POR QUE PROVAR DO FRUTO DA ÁRVORE DO CONHECIMENTO É PECADO?

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E o SENHOR Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. (Gênesis 2:9)


Todos sabemos que a bíblia não deve ser tomada de forma literal. Aliás, essa passagem nem dá para ser encarada assim. A árvore não era uma macieira e o fruto não era uma maçã como normalmente são representados.  É gritante que a árvore e seu fruto são metáforas para alguma coisa mais importante do que uma simples maçã. Vejo o fruto em questão como o conhecimento e a capacidade de reflexão. Aquilo que nos permite saber o que é bom e o que é mal por conta própria.

Sem contar que, se não era par ao homem comer dessa árvore, por que criá-la?! Por que colocá-la logo no centro do Jardim do Éden? Por que fazer dela uma árvore agradável aos olhos e não um pé de jaca ou qualquer outro fruto feio, nojento e fedido?! Só para tentar o Adão? Uma espécie de Big Brother Sádico?
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
¶ E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. (Gênesis 3: 5, 6 e 7)

Prestaram atenção? Deus sabe que aquele que tem o conhecimento é como Ele, sabendo o bem e o mal. Aqui fica claro que a bíblia tenta relegar o conhecimento apenas a Deus, ou melhor, àqueles que falam em nome d'Ele. A mulher viu que o conhecimento era bom e desejável para dar entendimento. Ao comer o fruto, seus olhos se abriram. Aquele que tem seus olhos abertos não mais se deixa manipular. Daí a importância das ameaças...

Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. (Gênesis 2:17)

Transformar o desejo pelo conhecimento no pecado original e dizer que isso é o responsável pela expulsão do Jardim do Éden (origem de todos os nossos sofrimentos) e pela impossibilidade de viver para sempre é a forma mais eficiente de manter as pessoas longe da árvore e, conseqüentemente, manipuláveis. Uma cerca invisível se assim desejarem. Se ao homem não é permitido conhecer verdadeiramente e só Deus pode saber o que é mal, a "melhor" escolha do homem é obedecer cegamente aos desígnios divinos, transmitidos pelos sacerdotes - por coincidência, entre os mais poderosos nos tempos antigos.

Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. (Gênesis 3:4)

E fica claro que essa história da morte não passa de ameaça pelo que a serpente diz à mulher. Podem argumentar que a serpente mentiu. Talvez, mas quando Deus diz as punições, a mulher sofre com as dores do parto, o homem passa a ter que trabalhar e a serpente perde os membros, tendo que andar sobre o próprio ventre (não coloquei esse trecho aqui, pois fará parte de outra postagem). Parece que Deus esquece a ameaça de morte. Podem dizer que ele faz cumprir a ameaça de morte sem necessariamente falar nela. Se for isso, Ele não teve muita pressa, pois Adão viveu uns 930 anos depois disso.

¶ Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, (Gênesis 3:22)

Essa passagem confirma o que a serpente diz à mulher. Deus não quer que o homem prove o fruto do conhecimento para que continue ignorante. Deus confirma que o homem que conhece é como Deus, sabendo o que fazer de sua vida. E confirma também que o conhecimento não leva à morte, mas a decisão de Deus de afastar o homem da árvore da vida sim. É Deus que decide dar essa punição (se é que ela realmente é dada) e não é uma conseqüência natural de se provar do fruto.

Além disso, dizer que todos somos herdeiros desse pecado é colocar toda a humanidade na posição de ter que compensar um erro que (de fato) não cometeu. De ter que lutar para retornar ao Éden do qual foi expulsa e ser ainda mais subserviente do que aquele que apenas deveria obedecer. Agora é preciso ser o cúmulo da obediência para mostrar que merece retornar ao Jardim.

Pra mim, essa é a lição mais importante da bíblia por estar na sua origem e ser a base estratégica para toda e qualquer manipulação. Quem absorve que deve obedecer a Deus sem perguntar para que não sofra como Adão e Eva está pronto para absorver sem refletir qualquer outro ensinamento bíblico. A moral da história é: pensar é o verdadeiro pecado original e o correto é seguir cegamente as ordens divinas.

Se Deus falar diretamente comigo, eu até aceito, mas seguir as ordens dadas por mensageiros que não podem provar que falaram com Ele são outros quinhentos...
 
 
FONTE: http://sociedadedionisiaca.blogspot.com/2010/01/fruto-do-conhecimento-o-pecado-original.html?zx=4ce4d5c2e47a4939



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6 Comentários:

Anônimo disse... 18 de outubro de 2011 às 11:22

Sua opinião não pode mudar a realidade. Jesus te ama!!!! Um forte abraço!!!

cmca disse... 18 de dezembro de 2011 às 16:00

Deus colocou a árvore do conhecimento do bem e do mal no Jardim do Éden para dar a Adão e Eva uma escolha: obedecer ou não a Ele. Adão e Eva tinham liberdade para fazer qualquer coisa que quisessem, exceto comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Gênesis 2:16-17: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Se Deus não tivesse dado a Adão e Eva a escolha, eles seriam essencialmente robôs, simplesmente fazendo o que foram programados para fazer. Deus criou Adão e Eva para serem seres “livres”, capazes de tomar decisões, capazes de escolher entre o bem e o mal. Para que Adão e Eva fossem verdadeiramente “livres”, deveriam ter uma escolha.

Deus é amor e amor precisa ser partilahdo e vivenciado, para que ele iria querer robôs?

Unknown disse... 18 de dezembro de 2011 às 16:14

Preste atenção ao que acabou de dizer... Como eles poderiam escolher entre o bem e o mal sem conhecê-lo? Afinal não é tal "árvore" a que tinha o fruto do conhecimento do bem e do mal? Isso só demonstra como eles eram inocentes, desconhecendo a natureza de seus atos.

cmca disse... 19 de dezembro de 2011 às 18:25

Afinal não é tal "árvore" a que tinha o fruto do conhecimento do bem e do mal?

16 Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente;

17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

a morte em não existia, porem já se sabia o que era e foram advertidos do resultado, ou seja não eram inocentes rs...

Unknown disse... 19 de dezembro de 2011 às 20:15

Isso é "fazer-se de tolo para melhor passar". A palavra INOCENTES nesse caso foi usada no lugar de IGNORANTES.

cmca disse... 22 de dezembro de 2011 às 19:44

Sabe do pior o problema, nos seres humanos herdamos isso, a culpa sempre é do outro, não sabemos receber o resultado de nossas escolhas erradas rs...

É a lei da fisica pra cada ação, é gerada uma reação. ou se preferir a lei de
Deus, (Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.

Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.

E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.)

Galatas 6

bjs