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Liber O vel Manus et Sagitae

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svb figvra VI
A.·. A.·.
Publicação em Classe B.
Imprimatur:
D.D.S. Praemonstrator
O.S.V. Imperator
N.S.F. Cancellarius

I


      1. Este livro é facilmente mal compreendido; é pedido aos leitores valerem-se das mais minuciosas críticas ao estudá-lo, assim como fizemos em sua preparação.

      2. Neste livro é falado das Sephiroth e dos Caminhos, de Espíritos e Conjurações; de Deuses, Esferas, Planos, e muitas outras coisas que podem existir ou não.

      É irrelevante se elas existem ou não. Pois fazendo certas coisas, certos resultados seguirão; estudantes devem ser seriamente advertidos a evitar atribuições de realidade objetiva ou validade filosófica a qualquer uma delas.

      3. As vantagens a serem obtidas delas são as seguintes:

         a. Uma ampliação do horizonte mental.
         b. Um aperfeiçoamento do controle da mente.

      4. O estudante, se obter qualquer tipo de sucesso nas práticas que se seguem, será confrontado por coisas (ideias ou seres) deslumbrantes ou terríveis demais para serem descritos. É essencial que permaneça o mestre de tudo que vê, ouve ou concebe; ou será escravo de ilusões e vítima da loucura.

      Antes de iniciar tais práticas, o estudante deve ter boa saúde, e ter obtido algum domínio em Asana, Pranayama e Dharana.

      5. Existe algum perigo, de que qualquer estudante, por mais estúpido que seja, obter algum resultado; porém há um grande perigo que ele seja desviado, obcecado e dominado por seus resultados, mesmo que ainda seja por aqueles resultados os quais fossem necessários que ele alcançasse. Frequentemente, além disso, ele confunde o primeiro lugar de descanso com o objetivo, e retira sua armadura como se ele fosse vitorioso antes que a luta tenha começado.

      É desejável que o estudante nunca dê a quaisquer resultados a importância que a princípio pareçam possuir.

      6. Primeiro, que ele considere o Livro 777 e o seu o uso; a preparação do Ambiente, o uso de Cerimônias Mágicas; e finalmente os métodos que aparecem no Capítulo V “Viator in Regnis Arboris” e no Capítulo VI “Sagitta trans Lunam”.

II

      1. O estudante PRIMEIRAMENTE precisa obter um conhecimento profundo do Livro 777, especialmente das colunas i., ii., iii., v., vi., vii., ix., xi., xii., xiv., xv., xvi., xvii., xviii., xix., xxxiv., xxxv., xxxviii., xxxix., xl., xli., xlii., xlv., liv., lv., lix., lx., lxi., lxiii., lxx., lxxv., lxxvii., lxviii., lxxix., lxxx., lxxxi., lxxxiii., xcvii., xcviii., xcix., c., ci., cxvii., cxviii., cxxxvii., cxxxviii., cxxxix., clxxv., clxxvi., clxxvii., clxxxii.

      Quando essas estiverem memorizadas, o estudante começará a compreender a natureza dessas correspondências.

      2. Se nós tomarmos um exemplo, o uso da tabelas ficará mais fácil.

      Suponhamos que você desejasse obter o conhecimento de alguma ciência obscura. Na coluna XLV, linha 12, você encontrará “Conhecimento das Ciências”.

      Agora, procurando na mesma linha 12 nas outras colunas, verificará que o Planeta correspondente é Mercúrio, seu número oito, suas figuras lineares o octógono e o octagrama, o Deus que rege aquele planeta, Thoth, ou no simbolismo hebraico Tetragrammaton Adonai e Elohim Tzabaoth, seu Arcanjo Raphael, seu Coro de Anjos Beni Elohim, sua Inteligência Tiriel, seu Espírito Taphtatharath, suas cores Laranja (pois Mercúrio é a esfera da Sephirah Hod, 8), Amarelo, Púrpura, Cinza e Índigo fundido com Violeta, sua Arma Mágica a Baqueta ou Caduceu, seu Perfume Mástique e outros, suas plantas sagradas Verbena e outras, suas jóias a Opala ou Ágata, seu animal sagrado a Serpente, etc., etc.

      3. Você deverá preparar seu Local de Trabalho de acordo. Num círculo laranja, você deverá desenhar uma estrela de oito pontas amarela e em cada ponta, uma vela. O Sigilo do Espírito (que deverá ser encontrado nas obras de Cornélio Agrippa ou em outros livros) você desenharia nas quatro cores indicadas com quaisquer outros artifícios conforme sua experiência possa sugerir.

      4. E assim por diante. Nós não podemos aqui entrar em detalhes em todas as preparações necessárias para o ritual; e o estudante as achará em várias obras, das quais a “Goetia” talvez seja o melhor exemplo.

      Estes rituais não deverão ser simplesmente imitados; pelo contrário, o estudante não deverá fazer nada em um assunto que não entenda; porém, se ele for capacitado, perceberá que sua própria base ritualística é mais eficientes do que aqueles rituais pomposos, desenvolvidos por outras pessoas.

      O propósito geral de toda essa preparação é a que se segue:

      5. Uma vez que o estudante é um homem cercado de objetos, se desejar tornar-se mestre de uma determinada ideia, deve fazer com que todos esses objetos materiais em volta sugiram diretamente tal ideia. Assim, no ritual citado, se seu olhar direciona-se às luzes, seu número sugere Mercúrio; se ele sente o perfume, novamente é remetido a Mercúrio. Em outras palavras, toda a ritualística e todo aparato mágico é um complexo sistema mnemônico.

      [A importância disso reside principalmente no fato de que um conjunto particular de imagens que o estudante possa encontrar em suas viagens corresponde a determinadas figuras lineares, nomes divinos, etc., e são controladas por ele. Quanto à possibilidade de produzir resultados externos à mente do vidente (objetivos no sentido comum da aceitação do termo) nós não nos pronunciaremos].

      6. Existem três importantes práticas conectadas a todas as formas de cerimônia (e os dois Métodos que discutiremos posteriormente). Estas são:

         a. Assunção de Formas-Deus.
         b. Vibração dos Nomes Divinos
         c. Rituais de “Banimento” e “Invocação”.

      Estes, de qualquer modo, deverão ser dominados antes dos perigosos Métodos dos Capítulos V e VI serem tentados.

III

      1. As Imagens Mágicas dos Deuses do Egito deverão ser bem familiarizadas. Isso pode ser feito estudando-as em museus públicos, ou em livros que sejam acessíveis ao estudante. Elas deverão ser desenhadas por ele até memoriza-las.

      2. O estudante então, sentado na posição do “Deus” ou na atitude característica da Deidade desejada, deverá imaginar seu próprio corpo coincidindo com a imagem do Deus, ou sendo envolvido por ela. Isso deve ser praticado até alcançar a maestria visual da imagem, e uma identificação com ela e com a do Deus experimentada.

      Infelizmente não existem testes para verificar se o estudante obteve sucesso nessa prática.

      3. A Vibração dos Nomes Divinos. Como mais uma maneira de identificar a consciência humana com essa porção pura que o homem invoca a partir do nome de algum Deus, que ele haja da seguinte maneira:

      4.
         a. Com os braços abertos
         b. Inspire profundamente pelas narinas, imaginando o nome do Deus entrando junto com o ar.
         c. Que o nome desça lentamente, passando pelos pulmões até o coração, o plexo solar, o umbigo, os órgãos reprodutores, até os pés.
         d. No momento em que o nome parece tocar os pés, rapidamente avance a perna esquerda uns trinta centímetros, inclinando o corpo para frente, e que as mãos (passando por trás dos olhos) sejam esticadas para frente, ficando na posição do Deus Hórus, ao mesmo tempo imaginando o Nome passando rapidamente pelo nariz juntamente com o ar que estava preso no pulmão. Tudo isso deve ser feito com a maior força possível.
         e. Então recue a perna esquerda e coloque e acomode o dedo indicador direito sobre os lábios, ficando na posição característica do Deus Harpócrates.

      5. Um sinal de que o estudante obteve sucesso, será o de sentir-se exausto ao emitir uma única “Vibração”. Isso deverá fazê-lo esquentar-se por todos os lados, ou suar violentamente, e isso deverá enfraquecê-lo tanto que achará difícil permanecer de pé.

      6. Sinal de sucesso ocorrerá quando o estudante perceber que está ouvindo o nome do Deus rugindo em volta, como por virtude de dez milhões de trovões, parecendo como se essa Grande Voz viesse do Universo, e não de si mesmo.

      Em ambas as práticas acima, toda consciência de qualquer coisa além da Forma e Nome Divinos, deve ser obliterada; e quanto mais tempo levar para as percepções normais voltarem, melhor.

