O CÃO DO DIABO (1978)

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Devil Dog: The Hound of Hell (No Brasil: O cão do Diabo) foi um filme de horror estadunidense feito para a TV, em 1978. Dirigido por Curtis Harrington, escrito por Elinor Karpf e Steven Karpf. No Brasil, chegou a ser exibido no Corujão da Rede Globo.

Enredo:
O filme inicia com a aquisição de uma cadela de raça pastor alemão por uma seita de adoradores do diabo.

Em um ritual satânico, eles conjuram a presença do mestre das trevas, fazendo-o fecundar a cadela. Após o nascimento da ninhada, os dez filhotes são distribuídos por um lavrador que vendia hortaliças, a quem os quisesse. O mais forte deles é adotado por uma família que acabara de perder seu cão "Skipper" exatamente no dia do aniversário da filha mais nova, Bonnie. Condoído com a perda do animalzinho que tanto amavam, o pai, Mike Berry, não se opõe à adoção. Mas já no primeiro dia algo estranho parece existir com o cãozinho, que recebera o nome de "Lucky". Quando o vizinho e amigo de longa data da família, George, vem trazer um presente, o cão deste, o dinamarquês Pierce, reage com hostilidade ao ver o filhote e arrasta a toalha da mesa, derrubando todos os paramentos da festa. A empregada que cuidava da casa dos Berry, Maria, também sente algo de demoníaco com Lucky e tenta alertar o patrão, mas não é levada a sério. Mike a acalma e esquece o assunto.

Em uma noite, quando Maria está em casa sozinha com o cãozinho, ela sente enorme medo da presença dele e se põe a orar, até que Lucky manifesta o seu poder demoníaco e ateia-lhe fogo às roupas e tranca por telecinese a porta do quarto onde ela se encontra, matando-a. Os Berry, ao descobrir o corpo da empregada, não chegam a suspeitar do que realmente acontecera, atribuindo a morte de maria a uma fatalidade.

Um ano se passa e Lucky, já adulto, recebe uma coleira como presente de aniversário. Mike passa a estranhar o comportamento do cão, que sempre recusa deixar-se acariciar por ele. Nesta mesma ocasião, Mike está consertando o cortador de grama, quando Lucky se aproxima e faz o aparelho funcionar misteriosamente, sem que estivesse ligado. Mike então passa a sentir uma energia estranha tentando forçá-lo a colocar a mão nas lâminas. Mike, porém, luta bravamente e consegue livrar-se. O cortador então pára de funcionar e Lucky foge. A suspeita de Mike em relação ao cão aumenta.

Aos poucos, a influência malévola de Lucky começa a afetar toda a família, exceto Mike. Mas o domínio nefasto do cão não se resume à casa dos Berry. Pierce, o cão de George, demonstra enorme hostilidade a Lucky, latindo por toda a noite, criando problemas com a vizinhança. Até aparecer morto, rasgado em pedaços, o que encerra a amizade entre George e os Berry.

George ameaça matar Lucky, mas acaba sendo encontrado morto, afogado em sua piscina, poucos dias depois. Charlie, o filho mais velho de Mike, planta um relógio roubado no armário de Bobby Affleck, seu concorrente na eleição para a liderança de sua classe na escola, o que provoca a suspensão do mesmo e assim, a vitória de Charlie se torna fácil. No entanto, o professor de Charlie, Miles Amory, visita os pais deste e revela a sua suspeita. Mike pede-lhe que indique um médico para seus dois filhos, Charlie e Bonnie, mas Betty, sua esposa (que, tal como as crianças, já está dominada pelo poder demoníaco de Lucky), recusa a idéia e manda Miles embora.

No dia seguinte, Mike tem uma desagradável surpresa: Betty não estava em casa, e ao chegar, confessa que tentara seduzir Miles, o que acabara por fazer com que o professor desistisse de monitorar o comportamento de Charlie. Mike então tenta ir até a casa de Miles para conferir a história da mulher, mas Lucky é surpreendentemente mais rápido que o carro e invade a casa do professor, que acorda com o barulho das portas se abrindo. Então o cão finalmente revela o seu verdadeiro (e apavorante) aspecto: Ele é um monstro de mais de três metros de altura, com o pelo inteiramente negro, uma juba semelhante a um leão, também negra, e dois chifres, de cor branca. Seus olhos brilham intensamente, como chamas de magnésio na escuridão. Rosnando ferozmente, o demoníaco cão apavora Miles a tal ponto que este sai correndo desesperado pela rua, e morre atropelado na frente de Mike, que acabava de chegar ao local. Mike, então, vê seu cão na frente da casa do amigo morto.

