sentenciado à pena de morte na câmara de gás do estado da Califórnia. O julgamento de Ricardo Ramírez foi um dos mais longos e difíceis julgamentos na história americana. Foram entrevistas mais de 1600 possíveis jurados, testemunharam mais de uma centena de testemunhas e, embora algumas tivessem dificuldade em se lembrar alguns factos passados tantos anos, outras foram bastante lestas a identificar Ricardo Ramírez.
Quando foi a julgamento Ramírez tinha fãs que lhe escreviam cartas e o visitavam na cadeia. Doreen Lioy, editar freelancer de uma revista, escreveu-lhe perto de 75 cartas, após a sua captura. Ele pediu-lhe em casamento e, no dia 3 de Outubro de 1996, casaram na Prisão Estadual de San Quentin, Califórnia.A 7 de Agosto de 2006, a sua primeira ronda de apelos, a nível estadual, terminou, infrutiferamente, quando Supremo Tribunal da Califórnia manteve as suas condenações e a pena de morte. No dia 7 de Setembro de 2006, o Supremo Tribunal da Califórnia recusou um pedido para nova audiência


Sobre o Autor:
LORD KRONUS

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Admirador do Oculto e cinéfilo.
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