IV

      1. Os Rituais do Pentagrama e do Hexagrama devem ser memorizados. São da seguinte maneira:

Ritual Menor do Pentagrama

         i. Tocando a testa, diga: Ateh (A Ti),
         ii. Tocando o peito, diga: Malkuth (O Reino),
         iii. Tocando o ombro direito, diga: ve-Geburah (e o Poder),
         iv. Tocando o ombro esquerdo, diga: ve-Gedulah (e a Glória),
         v. Juntando as mãos no peito diga: le-Olahm, Amen (para as Eras Amén).
         vi. Virando para o Leste, faça um pentagrama (o da Terra) com a arma apropriada (geralmente a Baqueta). Diga (vibrando): I H V H H.
         vii. Virando para o Sul, faça o mesmo, porém diga: A D N I.
         viii. Virando para o Oeste, faça o mesmo, porém diga: A H I H.
         ix. Virando para o Norte, faça o mesmo, porém diga: AGLA.
Pronuncie: Ye-ho-wau, Adonai, Eheieh, Agla.
         x. Estendendo os braços em forma de cruz, diga:
         xi. A minha frente Raphael;
         xii. Atrás de mim Gabriel;
         xiii. A minha direita, Michael.
         xiv. A minha esquerda, Auriel;
         xv. Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas,
         xvi. E na Coluna do Meio a Estrela de seis raios.
         xvii. Repita de (i) a (v), a “Cruz Cabalística”.

Ritual Maior do Pentagrama

      Os Pentagramas são traçados no ar com a espada ou outra arma, os nomes ditos em voz alta, e os sinais são usados conforme ilustrado.

Pentagramas do Espírito

      Os Sinais do Portal: Estenda as mãos para frente, palmas viradas para fora, separe-as como se fosse num ato de abrir um véu ou cortina (ativos), e então junte-as como se estivesse fechando e deixe-as descansar ao lado do corpo (passivos).

      (O Grau de “Portal” é particularmente atribuído ao elemento do Espírito; se refere ao Sol; os caminhos de ס , נ e ע são atribuídos a esse grau. Ver “777”. linhas 6 e 31).

      Nomes:
      - Equilíbrio dos Ativos - AHIH (Eheihe)
      - Equilíbrio dos Passivos - AGLA

Pentagramas do Fogo

      Os sinais de 4° = 7°. Levante os braços acima da cabeça, unindo os indicadores e polegares das mãos formando um triângulo.

      (O Grau de 4° = 7° é particularmente atribuído ao elemento Fogo; se refere ao planeta Vênus; os caminhos de ק , צ e פ são atribuídos a esse grau. Para outras atribuições, ver “777”, linhas 7 e 31).

      Nome - ALHIM

Pentagramas da Água

      O sinal de 3° = 8°. Erga os braços até que os cotovelos fiquem na mesma linha dos ombros, trazendo as mãos à frente do peito, tocando os polegares e os dedos indicadores formando um triângulo de cabeça para baixo.

      (O Grau de 3° = 8° é particularmente atribuído ao elemento Água; se refere ao planeta Mercúrio; os caminhos ר e ש são atribuídos a esse grau. Para outras atribuições, ver “777”, linhas 8 e 23).

      Nome - AL (El)

Pentagramas do Ar

      O sinal de 2° = 9°. Erga os braços para cima e para fora, os cotovelos dobrados em 90º com as mãos dobradas para trás e as palmas para cima como se estivesse suportando peso.

      (O Grau de 2°=9° é particularmente atribuído ao elemento Ar; refere-se à Lua; o caminho de ת está atribuído a esse grau. Para outras atribuições, ver “777”, linhas 9 e 11).

      Nome - IHVH (Iod -Rê - Vô - Rê)

Pentagramas da Terra

      O sinal de 1°=10°. Avance o pé direito à frente, estique a mão direita para cima e a frente, a mão esquerda para baixo e para trás com as palmas abertas.

      (O Grau de 1°=10° é particularmente atribuído ao elemento Terra. Ver “777”, linhas 10 e 32).

      Nome - ADNI (Adonai)

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Ritual Menor do Hexagrama

      Este ritual deve ser feito após o “Ritual Menor do Pentagrama”.

      ( I ). De pé, com os pés juntos, braço esquerdo ao lado direito através do corpo, segurando o bastão ou outra arma mágica em pé na linha do meio. Vire para o Leste e diga:

      ( II ). I.N.R.I.
              Yod, Nun, Resh, Yod.
              Virgem, Isis, Mãe Punjante.
              Escorpião, Apophis, Destruidor.
              Sol, Osiris, Assassinado e Ressucitado.
              Isis, Apophis, Osiris, IAO.


      ( III ). Estenda os braços na forma de cruz e diga: "O Sinal de Osíris Assassinado".

      ( IV ). Levante o braço direito, fazendo um ângulo de 90º e o braço esquerdo apontado para baixo com o cotovelo elevado virando a cabeça sobre o braço esquerdo com a visão acompanhando este braço e diga: "O Sinal do Luto de Ísis".

      ( V ). Estique os braços para cima mantendo-os abertos e ós pés juntos, com a cabeça para trás e diga: "O Sinal de Apophis e Typhon".

      ( VI ) Cruze os braços sobre o peito, saudando com a cabeça e diga: "O Sinal de Osíris Ressuscitado".

      ( VII ) Estenda novamente os braços como em (III) e cruze-os novamente como em (VI) dizendo: "L.V.X., Lux, a Luz da Cruz"

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      ( VIII ) Com a arma mágica trace o Hexagrama do Fogo no Leste dizendo: "ARARITA" ( אראריתא ).

      Esta Palavra consiste das iniciais de uma sentença que significa: "Um é o seu início; Uma é sua Individualidade; Sua Permutação é Una".

      Esse hexagrama consiste de dois triângulos equiláteros com ambos os ápices apontando para cima. Comece do topo do triângulo mais alto e trace-o numa direção de rotação à direita. O topo do mais baixo, deverá coincidir com o centro do mais alto.

      ( IX ) Trace o Hexagrama da Terra no Sul dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o ápice do triângulo mais baixo apontando para baixo, devendo ser capaz de ser inscrito num círculo.

      ( X ) Trace o Hexagrama do Ar no Oeste dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama é como o da Terra, porém suas bases coincidem, formando um diamante.

      ( XI ) Trace o Hexagrama da Água no Norte dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o triângulo mais baixo colocado acima do mais alto com seus ápices coincididos.

      ( XII ). Repita ( I - VII ).

      O Ritual de Banimento é idêntico, salvo as direções dos Hexagramas que devem ser invertidas.

Ritual Maior do Hexagrama

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      Para invocar ou banir planetas ou signos zodiacais.

      Apenas o Hexagrama da Terra é usado. Desenhe o hexagrama, começando da ponta que é atribuída ao planeta com o qual você está lidando. (Ver “777”, col. lxxxiii).

      Deste modo, para invocar Júpiter, comece da ponta direita do triângulo que aponta para baixo, gire no sentido horário, e complete então trace o triângulo que aponta para cima de sua ponta esquerda e complete.

      Trace o sigilo astrológico do planeta no centro de seu hexagrama.

      Para o Zodíaco use o hexagrama do planeta que rege o signo que você precisa (“777”, col. cxxxviii); mas desenhe o sigilo astrológico do signo, ao invés do sigilo do planeta.
Da Caput e Cauda Draconis use o hexagrama lunar com sigilo ☊ ou ☋.

      Para banir, inverta o hexagrama.
Em todos os casos, use a conjugação primeiro com o nome ARARITA e o seguinte com o nome do Deus correspondente ao planeta ou signo pertinente.

      2. Esses rituais deverão ser praticados até as figuras desenhadas aparecerem flamejantes, e tais chamas tão reais, que um espectador possa vê-las. Algumas pessoas alegam ser capazes de tocar fogo em gravetos através deste ritual. Verdade ou não, esse tipo de capacidade não deve ser almejada.

      3. O sucesso em banir, é descrito como uma sensação de limpeza na atmosfera e em invocar, de santidade. Esses termos são muito vagos.

      Mas ao menos esteja certo de uma coisa: qualquer figura imaginária obedecerá a vontade do Estudante se ele usar a figura apropriada. Em casos de obstinados, a imagem do Deus poderá ser assumida.

      4. Os Rituais de Banimento deverão ser usados no início de qualquer cerimônia. Em seguida, o Estudante deverá usar uma invocação geral, como "A Invocação Preliminar da Goetia", bem como qualquer outra que seja da vontade do magista.

      5. Sucesso nas invocações é uma difícil questão. O Estudante deve se valer de seu bom senso na avaliação do ocorrido.

V

      1. O estudante estando descansado, após ter banhado-se e trajado-se de acordo, deve escolher um local de trabalho livre de qualquer distúrbio, fazendo as devidas purificações ambientais através dos rituais de banimento e invocação e, ao final, acender um incenso.

      2. Ele deve imaginar sua própria imagem (usando o robe e as armas mágicas apropriados) envolvendo seu corpo físico ou próximo e em frente a ele.

      3. Ele então deve transferir sua consciência para a imagem, fazendo com que passe a ver pelos olhos dela, assim como ouvir com seus ouvidos.

