Hoje, a prática não é defendida ou praticada por qualquer seita budista, e é de fato proibida no Japão.
Por mil dias os sacerdotes comiam uma dieta especial composta somente de nozes e sementes, ao participar de um esquema de atividades físicas rigorosas que os despojava de sua gordura corporal. Eles, então, comia apenas cascas e raízes por mais mil dias e começavam a beber um chá venenoso feito da seiva da árvore Urushi. Isso causava vômitos e uma rápida perda de fluidos corporais, e o mais importante, isso fazia o corpo demasiado ser venenoso para ser comido pelos vermes.
Finalmente, um monge em auto-mumificação se trancaria em uma tumba de pedra um pouco maior do que o seu corpo, onde ele não iria passar da posição de lótus. Sua única conexão com o mundo exterior era um tubo de ar e um sino. Cada dia, ele tocava uma campainha para que aqueles que estavam fora soubessem que ele ainda estava vivo.
Quando o sino parava de tocar, o tubo era removido e o túmulo selado. Depois do túmulo ser selado, os outros monges no templo teriam de esperar mais 1000 dias, e abrir o túmulo para ver se a mumificação havia sido bem sucedida. Se o monge houvesse sido mumificado com sucesso, ele era imediatamente visto como um Buda e colocado no templo para contemplação. Normalmente, porém, havia apenas um corpo decomposto. Embora eles não fossem vistos como um verdadeiro Buda, se não estavam mumificados, eles ainda eram admirados e reverenciados por sua dedicação e espírito.
Quanto à origem desta prática, há uma sugestão comum que a escola Shingon, fundador Kukai, trouxera esta prática de Tang, China, como parte do segredo da prática tântrica que ele aprendeu, e que foi, posteriormente, perdida na China.
A prática foi satirizada na história “The Destiny That Spanned Two Lifetimes” por Ueda Akinari, em que tal monge foi encontrado séculos mais tarde, ressuscitado. A história aparece na coleção Harusame Monogatari.
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