Ao saberem da morte do professor, Bonnie e Charlie reagem com zombaria, irritando Mike. Ele fala que encontrara Lucky na casa de Miles, mas Betty se importa mais com o cão do que com o professor.

Naquela noite, Mike descobre que a mulher e os filhos pintavam um quadro com o rosto de um demônio de três olhos, aparentemente não usando tinta, mas seu próprio sangue. Imaginando que está com algum problema de saúde, Mike procura Norman, seu médico de confiança. Os exames nada revelam. Mike conta sua história, e Norman sugere que Mike tire férias com Betty.

Mike conta as suas suspeitas a Betty sobre o cão, mas esta mais uma vez o ignora. No entanto, na TV é noticiado mais um caso de crime acontecido depois da chegada de um cão, o que faz Mike tomar a drástica decisão de matar Lucky. Mesmo sob os protestos da família inteira, ele leva o cão a um local deserto e atira várias vezes contra ele. Porém, o cão permanece impassível, nada sofrendo. Mike se assusta com tamanha demonstração de poder do demoníaco do cão e o abandona. Porém, ao chegar em casa, Lucky já havia regressado.

Mike então procura uma conhecida sua, vendedora de livros que versam sobre o ocultismo, e esta lhe levanta a suspeita de Lucky ser um Barghest, uma figura conhecida no folclore da região de Yorkshire, na Inglaterra. Um demônio que toma a forma de um cão monstruoso, que só aparece à noite. Mesmo não podendo confirmar isso, ela lhe explica que, se ele é o único de sua família a não ser dominado pelo poder demoníaco do cão, é porque ele é um dos "escolhidos", uma das raras pessoas detentoras do poder especial capaz de resistir à sua força, e em um livro, consta que ele poderia encontrar as respostas que procurava em Quito, no Equador. Ela também lhe diz que ele pode observar a condição da alma dos afetados, segurando em espelho em frente a seu rosto enquanto dormem.

O reflexo revelaria o estado em que a alma da pessoa se encontrava. É exatamente o que Mike faz, e o reflexo da filha Bonnie mostra um rosto demoniacamente deformado.

Vendo que não lhe resta alternativa, Mike parte para o Equador. Lá o taxista que contrata acaba por levá-lo a um local distante, para encontrar o seu bisavô, que pode lhe dar as respostas que precisa. De fato, o ancião lhe revela que o Barghest é a besta do Apocalipse, que vem à terra a cada mil anos e que Mike é mesmo detentor do poder especial que o protege da dominação demoníaca. Ele desenha o símbolo que o demônio teme na palma da mão direita de Mike, tal como ele próprio também possui, dizendo que esse símbolo deve ser colocado contra os olhos do demônio, e assim ele será preso por mais mil anos no inferno (pois ele não pode ser morto, apenas banido da terra por esse tempo). Mas adverte Mike para que não olhe diretamente nos olhos do cão-demônio ao fazer isso, ou será lançado nas profundezas do inferno.

Retornando aos Estados Unidos, ele faz Lucky perseguí-lo em uma noite até a indústria onde trabalha, para o confronto final. Lá, Lucky mostra-se em sua real forma para Mike pela primeira vez, deixando-o tão assustado que foge em pânico. Mike sai correndo por todas as escadas e corredores do prédio, perseguido pelo cão-demônio, até que não há mais para onde fugir. Encurralado contra uma parede, Mike levanta sua mão direita, onde o símbolo desenhado pelo ancião está brilhando como um sol. O monstro rosna ameaçadoramente, mas Mike consegue colocar o símbolo diretamente sobre os seus olhos, e o resultado é espantoso: o cão, que antes exalava fumaça, é envolto em chamas vermelhas, e seus rosnados tornam-se ganidos de agonia. Lentamente ele desaparece em meio às chamas, e a forma do demônio de três olhos se desenha, para tudo se extinguir em poucos segundos. Voltando para casa, Mike encontra sua família livre da dominação demoníaca. Eles então resolvem seguir a recomendação médica e vão viajar. Quando estão entrando no carro, Charlie pergunta ao pai o que ele acha que pode ter acontecido aos outros nove filhotes da ninhada. Mike não sabe o que responder. Na última cena do filme, eles entram todos no carro e partem para a viagem.

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