      4. Ele então deve imaginar a imagem elevando-se no ar até bem acima da Terra.

      5. Ele então deve parar e olhar em volta (parece difícil abrir os olhos).

      6. Provavelmente verá figuras se aproximando ou percebendo alguma paisagem.

      7. Ele então deve mover-se à vontade, ainda que com ajuda ou não da(s) figura(s).

      8. Ele então deve empregar tais invocações especiais ao aparecer o lugar que queira visitar.

      9. Ele deve estar precavido contra milhares de ataques e engodos que acontecerão, por isso deve testar cuidadosamente a veracidade daquilo que dizem a ele, não importa quem. Assim, um ser hostil pode aparecer de forma gloriosa, o pentagrama apropriado deverá fazer com que murche ou se deteriore.

      10. A prática tornará o estudante infinitamente cauteloso nesses assuntos.

      11. É mais fácil voltar ao corpo, do que sair dele porém, a prática, torna a imaginação mais fértil. Por exemplo, você pode imaginar uma carruagem flamejante puxada por dois cavalos brancos, levando-o além da Terra. Pode ser perigoso ir muito longe ou permanecer num lugar por muito tempo; a fatiga deve ser evitada.

      12. Finalmente, que o estudante faça seu corpo físico coincidir com aquele seu que estava viajando, estique os próprios músculos, inspirando corretamente, colocando o dedo indicador nos lábios. Então deixe-o despertar por sua vontade e registre séria e acuradamente suas experiências.

      Acrescente que essa aparentemente complicada experiência é fácil de se realizar. É melhor aprender a "viajar" com uma pessoa já experiente no assunto. Dois ou três experimentos desse tipo devem ser suficientes para tornar o estudante confiante e expert.

VI

      1. O experimento anterior possui pequeno valor, levando a poucos resultados. Porém é suscetível a um desenvolvimento que resulta em uma forma de Dharana, concentração, e como tal, pode levar a fins muito mais elevados. A principal utilização das práticas dos últimos capítulos é familiarizar o estudante com qualquer tipo de obstáculo e ilusão, para que ele possa então ter perfeito controle de cada pensamento que possa surgir em sua mente, descartando-a e alterando-a a qualquer fim necessário à sua vontade.

      2. Ele então deve começar exatamente como antes, porém com a mais intensa solenidade e determinação.

      3. Ele deve ser muito cuidadoso em fazer com que seu corpo imaginário erga-se exatamente na perpendicular à tangente da terra do ponto onde seu corpo físico está situado (ou colocá-lo o mais simplesmente possível, retilíneo e subindo).

      4. Em vez de parar, que ele então continue a elevar-se até a fadiga tomar conta. Se ele achar que parou, sem vontade de continuar, aparecendo figuras em volta, deve a todo custo elevar-se mais acima delas.

      5. Ele então deve continuar até quando existir o alento da vida. Seja qual for a ameaça e engodo, mesmo sendo Typhon e todas as suas hostes vindos das covas contar o estudante, ainda que viesse do Trono do próprio Deus uma voz ordenando-o que permaneça no lugar e contente, deve sempre lutar.

      6. Por último, chega um momento em que todo seu ser está imerso em fadiga, vencido por sua própria inércia. Deixe-o mergulhar (quando não mais poder ele lutar, ainda que sua língua esteja mordida pelo esforço com o sangue escorrendo pelas narinas) nas trevas do inconsciente para então, na chegada a si mesmo, registrar acurada e soberbamente, tudo que ocorrera, sim tudo que ocorrera.

Nota de Keron-E:

      Therion, baseado na obra da Golden Dawn, desenvolveu outra versão do hexagrama, o Hexagrama da Besta, ou Unicursal. A diferença do tradicional é a facilidade em ser desenhado de uma só vez, sem quebrar o movimento, como o Pentagrama. Ele segue as mesmas distribuições na Árvore da Vida que a versão tradicional, incluse a troca de Daäth por Binah no ápice da figura:

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     Normalmente é representada com uma rosa no meio, símbolo de Thiphareth. Pode ser considerada a forma thelêmica do hexagrama.

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Fonte: www.ordoaa.com.br/arquivos/ht/libri/libri_6.htm

Liber LXI vel Causae

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A LIÇÃO PRELIMINAR

      Em Nome do Iniciador, Amén.

      1. No começo era a Iniciação. A carne nada vale; a mente nada vale; aquilo que é desconhecido para ti e acima destas, embora firmemente baseado sobre o seu equilíbrio, dá vida.

      2. Em todos os sistemas de religião, deve ser encontrado um sistema de Iniciação, o qual pode ser definido como o processo pelo qual um homem chega a aprender sobre aquela Coroa desconhecida.

      3. Embora ninguém possa comunicar o conhecimento ou o poder para realizar isto que nós podemos chamar a Grande Obra, é, todavia, possível que os iniciados guiem outros.

      4. Todo homem deve superar seus próprios obstáculos, expor suas próprias ilusões. Porém, outros podem ajudá-lo a fazer ambos, e eles podem torná-lo completamente apto a evitar muitos dos falsos caminhos que não levam a lugar algum, os quais tentam os pés cansados do peregrino não iniciado. Eles podem, além disso, assegurar que ele seja devidamente provado e testado, pois há muitos que pensam ser Mestres, os quais sequer começaram a trilhar o Caminho do Serviço, que para lá conduz.

      5. Agora, a Grande Obra é uma, a Iniciação é uma, e a Recompensa é uma, embora diversos sejam os símbolos com os quais o Inexprimível é revestido.

      6. Escuta, portanto, a história do sistema que esta lição te dá a oportunidade de investigar.

      Ouve, nós te rogamos, com atenção: pois apenas uma vez a Grande Ordem bate à porta de alguém.

      Qualquer um que conheça algum membro dessa Ordem como tal, jamais poderá conhecer outro, até que também tenha atingido a Maestria.

      Aqui, portanto, nós pausamos, para que tu possas analisar-te a ti mesmo minuciosamente e considerar se já estás preparado para dar um passo irrevogável.

      Pois a leitura daquilo que se segue é Registrada.


A LIÇÃO DE HISTÓRIA

      7. Há alguns anos atrás, um número de manuscritos cifrados foi descoberto e decifrado por certos estudantes. Eles atraíram muita atenção, pois pretendiam derivar dos Rosacruzes. Tu prontamente entenderás que a genuinidade da afirmação nada importa, sendo tal literatura julgada por si só, não pelas fontes que lhe são reputadas.

      8. Entre os manuscritos, estava um que dava o endereço de uma certa pessoa na Alemanha, por nós conhecida como S.D.A. Aqueles que descobriram as cifras escreveram para S.D.A. e, de acordo com as instruções recebidas, uma Ordem foi fundada, a qual operava de uma maneira semi-secreta.

      9. Após algum tempo, S.D.A. morreu: pedidos ulteriores de ajuda encontraram pronta recusa dos colegas dela. Foi escrito por um deles que o esquema de S.D.A. sempre fora visto com desaprovação. Mas, já que a regra absoluta dos adeptos é não interferir no julgamento de qualquer outra pessoa, quem quer que seja — quanto mais, então, uma de si mesmos, a mais altamente reverenciada — eles se abstiveram de oposição ativa. O adepto que escreveu aquilo acrescentou que a Ordem já tinha conhecimento suficiente para capacitar a si mesma ou aos seus membros a formular um elo mágico com os adeptos.

      10. Logo após isto, alguém chamado S.R.M.D. anunciou que havia formulado tal elo, e que ele mesmo e dois outros deveriam governar a Ordem. Rituais novos e revisados foram emitidos, e conhecimento fresco jorrou em correntes.

      11. Nós devemos passar por cima dos infelizes embustes que caracterizaram o período seguinte. Já se provou totalmente impossível elucidarem-se esses fatos complexos.

      Nós nos contentamos, pois, em observar que a morte de um de seus dois colegas e a fraqueza do outro asseguraram a S.R.M.D. a autoridade exclusiva. Os rituais foram elaborados, apesar de bastante eruditos, em prolixo e pretensioso contra-senso: o conhecimento se provou sem valor, mesmo onde estava correto: pois é em vão que pérolas, mesmo que não tão claras e preciosas, sejam dadas aos porcos.

      Os ordálios se transformaram em desprezo, sendo impossível que qualquer um ali falhasse. Candidatos inadequados foram admitidos, por nenhuma razão melhor do que a de sua prosperidade mundana.

      Resumindo, a Ordem falhou em iniciar.

      12. O escândalo surgiu e, com ele, o cisma.

      13. Em 1900, um certo P., um irmão, instituiu um rigoroso teste para S.R.M.D., de um lado, e para a Ordem, de outro.

      14. Ele descobriu que S.R.M.D., embora um erudito de alguma habilidade e um magista de notáveis poderes, jamais havia chegado à completa iniciação; e mais: havia caído do seu posto original, tendo imprudentemente atraído para si forças do mal, grandes e terríveis demais para que ele suportasse. A afirmação da Ordem, de que os verdadeiros adeptos estavam a seu cargo, foi definitivamente afastada.

