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Chave do Inferno

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      Clavis Inferni ("Chave do Inferno"), escrito por Cyprianus, é um grimório pouco conhecido.

      O livro se encontra conservado em uma edição do século XVIII e indica como convocar os quatro reis infernais: Paymon, Maymon, Egyn e Uricus. O texto está escrito em grego, hebraico, escrita cifrada, latim e latim invertido.

      A figura de seu autor, Cyprianus, é um enigma. Para certas fontes era um homem dinamarquês tão perverso que Satã teve que expulsá-lo do inferno “e este ato enfureceu tanto a Cyprianus que ele se dedicou a escrever os Nove Livros das Artes Negras (nos quais se baseiam todos os livros escandinavos subsequentes sobre tal Arte)". Para outras fontes era "uma freira mexicana incrivelmente formosa e irresistivelmente sedutora".

      Confira mais em:
http://theappendix.net/blog/2014/1/the-key-of-hell-a-sorcery-manual-from-the-enlightenment

      Aqui é possível baixar as páginas que se conservam:
http://wellcomeimages.org/indexplus/page/Home.html
pondo na busca [search] "Cyprianus".

© Miguel Algol


LÚCIFER E A DEMONOLOGIA

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      Na demonologia podemos encontrar Lúcifer ocupando diversas posições, variando de autor para autor. Alguns o associam com Satã, porém geralmente há uma distinção entre ambos, cada um possuindo seu respectivo cargo na hierarquia infernal. Segundo o Demonographia de Collin De Plancy, Lúcifer, o 42° demônio listado, é um amante da justiça e o responsável por assegurá-la no inferno. Satã não figura entre os sessenta e nove demônios apresentados nesta obra, mas é citado como sendo inferior a Lúcifer, o que mostra a existência distinta de ambos, pertencendo ao último o título de Rei do Inferno. Ele governa o leste e rege sobre a Europa e a Ásia, devendo ser o primeiro a ser evocado nas litanias do Sabá.

      Sua descrição é de uma bela criança, que, mesmo mudando drasticamente sua fisionomia quando enfurecido, não adquire traços monstruosos. Segunda-feira é o dia para ser realizada sua evocação. No Grimorium Verum (a versão mais antiga encontrada data de 1517), encontramos Lúcifer, Belzebuth e Astaroth como sendo os três poderes. Lúcifer possui a aparência de um belo rapaz. Porém, quando nervoso, muda sua cor para vermelho. Assim como no Dictionaire Infernale de Plancy, Lúcifer rege a Europa e a Ásia através da ação de seus subalternos: Satanackia e Agalierap. A conjuração deve ser realizada também em um círculo específico, contendo os três sinais de Lúcifer desenhados ao seu redor. No quarto livro deste grimório encontramos a seguinte conjuração para Lúcifer: "Lúcifer, Ouyar, Chameron, Aliseon, Mandousin, Premy, Oriet, Naydrus, Esmony, Eparinesont, Estiot, Dumosson, Danochar, Casmiel, Hayras, Fabelleronthou, Sodirno, Peatham, Venite, Lúcifer. Amém."

      Johan Weyer, no Pseudomonarchia Daemonum, não descreve Lúcifer entre seus 68 demônios, mas cita-o ao mencionar Paimon, que é mais obediente sob seu comando: “Lucifer hic intelligendus, qui inprofunditate scientiæ suæ demersus, Deo assimilari voluit” (Lúcifer aqui é para ser entendido como aquele que imergiu nas profundezas de seu conhecimento; ele necessitava ser como Deus).

      O Grimório de Papa Honório, o Grande, foi escrito no século 16, embora muitos considerem esta data fraudulenta, devido a sua primeira versão impressa ser datada do século 17. Neste grimório, Lúcifer é apresentado como um dos principais espíritos infernais, sendo considerado o Imperador Infernal.

      Novamente nesta obra Satã não é mencionado. Aqui também Lúcifer deve ser conjurado na segunda-feira, entre a terceira e quarta hora, ou entre as onze e doze horas. O sacrifício de um rato é necessário, segundo este grimório, para que a conjuração tenha sucesso.

      Na Magia Sagrada de Abramelin, ele é um dos Espíritos Chefes juntamente com Leviathan, Satã e Belial. Embora o termo Lucifuge seja empregado às vezes para designar Lúcifer, isto deve ser evitado, pois em outras hierarquias como, por exemplo, a do Grimório do Papa Honório (já citado anteriormente), Lucifuge Rofocale é o nome atribuído ao Primeiro ministro do Inferno.

