Sobre
o significado dos planetas na astrologia: como pude percebê-los a partir da
minha experiência.
Paz e Luz para todos os seres
Os
planetas são como filtros. Esta é a metáfora que, para mim, melhor explica o
funcionamento deles num mapa astral. Quando estão posicionados em uma casa,
significa que nós absorvemos aquela experiência da vida através daquele filtro
particular. Naturalmente, então, muitos planetas em uma casa indica que muitos
de nossos filtros se concentram neste setor. Casas a sem ‘‘filtros’’ não
significam casas que não são absorvidas, mas sim que não possuem em nossa
psique uma importância particular, mas nós tendemos a abordá-la de alguma
maneira, pois temos um signo posicionado lá. Aqui então se faz visível a
diferença conceitual entre ‘‘filtrar’’ e ‘‘abordar’’. Todos nós somos obrigados
a vivenciar todos os setores que a vida oferece, mas isso não significa que todos
eles nos interessem. A finitude humana nos condiciona um número limitável de
interesses. Eu disse ‘‘limitável’’ e não ‘‘limitado’’, pois novos planetas
podem ser descobertos e incorporados à dinâmica da psique humana, como foi o
caso dos planetas trans-saturninos, Urano, Netuno e Plutão. Aqui, dizemos que a
humanidade ganhou novas dimensões de percepção do mundo e de si mesma. Assim,
pois, elencarei agora a característica principal dos 10 filtros básicos.
Sol
– filtramos a experiência (da casa que ele ocupa) através de nós mesmos, de
nossa importância, de nossa autoridade e respeito. Exigimos respeito dos
outros, pois tudo o que nós ali realizamos diz respeito á nossa imagem, ao Ego.
Há casos em que o Planeta que entra em aspecto com ele ficar mais evidenciado
em função da casa ocupada. Por exemplo, eu tenho Sol na casa 11, isso indica
que a percepção de integração com a Humanidade é experienciada através de minha
importância nela, ou de minha imagem, mas meu Sol está em conjunção com Urano,
que fica muito forte nesta casa natural do signo de Aquário, que além de ser o
signo regido por Urano é também oposto a Leão, regido naturalmente pelo Sol;
então, aqui, eu tendo a filtrar essa experiência de integração com a humanidade
mais a partir de um ponto de vista extra-humano, cósmico e universal, devido a
força de Urano quando está nesta casa, e não muito a partir da autoridade ou de
minha imagem.
Lua
– filtramos a experiência (da casa que ela ocupa) a partir dos sentimentos, do
centro emocional, do corpo astral, e da necessidade de ser acolhido. Ali
exigimos envolvimento emocional, portanto, suscetíveis à oscilação e a certa
obscuridade, ao protecionismo, a rejeição involuntária de elementos novos.
Tendemos a não ter muito controle sobre este setor, embora ele nos instigue
bastante, como se pudesse proporcionar um bem-estar íntimo difícil de ser
expressos em palavras. Por exemplo, uma Lua na casa 5 filtra sua expressão
criativa a partir dos sentimentos, logo, se apega muito a tudo aquilo que brota
de si mesmo ou que acredita ser um reflexo de si, como os filhos e tudo aquilo
que foi gerado a partir de si mesmo. Também temos alguém que aprecia a arte e
que também tem flashes artísticos, mas sob inspiração de momento.
Mercúrio
– filtramos a experiência (da casa que ele ocupa) a partir do corpo mental, do
intelecto, da inteligência, da capacidade e disponibilidade para a troca, e da
necessidade de classificar, de dar um conceito, uma ideia, uma teoria. Ali
exigimos respostas, temos dúvidas freqüentes, precisamos de provas, de razões,
de mais informações. Temos uma curiosidade mental inata naquele setor, qualquer informação nos chama a atenção, e
ficamos deslumbrados em saber sempre mais sobre aquele assunto. Assim, por
exemplo, alguém que tem Mercúrio na casa 12 sempre fica interessado em saber
quais foram suas vidas passadas, ou sentem interesse em coisas relacionadas a
prisões, hospitais, sanatórios, loucura, isolamento, e também coisas
relacionadas ao misticismo. Conheço pessoalmente um caso desses, mas com uma
particularidade, tal pessoa possui Mercúrio na casa 12 em conjunção com Plutão,
sendo que o Plutão está no limiar entre a casa 11 e a 12. Essa pessoa tem um
interesse por coisas sanguinárias, macabras, bizarras, tipo jogos mortais,
amputações e seriais killers: isso devido à forte influência e simbolismo de
Plutão, o senhor dos ínferos. Essa pessoa que conheço ler bastante sobre isso,
e os livros que ela tem interesse sempre trazem esses assuntos, como também
assuntos eróticos, do tipo que envolve vampiros, sangue e ardor sexual.
Marte
– filtramos a experiência (da casa que ele ocupa) através da força, da coragem,
da ousadia, do pioneirismo, da competição. Ali, exigimos sermos os melhores, os
mais avançados, os mais fortes, e os primeiros. Se não nós, pelo menos aquilo
que torcemos. Temos ali a necessidade de lutar contra um inimigo, de sentirmos
desafiados: quanto mais difícil melhor. Enxergamos ali tudo pelo ponto de vista
do desafio. Por exemplo: um Marte na casa 11 tenderá a perceber a necessidade
de se integrar em grupos pelo prisma do desafio, da coragem e do pioneirismo,
assim, este indivíduo procurará se filiar a grupos com ideais que tragam para
ele a sensação de desafio, de etapas, de dificuldades a serem transpostas, de
algo nascente, novo e que ainda precisa conquistar espaço, se o Marte estiver
em Peixes, será do lado dos oprimidos, dos marginalizados, dos menos
favorecidos, se o Marte for Sagitário, será do lado dos princípios filosóficos,
religiosos e metafísicos. Tenho a hipótese de que um Marte na oitava casa sente
instigado quando a ameaça de perder. Aqui há pessoas que gostam de sentirem
desafiadas à ‘‘morte’’, e, dependendo dos aspectos, temos alguém com profundas
dificuldades de levar um não, indo até às últimas conseqüências, mesmo que
ponha em risco a si mesma!. Isso vale também para a casa 2, mas com menos
agressividade, a menos que o Marte esteja em Escorpião!
Pedro Allan Portácio de Queiroz :.
pedrofilosofiaufc@gmail.com
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