      15. Dentro da Ordem, com duas exceções certas e duas duvidosas, ele não encontrou qualquer pessoa preparada para qualquer tipo de iniciação.

      16. Em conseqüência, por sua sutil sabedoria, ele destruiu tanto a Ordem, quanto o seu chefe.

      17. Não sendo ele mesmo um adepto perfeito, foi lançado pelo Espírito no Deserto, onde habitou por seis anos, estudando à luz da razão os livros sagrados e os sistemas secretos de iniciação de todos os países e idades.

      18. Finalmente, foi-lhe dado um certo grau exaltado, pelo qual um homem se torna o mestre do conhecimento e da inteligência, e não mais seu escravo. Ele percebeu a inadequação da ciência, filosofia e religião; e expôs a natureza auto-contraditória da faculdade do pensamento.

      19. Retornando à Inglaterra, ele deitou seus conhecimentos humildemente aos pés de um certo adepto D.D.S., o qual o acolheu fraternalmente e admitiu seu título ao grau que ele tão dificilmente conquistara.

      20. Portanto, esses dois adeptos conversaram, dizendo: “Não está escrito que as tribulações serão encurtadas?”. Por conseguinte, eles resolveram estabelecer uma nova Ordem, a qual deveria ser livre dos erros e imposturas da anterior.

      21. Sem Autoridade, eles não poderiam fazê-lo, a despeito da exaltação de seu posto entre os adeptos. Eles resolveram preparar todas as coisas, grandes e pequenas, para o dia em que aquela Autoridade fosse recebida por eles, já que eles não sabiam onde procurar por adeptos mais altos do que eles mesmos, mas sabiam que o verdadeiro caminho para atrair a sua atenção era equilibar os símbolos. O templo deve ser construído antes que o Deus possa habitá-lo.

      22. Assim, por ordem de D.D.S., P. preparou todas as coisas por sua ciência e sabedoria arcanas, escolhendo apenas aqueles símbolos que fossem comuns a todos os sistemas e rigorosamente rejeitando todos os nomes e palavras que supostamente implicassem em qualquer teoria religiosa ou metafísica. Descobriu-se que fazer isso por completo era impossível, já que toda língua tem uma história, e o uso (por exemplo) da palavra “espírito” implica na Filosofia Escolástica e nas teorias Hindu e Taoísta concernentes à respiração do homem. Então, era difícil evitar a implicação de alguma tendência ao usarem-se as palavras “ordem”, “círculo”, “capítulo”, “sociedade”, “irmandade”, ou qualquer outra para designar o corpo de iniciados.

      23. Deliberadamente, então, ele tomou refúgio na indefinição. Não para velar a verdade ao Neófito, mas para adverti-lo contra valorizar o que não é essencial. Ouvindo o Candidato, então, o nome de um Deus, que ele não assuma precipitadamente que se refere a qualquer Deus conhecido, que não o Deus que somente ele mesmo conhece. Ou falando o ritual em termos (embora vagos) que pareçam implicar em filosofia Egípcia, Taoista, Budista, Indiana, Persa, Grega, Judaica, Cristã ou Mulçumana, que ele reflita que isto é um defeito da linguagem; a limitação literária e não o preconceito espiritual do homem P.

      24. Especialmente, que ele se guarde contra a descoberta de símbolos sectários definitivos nos ensinamentos de seu mestre e na racionalização do conhecido ao desconhecido, que certamente o tentarão. Nós laboramos dedicadamente, querido irmão, para que tu jamais sejas levado a perecer sobre esse ponto; pois ali muitos homens santos e justos foram arruinados. Assim, todos os sistemas visíveis perderam a essência da sabedoria. Nós procuramos revelar o Arcanum; nós apenas o profanamos.

      25. Agora, assim que P., com amarga labuta, preparou todas as coisas sob a orientação de D.D.S. (como quando a mão escreve, enquanto o cérebro consciente, embora ignorante dos movimentos detalhados, aplaude ou desaprova o trabalho finalizado), houve um certo tempo de repouso, como a terra que jaz sem cultivo.

      26. Entretanto, estes adeptos se ocuparam intensamente com a Grande Obra.

      27. Na plenitude do tempo, igualmente a uma árvore florida que carrega frutos em sua estação, todas aquelas dores terminaram, e estes adeptos e seus companheiros obtiveram a recompensa que eles buscavam — eles deviam ser admitidos à Eterna e Invisível Ordem que não tem nome entre os homens.

      28. Portanto, eles, que com faces sorridentes haviam abandonado seus lares, suas posses, suas mulheres, seus filhos, a fim de realizar a Grande Obra, puderam, com calma sóbria e retidão firme, abandonar a própria Grande Obra; pois esta é a última e maior projeção do alquimista.

      29. Também um V.V.V.V.V. surgiu, um adepto exaltado do grau de Mestre do Templo (ou este tanto foi o que ele desvelou aos Adeptos Exemptos) e Sua declaração está entesourada nos Escritos Sagrados.

      30. Tais são Liber Legis, Liber Cordis Cincti Serpente, Liber Liberi vel Lapidis Lazuli e outros tantos, cuja existência pode ser, um dia, revelada a ti. Cuida-te para que tu não os interpretem, quer na Luz ou na Escuridão, pois somente em L.V.X. podem eles ser entendidos.

      31. Também, Ele conferiu a D.D.S., O.M. e um outro, a Autoridade da Tríade, os quais, por sua vez, a delegaram a outros, e estes assim novamente, de modo que o Corpo de Iniciados possa ser perfeito, igualmente da Coroa até o Reino e além.

      32. Pois a Perfeição não habita nos Pináculos, ou nas Fundações, mas na Harmonia ordenada de um com todos.


Aleister Crowley

A Besta e o I Ching

Liber CCXVI
O I Ching
Uma Nova Tradução do Livro das Mutações
por Mestre Therion (Aleister Crowley)


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Introdução

      O Yi King é matemático e filosófico em sua forma. Sua estrutura é paralela à da Qabalah. O aparato real é simples e são suficientes cinco minutos para obter uma resposta bastante detalhada para qualquer pergunta, exceto as mais obscuras.


To Mega Therion


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O TAO

1. TAO se concentra sobre Kether como um ponto.

2. TAO dirige a si mesmo dentro de Chokmah e se converte na Força Masculina. Ele é chamado YANG e é simbolizado por uma Linha Continua.

3. TAO se expande em Binah e se converte na Força Feminina. Ela é chamada YIN e é simbolizada por uma Linha Descontinua.

4. Estes três: TAO, YANG e YIN, reproduzem o céu e a terra, e todas as coisas que estão contidas neles.

O Aparato

0. TAO é a fonte do Yi King, assim como de tudo.

1. Deves conseguir 6 moedas chinesas. As cinco devem ser de um metal e a sexta de outro. A um lado chamarás Yang, e ao outro Yin (Cara e Coroa).

2. Estas moedas devem ser guardadas envoltas em um tecido negro, e nenhuma outra pessoa deve colocar suas mãos sobre elas. Porque estas se enchem de tua aura quando são usadas com sinceridade e repetição.

3. Não tens moedas? Seis varetas servirão. Pintes um lado continuo e o outro descontínuo. Um dos seis é especial: Este deve distinguir-se, pintes um de seus extremos em ambos os lados. Cuides de tuas varetas como se fossem as moedas.

O Método

4. Quando uma situação surgir em tua mente e se gostarias de encontrar um oráculo, faças o seguinte:

Vás e pegues tuas moedas ou varetas.

5. Vira-te para o leste; e limpa tua mente, de modo que não haja pensamentos.

6. Invoque o Deus que quiserdes; enchendo-te com pura luz, e elevando tua mente à fixada imagem da situação sobre a qual perguntas.

7. Em seguida, lance suavedamente tuas varetas ou moedas para o Leste; elas cairão dentro de certo padrão que tu arranjarás em um Hexagrama — a unidade de Divinação deste livro: I Ching.

O Hexagrama

8. Um Hexagrama é composto de seis linhas; cada linha sendo Yang ou Yin. A vareta ou moeda especial é chamada de “Linha Móvel”.

9. Cada linha do Hexagrama é numerada: A linha mais próxima de ti mesmo é a número Um; ao passo que a mais distante é a número Seis. UM EXEMPLO:

10. Tu te concentrastes sobre a tua situação, e as tuas varetas caíram assim:
Linha 6 - YANG (uma linha contínua)
Linha 5 - YANG (uma linha contínua)
Linha 4 - YANG (uma linha contínua)
Linha 3 - YANG (uma linha contínua)
Linha 2 - YIN (uma linha descontínua)
Linha 1 - YIN (uma linha descontínua) (- A linha móvel está na linha 2)

11. O Hexagrama ficará assim:


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12. Observai que o Hexagrama está dividido em dois Trigramas: Um Trigrama superior e um Trigrama inferior.

Interpretação

13. Pegue a chave que está neste livro. Encontre o Trigrama superior ao longo do topo do diagrama. Em seguida, localize o Trigrama inferior à esquerda do diagrama.