      Muitas outras obras poderiam estar aqui, mas creio ter mencionado as mais significativas. As descrições foram feitas brevemente, sendo recomendado ao leitor interessado que consulte diretamente as respectivas obras para obter mais informações. Não as coloquei aqui pois ficaria muito extenso e sairia do meu propósito inicial.

      É importante conhecer estas informações para se conhecer a origem de muitas associações utilizadas por nós mais recentemente. Um exemplo é a associação de Lúcifer com o Leste, que pudemos ver acima, e que também está presente na concepção da Hierarquia dos Reinos de Fausto. Uma análise mais minuciosa destes escritos e da simbologia utilizada no Satanismo será de grande valia ao estudioso do ocultismo, e é por isso aqui muito recomendado.

© 2009 ESTE TRECHO FOI RETIRADO DO LIVRO "LUX AETERNA" DE LILITH ASHTART. OBRA PROTEGIDA POR DIREIROS AUTORAIS SOB REGISTRO MCN: CUV3M-8VP6R-3TSN4
(HTTP://MYFREECOPYRIGHT.COM/)

Pazuzu




Na mitologia suméria, Pazuzu era o rei dos demônios do vento, filho do deus Hanbi. Ele também representava o vento sudoeste, que trazia as tempestades e a estiagem.

Origem

A origem de Pazuzu remonta a aproximadamente 1000 anos a.C, na Assíria, Mesopotâmia.

Iconografia

Pazuzu é frequentemente representado por uma criatura de corpo humano, mas com a cabeça de um leão ou cachorro, garras em vez de pés, dois pares de asas, cauda de escorpião e o corpo revestido de escamas. Normalmente essas representações vêm com a mão direita levantada e a esquerda abaixada, representando vida e morte, criação e destruição.
Os artesãos assírios o representavam de várias formas, como estatuetas de bronze e amuletos feitos dos mais diversos materiais, como terracota ou jaspe.
O anel que fica sobre a cabeça das estauetas indica que tais objetos eram usados em volta do pescoço ou pendurados nas casas, geralmente no local onde pessoas inválidas dormiam.

Mitologia

Pazuzu era conhecido por trazer a estiagem e a fome nas estações secas e as pragas nas estações chuvosas. Apesar de ser considerado um demônio do mal, Pazuzu era invocado em amuletos para lutar contra a deusa maligna Lamashtu, um demônio feminino que se alimentava das crianças recém-nascidas e que acreditava-se ser o responsável por prejudicar a mãe durante o parto.
Pequenos amuletos retratando Pazuzu eram colocados no pescoço de mulheres grávidas a fim de protegê-las do demônio Lamashtu. Tais amuletos eram também colocados na mobília do quarto.
Era também invocado como proteção contra doenças trazidas pelos ventos, especialmente pelo vento oeste.

Cultura popular

Foi associado ao demônio da série de filmes "O Exorcista".

Aparece no filme A Lenda.

Aparece também no game Devil May Cry com o nome de Beowulf.

Apareceu no clipe da banda Gorillaz - Rock It, enquanto a banda rodea o seu próprio estúdio, Kong Studios, que tem uma estatueta do Pazuzu na frente.

Apareceu no jogo Shin Megami Tensei: Devil Survivor, para Nintendo DS, aparece também no jogo Persona 4.

Fez uma participação na série animada Futurama exibida no canal FOX no episódio "Voltando no Tempo" (Teenage Mutant Leela's Hurdles) #409. No episódio, Pazuzu, surge como um suposto animal de estimação do Professor, que lhe salva a vida. Data de exibição nos EUA: 30 de março de 2003. Data de exibição no Brasil: 24 de agosto de 2003.

É o antagonista do One-Shot (em mangá) The Miyama-Uguisu Mansion Incident, que deu origem ao mangá Ao no Exocist, da mangaká Kazue Kato.

É um personagem da Sicom "Neighbors from Hell"

É o nome de uma música da banda Behemoth, pertencente ao album The Apostasy.


 

 
Sobre o Autor:
LORD KRONUS
LORD KRONUS
Admirador do Oculto e cinéfilo. azerate666@hotmail.com Confira mais textos deste autor clicando aqui

Johannes Wier e a Pseudomonarchia Dæmonum

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O médico e demonologista holandês Johannes Wier, conhecido em inglês como Johann Weyer e em latim como Ioannes Wierus, nasceu em 1515 na localidade de Grave, em Brabante do Norte, pertencente então aos Países Baixos dominados pela monarquia Habsburgo. Iniciou os estudos de latim em tenra idade e já aos catorze anos tornou-se discípulo e ajudante de Heinrich Cornelius Agrippa, primeiro em Antuérpia e logo depois na Colônia (Köln) e em Bonn. Pouco antes da morte de Agrippa (1535), Wier começou seus estudos de medicina na França, em Paris e Orleans. Após seu regresso aos Países Baixos, exerceu a medicina em sua cidade natal, em Grave (1538), e depois em Arnhem (1545), com um estipêndio designado diretamente pelo imperador Carlos V. Em 1540 se casou com Judith Wintgens, com a qual teve cinco filhos. Em 1550 foi nomeado médico do Duque de Jülich-Cleves-Berge, Guilherme, o Rico (Guilherme I de Cleves, Guilherme V de Jülich-Berg) , cargo no qual lhe sucederia seu filho Galenus a partir de 1578.

