O pastor Galiza foi condenado em 2004 por um júri popular a 23 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Em 2005, a pena foi diminuída para 18 anos e em 2007, houve nova redução, para 15 anos.
No dia 21 de março de 2001, em Salvador, depois de abusar sexualmente de Lucas, Galiza colocou-o dentro de um caixote de madeira e pôs fogo. O menino foi queimado vivo.
O bispo Fernando Aparecido da Silva e o pastor Joel Miranda também foram acusados pelo assassinato.
Quem transferiu Galiza para uma prisão semi-aberta foi o juiz de Direito José Carlos Rodrigues do Nascimento. Ele tomou a decisão com base na legislação que prevê o benefício.
Foi uma vitória dos advogados do pastor, Sérgio Habib e Fabiano Pimentel. Não se sabe de quem eles recebem os honorários, se de familiares de Galiza ou se da Igreja Universal.
Lucas Terra frequentava a Iurd havia tempo. A Universal tinha muita influência sobre ele, que pretendia ser bispo.
Em seu diário, há frases como estas: “Não posso passar um dia sequer sem evangelizar, preciso ganhar almas para Jesus, pois, quando Ele voltar não posso estar de mãos vazias”, “Sou feliz porque tenho Jesus. Vivo para Cristo e morrer por ele é lucro”.
Fonte: protestanteseseitas.wordpress.com
Veja o que mais o site "A TARDE ONLINE" disse sobre o caso:
Morte do garoto queimado vivo em 2001 ainda não está solucionada
Único condenado pelo homicídio de Lucas Terra, o pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), Sílvio Roberto Santos Galiza, ratificou integralmente, nesta quinta, em uma acareação realizada no Fórum Rui Barbosa, o depoimento que prestou em juízo em julho passado. Na presença de Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, respectivamente pastor e bispo da Iurd, Galiza reafirmou a acusação de que foram eles os autores do crime.
Ao contar detalhadamente a sequência dos fatos ocorridos na data em que Lucas foi assassinado, e no dia seguinte, Galiza também apontou a participação de uma terceira pessoa, identificada apenas como Luís Cláudio, que trabalhava como segurança de Aparecido. Disse também que foi ameaçado pelos três e que teria sofrido uma tentativa de homicídio por envenenamento, na prisão.
Lucas Vargas Terra era obreiro da Igreja Universal no bairro da Pituba e sonhava em ser bispo ou médico porque queria ajudar as pessoas. Tinha 14 anos quando, no dia 21 de março de 2001, foi amarrado, amordaçado, esganado e colocado dentro de uma caixa de madeira. O garoto ainda foi queimado quando ainda estava vivo, na tentativa de que fosse escondida a evidência de que ele teria sofrido abuso sexual. Seu corpo foi encontrado carbonizado em um terreno baldio, na Avenida Vasco da Gama.
Informações - “Lucas presenciou algo que não deveria ter presenciado”, disse nesta quinta em juízo Sílvio Galiza. Ele afirmou que o garoto teria flagrado Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda durante uma relação homossexual – seria este o motivo do homicídio.
Na acareação com Joel Miranda, Galiza pediu para acrescentar novas informações. A juíza do processo, Marivalda Moitinho, no entanto, não permitiu por se tratar de uma acareação e não de uma coleta de depoimento.
As acusações de Galiza foram negadas por Fernando Aparecido e Joel Miranda. A estratégia da defesa é demonstrar a inocência do bispo e do pastor da Iurd, desqualificando o depoimento. “Galiza mente. Esta é a quarta versão que ele dá ao caso”, disse o advogado de Aparecido e Miranda, César Faria.
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