14. Sigas os Trigramas até o centro da Chave. Encontrarás o número 33.

15. Então, deverás ler o Hexagrama Trinta-e-três deste Livro: I Ching.

16. As duas primeiras linhas referem-se ao Hexagrama como um todo, mostrando-te o sentido da questão.

17. Em seguida, aparece um poema de seis linhas. A primeira linha deste poema pertence à linha número Um do Hexagrama. A última linha do poema é para a número Seis (a mais distante de ti mesmo).

18. A Linha Móvel (neste caso a número Dois) é a linha específica que pertence à tua situação: Tua resposta do TAO.

19. Se não entenderes, e estás confuso com dúvidas e indagações sobre as Forças desta Divinação: deves ler em Magick o que Mestre Therion disse sobre seu entendimento do TAO.


ABRAHADABRA


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© da tradução espanhola Miguel Algol.

Traduzido para o português por Lizza Bathory.


Confira mais em Fraternitatis S∴S∴


A Árvore da Vida
A árvore da vida é uma representação simbólica do universo. Originalmente, ela era a Chave dos mistérios exotéricos do Tarô e da Cabala. É uma Chave universal para comparar as aparentemente variadas filosofias de todos os países e raças. Somente recentemente os Trigramas do I Ching encontraram lugar em sua estrutura; abrindo assim novos canais de pensamento nos mistérios da Sabedoria Oriental.





Os Hexagramas




1 – O HEXAGRAMA KHIEN

Lingam de Lingam


KHIEN: Originário do termo,
Grande, perfurante, vantajoso, correto e firme.
O dragão se esconde: não é hora de atos.
O dragão está no campo: agora faze o teu pacto.
Sede ativo, vigilante, tendo cuidado e tato.
Uma cachoeira brotando; o dragão dá um salto.
O dragão atravessa os céus no ritmo exato.
Não excedas, dragão; para que tua força não se arrependa.
(Se tudo isto as hostes celestiais dos dragões desproverem de
suas cabeças, a sorte se tornaria um fato.)

2 – O HEXAGRAMA KHWĂN

Yoni de Yoni


KHWĂN: Grande, originário, certo e justo,
penetrante e útil, firme como na égua.
Se o verdadeiro homem se mover, seus pés se perderão;
para ele, seguir é seu caminho correto.
Geada! A mais forte logo cai.
Reta, quadrada e grande, a vantagem sempre nos recai.
Continuai, mas a virtude magistral não ostentai.
Eis um saco seguro quando uma boa amarradura se dá.
Eis a saia amarela; que boa fortuna nos trás.
Ouro, sangue e pórfiro: os dragões a lutar.
(Correta e firme a conduta, tu espiarás
a boa sorte que do céu trarás.)

3 – O HEXAGRAMA KUN

Lua de Fogo


KUN: Firme, correto; isso evidencia um grande progresso
e vantagem de nomear príncipes feudais.
Pouco avanço e difícil; mantenha teu lugar correto.
Angústia, recuo; não temas, um amigo está próximo.
Perdido na floresta, não busque um veado para caçar.
Recuando, procure o teu companheiro; com ele, mire alto.
Dispense os favores ricos como os teus amigos esperam.
Teus cavalos fogem; derramam-se lágrimas de agonia.

4 – O HEXAGRAMA MĂNG

Terra de Lua


MĂNG: Inexperiência; que eles vejam o sábio.
Um – ganha seu sorriso; dois – excitarão sua raiva.
Corrige-o uma vez para libertar; duas vezes? Deixe-o ir!
Trate os tolos e as mulheres gentilmente, eles tem sua utilidade.
Não case com mulheres vagas, elas só conhecem dinheiro.
Correntes prendem o ignorante, e o sofrimento flui.
No entanto – o grande tolo! O bem da simplicidade brilha!
Proteja os ignorantes de todos os abusos!

5 – O HEXAGRAMA HSÜ

Lua de Lingam


HSÜ: Paciência; sede sincero; o sucesso brilhará
Firmeza traz fortuna, tu podes atravessar o rio.
Espere, constante, na fronteira da terra.
Espere, caluniado, pela areia das correntezas da montanha.
Ah! escape do lodo, ou a injúria está próxima.
Ainda espere, em meio ao sangue. Corra para fora da caverna;
Ainda espere, no banquete – ó firmemente posicionado.
Três convidados vêm ajudar; cumprimente-os com cortesia.

6 – O HEXAGRAMA SUNG

Lingam de Lua


SUNG: Conflito: seja cauteloso; não busque o extremo.
Procure a ajuda de amigos, e não atravesse o rio.
Não perpetues conflito, embora estejas injuriado.
Superado, se retire, o esconderijo seja teu amigo!
Mantenha o teu lugar, mas não clame nenhuma glória agora.
Superado, reflita sobre o estudo da lei do céu.
Agora, com a grande fortuna ao teu lado, combata!
Vitorioso, o fruto é amargo no final.

7 – O HEXAGRAMA SZE

Yoni de Lua


SZE: Exércitos; tudo depende do sábio,
Sua experiência madura, e a sua idade da sabedoria.
Observe bem as regras da estratégia marcial.
Chefe do exército, o teu rei confere o cargo.
Propósito dividido – ineficiência!
Recuar não é um erro se for necessário.
Procure e destrua a má fé e a revolta!
Mas encontre bons homens para cargos de dignidade.

8 – O HEXAGRAMA PÎ

Lua de Yoni


PÎ: União. Primeiro examine, tu estás certo?
Então o inquieto se junta a ti; ai do empenho do preguiçoso.
Sinceridade de união é a chave;
De dentro da mente sai a verdadeira unidade.
Não te unas com a iniquidade do indigno!
Há alguém além de ti que anseia por ti.
Sustente bem a tua torre sobre o poder do povo.
Errastes o teu primeiro passo? Tu verás desastre.

9 – O HEXAGRAMA HSÎAO KHÛ

Ar de Lingam


HSÎAO KHÛ: Mostra pequena retenção. Daí o sucesso rápido.
Mas as nuvens de fato, nós pedimos pela felicidade da chuva.
Enganado? Retornai e segui o teu o próprio plano!
Por verdadeira atração distribua tua amplitude estrelada!
Raiva no casamento ou um carro com defeito!
Sangue e desgraça, a sinceridade oferece sucesso.
Sinceridade: aqui está a ajuda de todo o clã.
Quem ganha muito pode perder; repouse, Ó homem!

10 – O HEXAGRAMA LÎ

Lingam de Água


LÎ: É o trilhar do caminho que é certo!
Caminhe sobre a cauda do Tigre; ele não morderá.
Siga o caminho do correto que te é familiar;
Reto e fácil anda o eremita.
Aprenda a vaidade, o blefe do bravo, para fugir!
Pise na cauda do tigre; mas cuidado com seu rancor.
Firme, resoluta – embora perigosa a tua situação;
Examine bem o augúrio do voo.

11 – O HEXAGRAMA THÂI

Yoni de Lingam


THÂI: A devida ordem de coisas; nós vemos, em suma,
boa sorte; as pequenas coisas vão, e as grandes coisas vêm.
Puxe um galho; e os outros o seguem.
Busque paciência, autoconfiança, amor e juízo.
Apesar de que todas as coisas mudem, regozije; pois essa é a ordem.
Chame amigos para ajudar-te, eles podem te salvar.
Lembre-se do que Tî-Yî achava correto e verdadeiro.
A cidade está arruinada; há pouco que tu possas fazer.

12 – O HEXAGRAMA PHÎ

Lingam de Yoni


PHÎ: Tudo é transtorno no órgano.
Vemos o grande partir, e o pequeno vir.
Mais uma vez um galho puxado também trás os outros.
A paciência, a obediência, a aptidão, constroem de novo.
A vergonha esconde teu propósito de tua própria visão correta!
Aja corretamente; camaradas virão adorar-te e admirar-te.
Restaurando todas as coisas, murmura “Podemos ter cometido um erro estúpido!”
A escuridão passa; a luz irrompe de baixo.

13 – O HEXAGRAMA THUNG ZĂN

Lingam de Sol


THUNG ZĂN: A união dos homens; em toda parte do clã!
Atravesse então o rio, tu, homem firme e superior!
Aqui primeiro o mestre se levanta de sua porta.
Ele bem deve fugir das preocupações da família!
Escondido, mas atento, o nascimento da justiça aguarda!
Esteja pronto para atacar, mas não tente o destino.
Das lágrimas ao riso, a vitória coroa o teu estado.
Até mesmo nos subúrbios os homens te chamam de grande.

14 – O HEXAGRAMA TÂ YÛ

Sol de Lingam


TÂ YÛ: Grandes posses; a riqueza é uma bruxa,
em cujo caldeirão borbulha o sucesso.
Dirija livre de erros, visualize a tua estrada clara.
Vede! A carroça com sua grande carga dourada!
O grande príncipe mostrou seu dever ao filho do céu.
Mas guarde os recursos como sua joia um sapo.
A sinceridade é rivalizada pela majestade.
De todas as formas a bênção do céu transbordou!