Na corte de Cleves publicou suas mais importantes obras sobre demônios e feitiçaria: De Præstigiis Dæmonum et Incantationibus ac Venificiis (Sobre a ilusão de Demônios, Feitiços e Venenos, 1563), Pseudomonarchia Dæmonum (O falso reino dos demônios, 1577) e De Lamiis Liber (O livro das Bruxas, 1577), assim como diversos tratados de Medicina. Faleceu em 1588 em Teklenburg (Renânia do Norte), aos setenta e três anos, exercendo a medicina. Naqueles tempos cada nobre ou personagem importante tinha um lema público, que aparecia junto a suas obras e retratos; o lema de Wier era: Vince te ipsum ("Vence a ti mesmo").

As relações de Wier com a demonologia e a feitiçaria remontam a 1548, durante seus anos como médico em Arnhem, quando foi chamado a declarar como especialista em um caso penal contra um adivinho acusado de bruxaria. Porém alguns autores apontam já a influência de Wier nos últimos trabalhos de Agrippa sobre os demônios e seus poderes, já quase no final dos dias do célebre ocultista alemão. Wier se pronunciou publicamente contra o Malleus Maleficarum e defendeu a abolição das leis contra a bruxaria. Com esta atitude conquistou a inimizade de importantes inquisidores e magistrados de sua época. Foi graças a seu posto na corte de Cleves que Wier pôde evitar sua própria perseguição como bruxo. O inquisidor Martin delRio, em seu Disquisitionum Magicarum — um livro que se tornaria tão popular entre os perseguidores da bruxaria quanto o próprio Malleus, e que seria usado como guia nos célebres processos de Salém — o citou diretamente como um dos principais seguidores do Diabo no século XVI. Os livros de Wier acabaram no Índice de Livros Proibidos da Igreja Católica, compartilhando esta nobre distinção com outras obras imortais do pensamento universal.

Wier publicou Pseudomonarchia Dæmonum em Basileia em 1577, como apêndice para a quinta edição de seu livro De Præstigiis Dæmonum, que havia aparecido pela primeira vez em 1563. Ele mesmo disse que sua fonte para este livro foi um manuscrito entitulado Liber Officiorum Spirituum, seu Liber Dictus Empto. Salomonis, de Principibus et Regibus Dæmoniorum (Livro dos ofícios dos espíritos, o livro chamado Empto[1]. Salomão, sobre os príncipes e os reis dos demônios). Porém, indo contra o que pode dar a entender este titulo, Wier assinala que não é o rei bíblico Salomão o autor desta relação de demônios e suas formas de evocação, e sim Cam, um dos filhos de Noé: "[Cam] começou a invocar terríveis espíritos após o dilúvio. Invocou a Beleth e compôs uma arte em seu nome, e um livro que é conhecido por muitos matemáticos".

A Pseudomonarchia foi escrita com anterioridade à célebre Chave Menor de Salomão (Clavicula Salomonis Regis), o Lemegeton, uma parte da Goetia, com a qual guarda notáveis semelhanças. A Goetia se tornou célebre em nossa época por uma desleixada edição publicada em 1904 por Samuel MacGregor Mathers e Aleister Crowley. É muito provável que o autor original da Goetia tenha se inspirado parcialmente na obra de Wier. Entretanto há chamativas diferenças entre ambos textos: A Pseudomonarchia cita sessenta e nove demônios, e a Goetia setenta e dois. Andromalius, Dantalion, Seere e Vassago não aparecem na Pseudomonarchia, assim como Pruflas não aparece na Goetia. A ordem em que os demônios estão ordenados é também diferente. Na Pseudomonarchia não são encontrados sigilos associados aos distintos demônios, como há na Goetia.

