|} Lughnasadh é também conhecido como Lammas (Lê-se "lamas") ou Festival da Primeira Colheita. Dia sagrado no paganismo, tendo origem principalmente Celta. Celebrado no dia 2 de Fevereiro no hemisfério Sul e no dia 1º de Agosto no hemisfério Norte.
- Lughnasad= pronuncia-se Lunasá.
- Lammas= pronuncia-se Lamas.
É importante lembrar que
os Sabás não são
originários da Wicca. São comemorações
muitos mais antigas do que essa religião que apareceu por meados da década de
50, que agregou essas, e outras características a sua doutrina.
Simbolismo
Esse sabá, que ocorre entre o Solstício
de Verão (Litha) e o Equinócio de Outono (Mabon), festa da primeira colheita, uma época
de agradecimento aos Deuses por tudo o que colhemos. Agradece-se ao que foi bom
e também ao que pareceu ruim, pois na religião Wicca crê-se que tudo o que acontece na vida faz parte no
caminho evolutivo de cada um.
O nome Lughnasadh veio
duma festa agrícola típica dos Céltico.
Uma festa da colheita em honra ao deus céltico do Sol: Lugh (o maior guerreiro dentre os celtas, pois
derrotou os gigantes que exigiam sacrifícios humanos).
Já o nome Lammas
significa "Missão do Pão (loaf Mass)", que representa o alimento (geralmente pão
ou bolo ou qualquer outra massa) feito com os grãos, que representam a colheita,
e repartido (como alimento sagrado) entre os membros do coven ou da família ou mesmo entre amigos. Este nome vem
do costume medieval de levar os primeiros pães (bolos, etc) para uma celebração.
Costumes e
Tradições
Além da tradicional
"Massa de Lugh", segundo a
tradição da religião Wicca, nessa época
são feitos bonecos de palha (de milho ou
trigo) representando os Deuses, chamados
de Senhor e Senhora do Milho. Esses bonecos são tidos como amuletos de proteção
durante todo o ano, até o próximo Lammas, onde são queimadas na fogueira ou no
caldeirão.
Na fogueira, os bonecos
de milho do ano passado, juntamente com papéis contendo agradecimentos aos
Deuses, são queimados; isso ocorre como uma maneira de lembrar aos wiccanos de que devemos queimar o passado e
utilizá-lo como combustível para o nosso futuro.
As noites já começaram a
ficar mais longas, desde o Solstício de Verão; aproximando-se
a época da partida do Deus para a Terra
do Verão, deixando a sua própria semente no ventre da Deusa, de onde renascerá (mantendo o
eterno ciclo do nascer-morrer-renascer).
Correspondências
Em cada um dos 8 sabás da
Roda do Ano na religião Wicca existem correspondências específicas
para a composição dos rituais baseadas nos simbolismos de cada época.
Plantas e frutos:
Flores da acácia, aloés, olíbano, nozes,
cerejas, arroz, cevada, urze, murta, girassol, milho,
aveia, trigo, amoras, maçãs, além de todos os grãos e
frutos maduros da estação.
Comidas típicas:
Pães caseiros, bolos de cevada, cordeiro assado, além de tortas e
outros pratos feitos a partir dos frutos da estação.
Bebidas típicas:
Vinhos, cervejas, chás e
sidras, além de sucos e outras bebidas
preparadas a partir dos frutos da estação.
Incensos: acácia, aloé, olíbano, rosa
e sândalo.
Pedras: aventurina, citrino, peridoto e
sardônia.
Deuses geralmente
representados: Lugh,
Baco, Apolo, Rá, Ceres, Deméter, Mani, Urihi, Kupeirup,
Iaçá, Danu, Gaia, Pele, Brigid, Uzume, e os demais deuses e deusas da colheita,
fartura e proteção.
Toque Brasileiro
Grande parte dos wiccanos brasileiros prefere utilizar
simbolismos mais próximos à cultura do Brasil, principalmente os simbolismos da
cultura indígena (que são considerados os mais ‘originais’ dos brasileiros).
Nesse sabá, podemos citar
a Deusa indígena
Mani.
Segundo a lenda, a filha do chefe de uma tribo apareceu grávida, porém ela
jurava não ter se deitado com homem algum. O pai, seguindo a tradição,
mata-la-ia; entretanto, na noite anterior ao ato, um espírito dos Antigos
Anciãos da sua tribo veio-lhe em sonho e disse-lhe que a criança possuiria uma
grande magia e que não deveria ser
morta.
Quando a criança nasceu,
sua pele era tão branca que mais parecia a própria lua a brilhar. Já nasceu
sabendo falar, no segundo dia de vida, aprendeu a andar. Após um ano,
aconselhando a tribo com as sábias palavras de uma Deusa, Mani
morreu. Segundo a tradição, foi enterrada na oca de sua mãe, que a regava todos
os dias.
Dentro de algum tempo,
uma planta nasceu naquele lugar, uma planta cujas raízes escuras eram tão
grandes que chegaram a sair do chão. Entretanto, o interior da raiz era tão
branco quanto a alva pele de Mani;
assim a planta ficou conhecida como Mandioca, que quer dizer, a Oca (casa) de Mani.
Por isso, em honra a
Deusa Mani,
também é muito comum no Brasil a
valorização da mandioca e de outras plantas típicas no ritual de Lughnasad: a
Festa da Colheita.
LORD
KRONUS
Admirador do Oculto e cinéfilo.
azerate666@hotmail.com
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