15 – O HEXAGRAMA KHIEN

Yoni de Terra


KHIEN: Use a humildade, esse é o fermento da panificação.
Um homem pode vencer em toda tarefa.
Aumente as humildades; assim abra o caminho!
Uma vez reconhecida, quem negará?
O mérito reconhecido herdará o sucesso.
Cresças tu mais verdadeiramente humilde a cada dia.
Assim, todos os teus vizinhos em tua causa formam tropa.
Use a força – mas somente sobre a presa adequada!

16 – O HEXAGRAMA YÜ

Fogo de Yoni


YÜ: A satisfação se espalha por todas as tuas praias.
Nomeie teus príncipes, e envie as tuas hostes!
Não te glories do prazer: ali espreita a queda.
Seja firme, com a previsão toda a tua alma brilha.
Não presumas; compreenda – o que veio pode partir!
Irradie a felicidade, chame os amigos para do sucesso partilhar.
Não crie um hábito; a alegria é tão estúpida quanto a dor.
Ó! Pense mais profundamente; a mudança é o lance da sabedoria!

17 – O HEXAGRAMA SUI

Água de Fogo


SUI: Siga imediatamente, mas verifique que ao seguir
seja firme, inabalável e correto.
Mudando sua busca, procure amigos além do teu portão.
Deveria deixar o velho, e seguir o jovem garoto?
Mais sabiamente deixa a juventude, e emprega o bom-senso da idade.
Os aderentes feridos; assegura-te de que teu caminho é correto.
Siga toda a excelência à passos ansiosos.
O rei sincero pode sacrificar com alegria.

18 – O HEXAGRAMA KÛ

Terra de Ar


KÛ: Serviço. Tu podes atravessar o rio, sem dúvida,
se tu cogitaste completamente o teu propósito.
Bom filho, conserta a debilidade de teu progenitor;
Seja gentil com a fragilidade de tua mãe, Filho.
Sim, corrija os problemas de teu pai, cada um.
Contenha o teu curso; contempla-os com indulgência.
Assim ganhe o elogio de tua utilidade.
Faze o que tu queres, tu mesmo, escravo de ninguém!

19 – O HEXAGRAMA LIN

Yoni de Água


LIN: Grande; aqui está o progresso e o sucesso para a firme
retidão; mas – mais problemas no período!
Agora com teu companheiro force firmemente o passo!
Avance com ele – a aliança ganha a corrida.
Seja cauteloso, ou o avanço pode levar-te ao erro.
Siga adiante somente da maneira mais nobre.
Grandes governantes necessitam de grande sabedoria todo dia.
Honesto, generoso, traga o raio da fortuna!

20 – O HEXAGRAMA KŴAN

Ar de Yoni


KŴAN: Manifestação, contemplação; busque
ser sincero, puro, justo, com dignidade.
Impensado e juvenil: tu pouco verás!
Espie pela tua porta — a modéstia de uma mulher.
Considere o teu curso inteiro insistentemente.
O bem-estar resoluto do estado, procure a ajuda da majestade.
Considere o curso de tua vida, a fim de que a ação não erre,
E critique o verdadeiro caráter da tua alma.

21 – O HEXAGRAMA SHIH HO

Sol de Fogo


SHIH HO: União por mordida, aqui o sucesso
vem através do uso adequado do estresse legal.
Corte a raiz do crime; dedos aparados, ponha os pés sobre bens;
Senão – a carne e o nariz devem ser mordidos e arrancados.
Rápido, ou a carne seca te dá o dobro de trabalho para fazer!
Rói, rói, promessas falsas antes que o portão abre.
Morda: o ouro recompensa a precaução firme e verdadeira.
Ou, por último, a Kangue — as orelhas cortadas, o destino zomba.

22 – O HEXAGRAMA PÎ

Terra de Sol


PÎ: Ornamento; de fato deve ter um curso livre.
Mas — em seu lugar: não deve assumir a liderança.
Decore teus pés, e não necessite de cavalos.
Decore tua barba, pois a dignidade combina.
Decore, busque firme retidão em teus caminhos!
À cavalo, alado, deseje o honesto e verdadeiro!
Apesar de pobre, suburbano, há um bom trabalho a fazer.
Vestida em branco puro, tua força é simplicidade.

23 – O HEXAGRAMA PO

Terra de Yoni


PO: Queda; derrubada, quando as coisas tremem,
agitá-las mais é um erro.
Fira as pernas da poltrona, em breve tudo se irá;
Prejuízo à sua estrutura, logo haverá queda total.
Destrua, quando necessário for — não mostrará a sabedoria?
A poltrona destruída, seu ocupante tem desgraça.
Seja leal, ajude os teus semelhantes; tudo está incandescente.
Isso te deixará corajoso; o homem pequeno cava a sepultura dele.

24 – O HEXAGRAMA FÛ

Yoni de Fogo


FÛ: Retorno; tu estás livre para ir e vir.
Amigos ajudam; agora mova-se com confiança ardente.
Corrija as pequenas tolices – procure as maravilhas de sorte!
Errastes? Retorne e tome o caminho adequado.
Volte, volte; e não se desvie mais!
Retorne, embora todos os teus companheiros te digam que não.
Retorne nobremente – o mestre do teu dia!
Mas erro empilhou sobre erro – o demônio para pagar!

25 – O HEXAGRAMA WÛ WANG

Lingam de Fogo


WÛ WANG: Sinceridade e prudência; esplêndido
Se nestes assuntos tu não ofendestes.
Livre de toda insinceridade, prossiga!
Muito bem, se tu colherdes sem nunca usar arado!
No entanto – a inocência frequentemente tem a marca da culpa.
Firmeza, retidão, estes propõe que a desgraça caia fora.
O bom homem doente? Ele não precisa de nenhum médico respeitado.
Chegou a hora em que o livro do silêncio é o melhor para decorar.

26 – O HEXAGRAMA TÂ KHÛ

Terra de Lingam


TÂ KHÛ: O grande acúmulo; abandone
tua virtude privada quando o estado precisar dela.
Perigo; não te movas, mas olhe para dentro de teu coração.
Então, com o devido cuidado, esteja pronto para o início.
Agora, com o cavalo bom, bem treinado, faça bem a tua parte!
Bloqueie até mesmo os chifres do jovem touro; ele está mais seguro assim.
Castre o javali – ele mostrará seus dentes delicadamente.
Então governe as estrelas – a boa sorte ajudará na tua arte!

27 – O HEXAGRAMA Î

Terra de Fogo


Î: Nutrição; o assunto e a forma,
demandam que o pensamento indique o caminho.
Te satisfaça; senão – como teu queixo deverá tremer!
Não olhe nem pra baixo nem pra cima, dizem os sábios.
Mal nutrida, a ação significa apenas tumulto.
Mas veja! Abaixo de ti balbuciam as presas do tigre.
Método inadequado? Permaneça firme e cauteloso!
Mas tu, que nutristes tudo, podes atravessar o rio.

28 – O HEXAGRAMA TÂ KWO

Água de Ar


TÂ KWO: Uma viga enfraquecida está sob tensão.
Mover-se de qualquer maneira invoca sucesso.
Coloque tapetes para as coisas estabelecidas; então as falhas são poucas!
O salgueiro morto produz ramos; então o homem velho cortejando a esposa jovem.
A viga está fraca; o destino está ocupado com a fermentação!
A viga se curva – a lealdade fez a junção.
Flores de salgueiro mortas; jovens homens atrás da velha esposa!
Ousado atravessador, a tua cabeça está molhada — mas tu foste verdadeiro!

29 – O HEXAGRAMA KHAN

Lua de Lua


KHAN: Desfiladeiro, caverna, buraco: Em tempos de perigo
não faça da sinceridade de ato um estranho.
Desfiladeiro dentro de desfiladeiro, então a caverna – não vá!
Não envolva mais profundamente teu caso perigoso!
Perigo por todo lado – aquietar-se é a demonstração mais afortunada!
Instruindo seu rei, demonstre a mais humilde prudência!
Seja paciente, o tempo traz a ordem com ritmo grave.
Amarrado e atormentado, desnorteado também? Que desgraça!

30 – O HEXAGRAMA LÎ

Sol de Sol


LÎ: Sol; apego. Teu caminho seja tão dócil
quanto firme – e então veja a sorte sorrir.
Confuso no começo? Que a reverência favoreça.
Aqui está a fortuna – estabelecida corretamente e vestida de amarelo.
Aceite tuas desgraças com ânimo ou o pior comparecerá.
Precipitação – que vergonha! Assim o fogo e a morte descendem.
A sorte vem em teu auxílio, a melancolia segue!
Na vitória seja justo – um fim nobre.