Notam-se também as similitudes da Pseudomonarchia com um manuscrito anônimo francês da segunda metade do século XVI, o chamado Livre des Esperitz (Livro dos Espíritos) [2]. Neste manuscrito se encontra um inventário de quarenta e seis demônios, trinta e cinco deles presentes também na Pseudomonarchia, ainda que com os nomes ligeiramente alterados. Alguns autores propõem que Wier contou com uma cópia do Livre des Esperitz para confeccionar sua Pseudomonarchia, porém por alguma razão esta estava incompleta: as referências a Lúcifer, Belzebu, Satan, e aos demônios dos pontos cardeais Orient (Oriens), Poymon (Paymon), Amoymon (Amaymon) e Egyn (Ariton) — que iniciam o Livre des Esperitz faltam na Pseudomonarchia. Porém o livro de Wiers não pode ser visto, em caso algum, como uma mera cópia do manuscrito francês: a Pseudomonarchia inclui outros nomes infernais e oferece uma descrição muito mais detalhada de suas atribuições e de suas formas de evocação.

Os demônios de Wier são os
seguintes:
1. Bael. 2. Agares. 3. Barbas. 4. Pruflas. 5. Aamon. 6. Barbatos. 7. Buer. 8. Gusoyn. 9. Botis. 10. Bathym. 11. Pursan. 12. Eligos. 13. Loray. 14. Valefor. 15. Morax. 16. Ipes. 17. Naberius. 18. Glasya labolas. 19. Zepar. 20. Byleth. 21. Sytry. 22. Paymon. 23. Belial. 24. Bune. 25. Forneus. 26. Roneve. 27. Berith. 28. Astaroth. 29. Forras. 30. Furfur. 31. Marchocias. 32. Malphas. 33. Vepar. 34. Sabnac. 35. Asmodeus. 36. Gaap. 37. Chax. 38. Pucel. 39. Furcas. 40. Murmur. 41. Caym. 42. Raum. 43. Halphas. 44. Focalor. 45. Vine. 46. Bifrons. 47. Samigina. 48. Zagán. 49. Orias. 50. Volac. 51. Gomory. 52. Decarabia. 53. Amdusias. 54. Andras. 55. Andrealphus. 56. Oze. 57. Aym. 58. Orobas. 59. Vapula. 60. Cimeries. 61. Amy. 62. Flauros. 63. Balam. 64. Alocer. 65. Saleos. 66. Vual. 67. Haagenti. 68. Phoenix. 69. Stolas

Notas

[1] Benoît Grévin (em Jean-Patrice Boudet, "Les who's who démonologiques de la Renaissance et leurs ancêtres médiévaux", Médiévales vol. 44, primavera de 2003) propõe que a palavra "Empto." é uma abreviação deformada de "Emphoras", isto é "Schem-hamephorash" (Shemhamforash na versão da Biblia Satânica de Anton LaVey).

[2] Cambridge, Trinity College. Manuscrito O.8.29.

© Miguel Algol.

Traduzido por Lizza Bathory.

Fonte: El Baile del Espíritu

JACK PARSONS — OPERAÇÃO BABALON

Marjorie Cameron
O escritor, pioneiro cientista de foguetes e ocultista Jack Parsons, iniciou uma série de cerimônias magickas em 2 de março de 1946, concebidas, essencialmente, para alcançar uma manifestação de uma encarnação individual do arquétipo divino feminino, chamado Babalon, bem como para catalizar o surgimento desta força, existente latentemente em todos os homens e mulheres, na sociedade.

Durante a cerimônia o escritor e companheiro magicko L. Ron Hubbard, que mais tarde fundou a Cientologia, atuou como escriba anotando os resultados dos trabalhos magickos. Quando Parsons declarou que a primeira série de rituais estava completa e bem sucedida, ele, quase que imediatamente, encontrou Marjorie Cameron em sua própria residência, e a identificou como criação de seu ritual, considerou-lhe sua "Mulher Escarlate", e logo começou a próxima fase de suas séries — uma tentativa de conceber um filho por meio de trabalhos de magia sexual. Embora nenhuma criança tenha sido concebida, isto não afetou o resultado do ritual a este ponto. Parsons e Cameron logo casaram-se.

Os rituais performados foram amplamente desenhados em cima do sistema magicko Enoquiano do Dr. John Dee e Sir Edward Kelley. Eles também foram fortemente baseados em rituais e magia sexual descritos pelo escritor inglês e mestre ocultista Aleister Crowley, que por sua vez tomou emprestado muitos aspectos para sua Babalon da combinação da deusa babilônica Ishtar com a figura da Misteriosa Babylon, a "Grande Prostituta" do bíblico Livro do Apocalipse.


Após a morte de seu marido, Cameron tornou um ícone da Cena Beat em Los Angeles. Kenneth Anger a colocou como sua Mulher Escarlate em sua underground obra-prima "Inauguration of the Pleasure Dome". Muitos pensavam que ela era uma bruxa. Aqui está uma amostra de sua arte com comentários de seus amigos, o escultor, George Herms e, os diretores, Kenneth Anger e Curtis Harrington.