Jardim de uma bruxa

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As plantas sempre foram alvo de estudos, pois na natureza cada uma tem sua função, elas podem curar, acalmar, e até matar. Diz-se que foram as bruxas que sempre dominaram o uso de ervas.
Acreditava-se que por uma mistura de ervas, as bruxas conseguiam voar, derrotar um inimigo, arruinar colheitas, criações, e até conquistar um coração cobiçado.
A magia das ervas
funcionaria de diversas maneiras. Algumas agiam por meio do vapor. As poções do amor deveriam ser ingeridas, e os "ungüentos do vôo", cujas ervas, conforme descobriram cientistas modernos, produziam a alucinógena sensação de vôo, costumavam ser aplicadas à pele.

Ervas utilizadas a fim de propósitos mágicos, estarão listadas abaixo com suas devidas explicações:



As Flores do Vôo:



Os espinhos do estramônio afastavam a todos com seus bagos venenosos, com exceção das feiticeiras. Poucas gotas da toxina alucinógena dessa fruta, misturadas em um unguento para voar, provocariam visões durante horas.


As adoráveis flores do acônito, em forma de capuz, escondem sua alta toxidade. Erva sagrada de Hecate, padroeira das bruxas e rainha do baixo mundo da mitologia grega, o acônito altera os batimentos cardíacos e produz sensação de queda ou de vôo.



O nunúfar branco também era utilizado para o preparo do unguento de vôo.



Plantas para encantamentos:




A pervinca ou violeta das feiticeiras, servida com carne despertaria a centelha do amor.


Conta-se que as varas de Hamamélis, um arbusto norte-americano, ajudavam a encontrar tesouros ocultos. O nome em inglês "witch hazel", alude a esse suposto uso.


Dizia-se que o meimendro negro, primo da letal maria-preta, era o fabuloso "toque de maldade" usado por Circe para transformar os homens de Ulisses em porcos. Também se acreditava que a planta intensificasse a clarividência e o poder de invocar os espíritos.


Ervas da Cura:


As feiticeiras descobriram que a dedaleira, letal quando ingerida em grandes doses, podia ajudar a controlar doenças cardíacas. Hoje esse conhecimento é utilizado na medicina.


A verbena conhecida como analgésico, tinha valor especial para as feiticeiras: acreditava-se que ela podia aumentar a resistência do corpo para as agonias da tortura e do fogo.


Do esporão, um fungo que cresce no centeio, os herboristas preparavam uma droga destinada a ajudar as mulheres a suportarem as dores do parto; essa droga, a ergotina, ainda hoje é utilizada em partos.



Plantas para Proteção:



O talo florido do verbasco, mergulhado em sebo servia para preparar um círio de bruxa destinado a repelir feiticeiras.


As delicadas folhas da betônica eram consideradas eficazes contra feitiços.


Uma dose de flor de hibisco às vezes emriquecia a receita do médico da aldeia, como antídoto para
muito dos males provocados por bruxarias.

Fonte: http://diversidadeuniversal.blogspot.com/2011/01/o-jardim-de-uma-bruxa.html

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