31 – O HEXAGRAMA HSIEN

Água de Terra


HSIEN: Influência mútua; a boa sorte abençoa
A justeza firme do homem com a maré, o sucesso!
Quererias andar? Só mover teus dedos é uma falha;
Apenas as panturrilhas? Certamente seria melhor retroceder.
Também a coxa? Une-se de perto aos líderes? Tu te arrependerás disso.
Planos incertos? Apenas teus amigos os seguem.
Mas encolha teus ombros! Deus deverá ver isso alegremente.
Então não mexas a tua língua, nem abra tua mandíbula!

32 – O HEXAGRAMA HĂNG

Fogo de Ar


HĂNG: Pela persistência grandes impérios são construídos.
Não existe lei além de faze o que tu queres,
A ânsia de resultado arruína a vontade em todos os sentidos;
Mas o propósito decidido atravessa o imenso abismo.
Mantenha a tua virtude – não dê atenção às críticas!
Não busque recompensas; o teu trabalho seja sua própria crisma,
O amor da paixão vence, onde o ativo perde, briga;
E esforços violentos terminam em decadência rápida.

33 – O HEXAGRAMA THUN

Lingam de Terra


THUN: Uma retirada. Embora tua força esteja exausta.
Um recuo hábil domina o evento!
Perigo! Bata em retirada! Fique quieto – apesar de que ainda mostre a cauda.
Mesmo assim, sutilmente agarre com firmeza teu propósito.
Generoso com aqueles que te prendem; odeie a ira deles;
apesar da vontade deles, o grande tem a esperteza de se retirar.
Escape oportunamente – até mesmo os deuses admiram.
Escape com dignidade – reacenda o fogo.

34 – O HEXAGRAMA TÂ KWANG

Fogo de Lingam


TÂ KWANG: Grande força. Seja firme e autoconfiante;
Mas – tirano para usá-la como um gigante!
Mantenha firme teus pés, mas ainda não se atreva a se mover!
Tua retidão firme exerce e prova.
Cercas enredam carneiros que cegamente empurram.
A força falha em forçar algumas portas que se abrem para o amor.
Teu propósito conquistado, relaxe – nem assim exija demais do teu coração;
Depois de enlaçado, a melhor chance é – saber que assim estás!

35 – O HEXAGRAMA TZIN

Sol de Yoni


TZIN: Avançar – quando tu conquistardes a tranquilidades das pessoas,
teu senhor te dará presentes e dignidades.
Firme, paciente e generoso, espere teu dia!
Mova-se com pesar – do jeito da mãe real!
Assim começou a confiança – por que adiar?
Avance com discrição; a marmota ainda te guia;
Não busque sucesso, o jogo foi feito para se jogar.
Use o poder com precaução ou cuide-se para não se arrepender!

36 – O HEXAGRAMA MING Î

Yoni de Sol


MING Î: Inteligência gravemente ferida; reflete
sobre a posição rigidamente correta.
Ferido? Incline tuas asas e jejue, enquanto os críticos te cercam.
Um cavalo pode salvar o de coxa ferida.
Teu grande inimigo capturado, não seja ansioso demais!
Escape da noite pela propriedade da mente.
Pense em como a Corte de Kî encontrou o destino!
Por fim a terra engole aquele que pisou o céu.

37 – O HEXAGRAMA KIÂ ZĂN

Ar de Sol


KIÂ ZĂN: A família: Esta regra direita é sua base!
A mulher seja firme, correta, em seu próprio lugar.
Primeiramente, lei correta é o necessário.
Governanta, sustente a casa com modéstia!
Seja severo com a ociosidade e a tagarelice.
Assim a sorte ajuda a enriquecer a família.
Todos compartilham da sorte do rei dominador.
Sincero, majestoso, o final é brilhante.

38 – O HEXAGRAMA KHWEI

Sol de Água


KHWEI: Tudo é desunião, a mãe do sofrimento;
Mas em pequenos assuntos pode haver sucesso.
Cavalos perdidos retornam; homens ruins ainda poderão tomar o teu caminho;
Por acaso teu senhor pode te encontrar – no atalho.
Confuso e castigado? Aguarde a anistia do tempo.
Sozinho e desunião? Amigos na estrada.
Junto com teu ministro teu caminho está livre.
Porcos? Fantasmas? Inimigos? Não! Avance no caminho elevado.

39 – O HEXAGRAMA KIEN

Lua de Terra


KIEN: Incompetência e debilidade; hora
do grande homem te auxiliar na escalada.
O avanço acrescenta problemas; a quietude te ajuda agora.
Continue lutando sem nenhum egoísmo para arruinar teu voto.
Não avance; buscai novamente vosso antigo clã!
Não avance; estejais unido com aqueles.
Lute! Amigos vêm para continuar o teu plano.
Não avance! Espere por ajuda do grande homem!

40 – O HEXAGRAMA KIEH

Fogo de Lua


KIEH: Soltura; se tudo foi vencido; retorne e descanse.
Se a conquista é parcial, ação rápida será melhor.
Comece a desprender – caminho reto e claro.
Campos livres de raposas; consiga a aljava dourada.
Indigentes a cavalo incitam o jogo dos bandidos.
Não fique de pé opondo-te aos amigos que vêm para entregar.
Remova todo erro; então todos os homens possuirão tua influência.
O Príncipe deverá matar o falcão na muralha.

41 – O HEXAGRAMA SUN

Terra de Água


SUN: Diminuição; seja sincero; o preço não é a medida do sacrifício.
Largue os assuntos para ajudar os amigos, mas mesmo assim, cuidado!
Previna-se contra a ação; seja cauteloso com o dinheiro!
Três caminham, um se foi; uma caminha, e encontra um dois.
Pela amizade vê as desgraças se tornando poucas.
Aqui estão os cascos de tartaruga dos poucos escolhidos.
Prudente, embora afável, bem servido por amigos honrados.

42 – O HEXAGRAMA YÎ

Ar de Fogo


YÎ: Aumento; agora não é hora de sentar e tremer;
mas sim de seguir em frente, até mesmo de atravessar o rio.
O sucesso justifica a ousadia; encare o teu destino!
Bons presságios e verdadeira virtude reunidos, experimente!
O ruim desemboca no bom, para aquele que lidera o caminho;
Até mesmo remover a capital ele pode.
Que todos os homens partilhem de tua propriedade aprovada!
Pelos distúrbios da alma os reinos se desintegram.

43 – O HEXAGRAMA KWÂI

Água de Lingam


KWÂI: Desligamento; desprazer; enfrente teu inimigo;
mas mostre a devida relutância em agir assim.
Prepare bem os teus planos antes que a marcha comece.
Busque amigos leais e não tenha medo das armadilhas.
Lute sozinho; a coragem persistente vence!
Derrotado, aquiesça – sorrisos conquistam risadas.
Desarraigue os homens pequenos como beldroega – faça couro de suas peles;
Isolado ele está – e maligno seu fim será!

44 – O HEXAGRAMA KÂU

Lingam de Ar


KÂU: Subitamente encontrando – eis
uma mulher – não se casar com ela que é destemida.
Mantenha a estupidez fraca – ou trará melancolia!
Aqui está o peixe – mas não peça às pessoas suspeitas1 para comer!
Derrotado, sim; mas sem comer com os porcos!
Nenhum peixe – pois tu te misturastes com os ladrões, no final.
Oculte tuas virtudes – as adegas amadurecem o vinho!
Mas os eremitas perdem as coisas humanas pelas divinas.

45 – O HEXAGRAMA TZHUI

Água de Yoni


TZHUI: Acúmulo; conserte o santuário
e sacrifique as maiores vitórias ali!
Sozinho, estás indefeso; chame teu aliado certo;
Com ele, até mesmo pequenas orações obtém resposta rápida do céu.
Desnorteado, todavia se esforçando, tu deixas de suspirar.
O sucesso justifica a ousadia; recorde
Então, de ser correto e firme na virtude!
Chore por causa de tua solidão – mas continue sonhando alto!

46 – O HEXAGRAMA SHĂNG

Yoni de Ar


SHĂNG: A ascensão; busque o sublime!
Sim, no sul reverenciai o sol!
Seja bem-vindo pelo grande; aspire a coisas altas!
As pequenas oferendas são adoçadas por boa vontade sincera.
Apenas cidades vazias – tu és destemido para preenchê-las?
O rei recompensa tua sinceridade verdadeira;
Suba as escadas com a dignidade apropriada.
Mantenha firme retidão, apesar de cego o silencioso céu!

47 – O HEXAGRAMA KHWĂN

Água de Lua


KHWĂN: Restringido e aflito; o grande homem age.
Mas a retórica de longe é retirada dos fatos.
Nádegas nuas – tronco de árvore – vale – as esperanças se vão.
Rei envergonhado, aquieta-te e seja sincero!
Pedras, espinhos - chega em casa, e encontra a tua mulher no caminho errado.
Mesmo com amigos o percurso é difícil de seguir.
Rebelião? A honestidade não tem nada a temer.
Amarrado? No limite? Arrependa-se e tome o teu caminho!

