Daniel Michael - Deuses ou Demônios

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Até quando duraria tua maldade
Tendo a necessidade
De matar por mais um dia
De Acaso?

Nâo me convence qualquer deus
E qualquer demônio
Que canta suas verdades além terra;
A terra é árida e engasga
Até os vermes.

Não escuto qualquer um
Que não tenha suas verdades
Como lembranças;
Que tem elas só como pensamentos.

Deuses e demônios, cantam de longe
O meu nome;
Vinde vós, "aqui", me buscar.

Para vós, comedores de ambrosia,
Cada dia não é cada dia;
Tuas noutes são crianças
Que não choram.

Aos deuses: para vós o sofrimento
É deleite, virtuoso, raro.

Aos demônios: para vós o sofrimento
É coragem, força, motivo.

O sofrimento não é estas cousas,
É Destruição; todos os homens são sobreviventes
E tudo tomba no meio do Caminho.

Todos os grandes homens são sobreviventes;
A dor é erosão, mata algo em nós
(Vocês já sentiram).

E a cada passo morre algo,
E a cada Tempo nos sacrificam algo em nós,
E às vezes nós o escolhemos.

E, no fim, sobra quase nada vivo
Pra se ser.

-- Não somos vazios no começo.

...

Um herói é um canibal que come
Seus próprios cadáveres.

...

NÃO (não acredito em algo que nunca
Sentiu o cheiro
Da própria merda).

Brincam com nossos nomes e nossas mentes,
E nossas mentiras.

Por que dissertar sobre o Nada,
A única coisa infinita neste mundo?
Por que dar nomes a cada
Antes de descobrirmos nós mesmos
Nossos verdadeiros nomes?

Deuses e demônios, apenas se riem,
De tudo e de todas as formas.

Vós, no meio das taças e dos risos,
Escondeis uma filosofia;
Filosofia que esconde se rindo.

Direis, a cada cada trago e
A cada tragédia; direis com uma tragada
E com um riso:
-- Ah como é belo tudo que não existe.

- Desonrado.

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