BETTIE PAGE

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Bettie Page (22 de abril de 1923 – 11 de dezembro de 2008) foi uma modelo norte-americana que se tornou famosa na década de 1950 por fotos de temática pin-up e fetichista.

Ela é frequentemente chamada de "Rainha das Pin-ups" e seu visual, cuja marca registrada eram os cabelos pretos lustrosos e uma franja, influenciaram dezenas de artistas. Page foi também uma das primeiras "Playmates do Mês" da Playboy, aparecendo na edição de janeiro de 1955 da revista.

O final de sua vida foi marcado por depressão, mudanças violentas de ânimo e vários anos de internação em um hospital psiquiátrico público. Em 1959, ela se converteu ao cristianismo, posteriormente trabalhando para Billy Graham. Após anos de obscuridade, ela presenciou uma retomada de sua popularidade durante a década de 1980.

Biografia:

Betty Mae Page foi a segunda de seis filhos de Walter Roy Page e a Edna Mae Pirtle. A família vivia em condições financeiras precárias e não se mantinha por muito tempo em um mesmo lugar. Com a queda da bolsa em 1929 a situação piorou. Os pais se divorciaram em 1932. No ano anterior, Walter havia sido preso por alcoolismo e desordem. Edna Pirtle se estabeleceu em dois empregos, enviou Bettie e duas de suas irmãs para um orfanato por um ano. Aos quinze anos de idade, Bettie fora violentada pelo próprio pai, quando este havia voltado a morar com a família. Em idade tenra, Page conheceu responsabilidades duras e aprendeu a tomar suas próprias decisões.

Entre o coro da igreja e o salão de beleza que Edna trabalhava, Bettie ocupava seu tempo com a costura.

Ela foi considerada uma estudante excepcional.

Mostrou sempre interesse pelo cinema e pela vida de modelo. Coordenou o grupo de arte dramática e se formou bacharel em Artes no Peabody College em 1943.

No mesmo ano, casou-se com Billy Neal, seu namorado. Mudaram-se para São Francisco.

Em São Francisco obteve seu primeiro trabalho como modelo. Ainda com Neal, viajou para o Taiti, onde lhe foi revelado um mundo exótico, muito explorado pela arte em volta do ícone Bettie Page, as mulheres morenas de sol. Assim como Luz Del Fuego, Bettie passou a tomar banhos de sol nua ou mesmo se exercitar. Com cinco anos de casada, divorciou-se de Neal e mudou-se novamente, desta vez para Nova Iorque. Em Coney Island conheceu o policial Jerry Tibbs, por volta de 1950. Tibbs era também fotógrafo amador, ele foi o criador da "pin-up" Bettie. Ele afirmou à época que sua testa era larga demais para usar o cabelo partido ao meio. Bettie, então, eternizou a franja convexa lisa.

Bettie investiu também no mundo da moda: criou seus maiôs e bikinis e a tanga clássica de oncinha.

Mas apenas os fotógrafos Irving Klaw e Bunny Yeager imortalizariam a pin-up Bettie Page. Ela há muito havia trocado a carreira de secretária pela vida de modelo.

Os horários eram independentes, a carga horária menor e o salário maior. Quando resolveu posar para Klaw aceitou o contrato dele, o qual afirmava que o pagamento só seria disponível mediante poses com bondage.

O então presidente do Senado Carey Estes Kefauver, contrário as fotografias de Irving Klaw, pela apologia ao sadomasoquismo, requisitou a própria modelo a depor.

Várias publicações da época como Eyeful, Beauty Parade ou Wink a procuraram. Em janeiro de 1955 foi capa da Playboy e no mesmo ano recebeu das mãos de Hugh Hefner o título de "A Miss Pin-Up Girl do Mundo". Hefner foi um dos maiores benfeitores de Bettie até o final de sua vida.

Page casou-se novamente, com Armand Walterson, e em 1958, desapareceu da vida pública sem uma razão definida. Alguns, culpam o caso Kefauver X Klaw; outros, atribuem o casamento com Walterson. Sabe-se que, após seu casamento com Walterson, Bettie tornou-se uma devotada religiosa.

Sua última entrevista foi em 1962, focada em aspectos do divórcio com Walterson.

Faleceu aos 85 anos, em 11 de dezembro de 2008, de pneumonia, uma semana após sofrer um ataque cardíaco do qual não recobrou a consciência e entrou em coma.




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