Kuan Yin ou Guanyin (em chinês: 觀音; pinyin: Guānyīn; Wade-Giles: kuan-yin; em japonês: Kannon; em coreano: Gwan-eum; vietnamita: Quan Âm) é o bodisatva associado com a compaixão tal como é venerada pelos budistas da Ásia Oriental, geralmente na forma feminina. O nome Guanyin e uma abreviação de Guanshiyin (觀世音; pinyin: Guānshìyīn; Wade-Giles: kuan-shih yin) que significa "Observar os Sons (ou Gritos) do Mundo".
Os fieis de origem chinesa geralmente
aceitam que Guanyin se originou com o Avalokiteśvara (अवलोकितेश्वर) sânscrito, sua forma masculina.
Comumente conhecida nos idiomas ocidentais como Deusa da
Misericórdia,1 Guanyin também é cultuada pelos taoístas chineses como um dos Oito Imortais; na mitologia taoísta, no entanto,
possui histórias relacionadas à sua origem que não são relacionadas diretamente
a Avalokiteśvara.
A misericórdia em diferentes culturas
No budismo chinês, Kuan Yin, Guan Yin ou Guānyīn
觀音representa a compaixão ou
misericórdia de todos
os Buddhas e tem sua
simbologia advinda do bodhisattva
Avalokiteshvara, em sânscrito Avalokiteśvara (अवलोकितेश्वर),
divindade tradicionalmente masculina do budismo indiano, que dá origem a várias representações
asiáticas, e que chega à China com o budismo no ano de 67, sincretizando-se com
divindades femininas locais. Mais tarde, no arquipelago das ilhas Filipinas, muito influenciado pela
presença do catolicismo espanhol, passou a ganhar aspectos de Madona.
Kuan Yin está associada
às características femininas da maternidade e proteção, na China ligadas milenarmente de modo bastante
forte à misericórdia
Também no Japão a representação budista da misericórdia tem
características femininas predominantes, sendo conhecida como Kannon Bosatsu観音菩薩.
No budismo tibetano
recebe o nome Chenrezig,
e, assim como Avalokiteśvara na Índia, tem características masculinas
predominantes.
A dança da Deusa da Misericórdia
O coreógrafo chinês Zhang
Jigang criou uma apresentação de dança para permitir ao público contemplar a "Kuan
Yin de Mil Braços". O canal de televisão "China Central" apresentou este
espetáculo ao vivo como comemoração do Ano Novo Chinês (link para um
trecho do vídeo nas "páginas externas").
A dança foi apresentada
por 21 dançarinas surdas integrantes da "Companhia de Arte Performática Chinesa
de Deficientes
Físicos." Posicionadas numa longa fila, as bailarinas conseguem dar aos
espectadores a ilusão de que os movimentos de seus múltiplos braços e
pernas pertencem à figura de uma única deusa.
Nu-Kua ou Kuan yin
Há cerca de seis ou sete
mil anos havia um mito universal de que todos os seres eram provenientes do útero de uma Mãe Cósmica ; tal mito da criação universal teve lugar
durante uma fase informe do mundo, aonde nada podia ainda ser identificado.
Inicialmente cultuada na Índia, como
Kali, a Mãe Informe, recebeu depois o
nome de Tiamat (Babilônia), Nu Kua (China), Temut (Egito),
Têmis (Grécia pré-helênica) e Tehom (Síria e Canaã) --este último foi o termo usado mais tarde
pelos escritores bíblicos para Abismo.
As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento,
que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos
primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de
sangue era capaz de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do
sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que
agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma
das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em
movimentos pélvicos e abdominais. Muitas tradições referiram o princípio do
coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno,
"uma energia capaz de coagular o caos espumoso" 4 organizou,
separou e definiu os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia
organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos,
a Determinação da Deusa. Os egípcios, nos hieroglifos, chamaram este coração
de ab e os hebreus foram os
primeiros a chamar de pai (ainda que masculinizassem, a idéia fundamental
de família e continuidade da vida não era patriarcal).
Sobre o Autor:
LORD
KRONUS
Admirador do Oculto e cinéfilo.
azerate666@hotmail.com
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