48 – O HEXAGRAMA TZING

Lua de Ar


TZING: Poço; a fonte comum do acréscimo.
Se mantida com cuidado, suas virtudes nunca cessam.
Enlameado ou seco, que uso tem? Cuidado com a decadência.
Furado: uma vergonha! O trabalhador é desonrado.
Limpo, mas não utilizado; quão insensato é o desperdício!
Bem isolado e enterrado, quão nobre a exibição.
Venha beber a água – fria, cristalina, casta.
Aqui até a borda ela borbulha – siga teu caminho!

49 – O HEXAGRAMA KO

Água de Sol


KO: Mudança; os homens duvidam até que sua estupidez vê
que a mudança da sabedoria pode prever com facilidade.
Primeiro; tu estás amarrado com tiras de couro amarelo.
Então espere um pouco, o tempo é teu amigo.
A pressa pode arruinar tudo; discuta os teus planos não experimentados.
Primeiro obtenha a confiança dos homens; depois monte a sela e cavalgue!
Rápido como um tigre – com o Yî como um guia!
Confirme tua mudança com firme sinceridade.

50 – O HEXAGRAMA TING

Sol de Ar


TING: Caldeirão; podemos supor que seja firme seu auspício,
realização, progresso e sucesso.
Vire as panelas imundas; tua meretriz ganha o salário de mãe.
Antes de comeres coloque guardas ao redor da tua mesa!
O desdém é fracasso se não fores justo.
Então deverias ter vergonha; o teu caso é lamentável.
O ouro embeleza a sinceridade firme dos homens.
E os anéis de jade confirmam sua honra!

51 – O HEXAGRAMA KĂN

Fogo de Fogo


KĂN: Fogo: cuidado, mas sorria com o semblante divino!
Não deixe que nada te assuste e te faça derramar o vinho!
Aqui está o problema; vigie os teus caminhos, mas beba o teu vinho!
Tome terreno elevado; a maré baixará e vazará.
Perturbado? O perigo pode te ensinar como ir!
Combata fogo com fogo, ou afunde de costas na lama!
Problemas significam lucros para os homens que sabem.
Cuidado! Preveja a ação do inimigo!

52 – O HEXAGRAMA KĂN

Terra de Terra


KĂN: Terra; mantenha o silêncio como tua coluna; não veja nada
sobre ti! Assim a seda da sabedoria é tecida.
Mantenha teus pés firmes; seja agora o repouso a tua lei.
Tuas pernas – seria ruim avançá-las ou retirá-las.
Se os quadris se movem, o coração está suscetível à perturbação.
Mantenha em silêncio as inquietações do teu corpo, novato,
E, pelo amor dos céus segure a sua língua!
A fortuna toma conta de quem persevera em quietude.

53 – O HEXAGRAMA KIEN

Ar de Terra


KIEN: Progresso gradual: seja tua carruagem direita e firme,
sugestiva do casamento digno de uma senhorita.
Gansos selvagens se aproximam da margem – eles voam com cuidado!
Eles chegam às rochas – e pastam com alegria.
Planícies secas eles cruzam – isso precisa de uma asa vigorosa;
Eles alcançam as árvores, e descansam; mas não muito alto.
Finalmente eles conquistam o objetivo da viagem;
Em amplas altitudes ver suas penas cintilando.

54 – O HEXAGRAMA KWEI MEI

Fogo de Água


KWEI MEI: Dar primeiro as filhas mais novas – percurso ruim.
Não comece com o carro na frente dos bois.
Vão, vós, aleijados! Eu segurarei suas muletas.
Cego de um olho? Seja tão casto quanto uma viúva!
Agora, irmãs mais novas, há limpeza a ser feita;
Melhor adiar o enlaço matrimonial!
Pense de novo em Tî-Yî e suas irmãs!
Nenhuma carne na boca, e nenhum feijão na sopa.

55 – O HEXAGRAMA FĂNG

Fogo de Sol


FĂNG: Grande, abundante; a noite de precaução agora acabou.
Derrame tua glória como o sol do meio-dia.
Primeiro encontre teu companheiro, então multiplique a tua força.
Seja humildemente fiel na obscuridade;
Não deixe seus acidentes perturbarem teu curso.
A escuridão como parceiro – os homens! É a fonte da fortuna.
Então, chame os membros do clã da habilidade!
Mas o orgulho e a insolência assassinam a majestade.

56 – O HEXAGRAMA LÜ

Sol de Terra


LÜ: Estrangeiros. Conduta correta e firme pode desvendar
a maioria das confusões ligadas a viajar.
Os homens miseráveis por labuta serviçal aumentam a sua aflição;
Bem alojados, servidos, homens endinheirados seguem mais fácil.
Sua casa em chamas, seus servos fugiram, avisa o perigo.
Embora rico, armado, descansado, mesmo assim por cautela põe um observador!
Boas maneiras, discrição com o tiro;
Enquanto que a arrogância e a violência ferem o estrangeiro.

57 – O HEXAGRAMA SUN

Ar de Ar


SUN: Madeira, vento; perceba sua sutilmente suave persistência!
Facilidade elástica, a linha da menor resistência.
Fraco de propósito, aprenda o jeito do soldado.
Peça humildemente aos deuses que guiem o teu curso!
Excesso violento de esforços gera remorso.
Amplas premeditações e táticas astutas te prometem a presa.
Com firmeza, movimentos fáceis aplicam a tua força.
Medo, indecisão, drenam o último recurso.

58 – O HEXAGRAMA TUI

Água de Água


TUI: Águas calmas podem correr profundas e livres;
Não confunda moleza com filosofia!
Apazigua-te, harmonioso em tua esfera!
Tua vontade única, o mais completamente sincera!
Não desvie quando os prazeres sedutores cortejarem!
Procura-te bem para tornar o teu propósito claro.
Clientes muito confiantes podem comprar caro demais.
É prazeroso ser o capitão de tua equipe!

59 – O HEXAGRAMA HWÂN

Ar de Lua


HWÂN: Dispersão; no mundo dos tolos.
O homem da realeza permanece firme, divide e governa.
Precisa-se de um cavalo no conflito das multidões do mundo;
Precisa-se de um refúgio, um plano astuto e seguro.
Devemos ter golpes, e não nos importarmos com eles, na briga.
Disperse a multidão, então escolha a tropa seleta.
Comande a multidão, e encha suas barrigas, homem!
O bom fim esquece o quão mal começou.

60 – O HEXAGRAMA KIEH

Lua de Água


KIEH: Regras. Quem pode viver sem elas?
Mas não muitas, para que os homens não venham a desrespeitálas!
Não saia da tua casa para intrometer-se com o estado;
Mas ponha boa ordem ainda de dentro do teu portão.
Tu podes te lamentar se as regras desobedeceu.
Apenas mantenha a lei e siga teu caminho pacífico.
Decrete tuas leis – suave, discreto, moderado;
Mas não maltrate os homens com opressão cruel!

61 – O HEXAGRAMA KUNG FÛ

Ar de Água


KUNG FÛ: Sinceridade suprema; teu desejo cumprido.
Por isso se movem até mesmo os porcos e peixes.
Confie em ti mesmo, repouse em tua própria esfera.
Mas dê as boas-vindas e retribua o bom banquete.
Um companheiro envolve vicissitudes que variam;
Viaja rápido quem viaja solitário!
Os homens são mais leais aos homens mais sinceros;
Mas há o fracasso para o galo que voa alto no céu!

62 – O HEXAGRAMA HSIÂO KWO

Fogo de Terra


HSIÂO KWO: Excedendo nas pequenas coisas eu ouvi
que voar alto demais é arriscado para o pássaro.
Embora tu sejas alado, não voa tão precipitadamente alto!
Não deixe que a busca egoísta deixe fugir a lealdade!
Os homens por imprudência pedem aos seus inimigos para atacar;
Tato e habilidade ajudam-no a prevalecer.
No alvo mais fácil, que tuas flechas voem!
A ambição desenfreada convida a calamidade.

63 – O HEXAGRAMA KÎ ŽÎ

Lua de Sol


KÎ ŽÎ: Trabalho aperfeiçoado. As fronteiras da perfeição
próximas às fronteiras de novos distúrbios.
Mantém o sucesso; que se preste atenção às lições da história!
Alarmado, não se distraia ou fique instável;
Coloque em cada iniciativa toda a força necessária!
Parar o primeiro vazamento, vigilante e pronto.
Pequenas obras forjadas sabiamente são mais certamente prósperas!
A violência imprudente se afoga no redemoinho do desastre sombrio.

64 – O HEXAGRAMA WEI TZÎ

Sol de Lua


WEI TZÎ: Trabalho arruinado! Ah, quase atravessou
o rio! Erre o passo uma vez, e tudo estará perdido!
A tua força é proporcional a tua tarefa? senão não tente!
Retire-se frente às adversidades devastadoras.
Ao cisco do mundo a alegria dos teus olhos não se aplica!
Guerreie paciente por períodos persistentes!
Assim conquiste a riqueza, a fama e a chama que não morre;
Magistral, modesto, festeje com os deuses.