Primeiras projeções com Tattwas — por Adonai Ha-Aretz

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Estes artigos referem-se aos meus primeiros passos no caminho arcano.

Tattwa Prithivi (18/02/1998)
Já realizei duas tentativas para me projetar através deste Tattwa, porém eu não fui capaz de enxergar nada além da escuridão absoluta, porém nesta terceira tentativa eu obtive resultados mais do que satisfatórios, tais como seguem abaixo:

Depois te ter atravessado o Tattwa eu vibrei os nomes divinos e uma lanterna surgiu diante de mim, eu a peguei e pude ver com toda a clareza uma gigantesca mina onde gnomos de porte variado desempenhavam suas tarefas com muito fervor.

Resolvi chegar mais perto e então vibrei os nomes divinos mais uma vez, todos os gnomos pararam e olharam para mim, foi quando o "supervisor" do trabalho naquela mina veio até mim para me saudar:
— A que devemos a sua visita nobre senhor? — Perguntou o gnomo.

Eu o saudei com muito respeito e perguntei se ele poderia me acompanhar naquela mina, pois eu queria saber que tipo de trabalho eles estavam realizando ali, então ele disse:
— Nesta mina nós mantemos a funcionalidade do nosso amado elemento em comunhão com o seu plano de atuação, meu senhor, somos responsáveis por manter a funcionalidade e a coexistência do nosso amado elemento em todos os planos possíveis deste planeta.

Andamos mina adentro e então perguntei-lhe acerca da parte mística do elemento Terra, foi quando o gnomo me deixou aos cuidados de um outro elemental, este possuia estatura mediana (em relação aos outros) e usava um traje e um gorro surrado, ambos eram de cor tão escura quanto o barro e tal gnomo possuia feições que denotavam muita idade.

A conversa inicial com este gnomo não foi direto ao ponto que eu desejava, ou seja, a magia da terra, mas sim aos fatores que justificam e coordenam a hierárquia dentro do reino da terra, dei a nossa conversa como finalizada e resolvi ir direto ao rei Gob.

Fui até uma parte discreta da mina e visualizei o selo de Gob diante de mim, utilizei o mesmo método usado para entrar no Tattwa (isso foi improviso, resolvi testar na hora), então atravessei o selo e pude avistar uma linda caverna minuciosamente lapidada e adornada com esmeraldas, seus corredores eram iluminados por fontes de luz esverdeadas (não consegui identificar tais fontes de luz).

Após alguns "minutos" andando e admirando a beleza daquela caverna, no final do caminho eu podia ver uma enorme porta de pedra. Vibrei os nomes divinos e bati três vezes na porta, ela se abriu e então dava para ver um enorme salão com uma pequena criatura em seu centro, ele possui uma longa barba marrom e uma musculatura SUPER desenvolvida e estava sentado em um trono de pedra, era Gob.

Fiz uma saudação com o sinal de entrante e em seguida vibrei mais uma vez os nomes divinos, foi então que Gob se levantou de seu trono e veio me saudar.

Não permaneci na presença de Gob por muito tempo, eu apenas me apresentei e disse para ele se mostrar quando eu o evocasse em meu espelho negro, de modo que fosse uma maneira mais prática para entrar em contato com ele e adquirir o máximo de conhecimento acerca do elemento terra, ele aceitou sem questionar e então eu parti, voltei pelo mesmo caminho para poder atravessar o Tattwa e retomei a minha consciência em meu corpo físico.


Tattwa Tejas (21/02/1998)
Antes de tentar me projetar com o Tattwa Prithivi eu passei por algumas frustrações ao tentar com o Tejas, pois só conseguia ver pequenos globos de luz que no começo eu achava que eram partículas de energia vital. Porém, hoje eu mantive a paciência para ver se minha visão ficaria mais nítida depois que as luzes desaparecessem.

Continuei com o exercício e um grande globo de luz avermelhada surgiu diante de mim, como se estivesse esperando a minha travessia pelo Tattwa, então eu entrei e logo em seguida fui recebido por dois vulcanos (é um tipo de salamandra mais desenvolvido, todos são humanóides) que me saudaram após eu ter vibrado os nomes e logo foram embora.

Quando eu me dei conta eu já estava no meio de uma densa fumaça amarelada e de odor muito forte, esperei a fumaça se dissipar e então eu pude ver onde eu estava, era uma caverna enorme repleta de escadarias de ferro e logo abaixo havia muita atividade magmática (eu estava dentro de um vulcão colossal).

O globo de luz que estava me esperando no início do experimento surgiu diante de mim e tomou a forma de um salamandra de médio porte com um traje que lembra uma frágil armadura.

O gentil salamadra me levou pelas escadarias e me deixou em um local que parecia ser uma espécie de recepção onde eles perguntaram o meu nome e o que eu queria em tal reino. Após um breve período de conversa eu deixei claro que minha vontade era de ver o rei Djin e então vibrei os nomes divinos com força, instantâneamente fui envolvido por fogo e eletricidade, os salamandras se ajoelharam e o primeiro que me recebeu se prontificou a me levar até a entrada do salão do rei Djin, que ficava no ápice de toda aquela instalação.

O salamandra me deixou diante de uma gigantesca porta de ferro adornada com pedras similares ao rubi, então eu vibrei os nomes divinos e bati três vezes na porta.

Ao entrar no enorme salão eu fiquei maravilhado com tal visão, pois ao longe havia uma aterrorizante e bela criatura de fogo sentada em um trono, ele era enorme e vestia uma linda armadura dourada, seu corpo era musculoso e lembrava perfeitamente um grande viking flamejante.

Então ele perguntou:
— Quem é você, e o que deseja com o rei Djin?

Ao mencionar o meu nome ele investiu violentamente em minha direção, porém foi barrado pelos pentagramas de fogo, então eu vibrei os nomes divinos mais uma vez e o reduzi à obediência. Contei-lhe sobre o que eu desejava aprender através dele e disse para que se mostrasse em meu espelho negro sempre que fosse evocado, tal como Gob, Djin foi obediente e aceitou o comando.


Tattwa Vayu (05/03/1998)
Tive um pouco de dificuldade para me projetar com este tattwa pois eu não estava acostumado com a força dos ventos no plano astral e tal força me repelia, mesmo assim eu consegui seguir em frente.

O reino do ar é curioso e difícil de se observar nas primeiras vezes pois os castelos dos reis são confundidos com nuvens gigantes, e os silfos são difíceis de serem observados, salvo os que se aproximam.

Ao passar pelo tattwa eu vibrei os nomes divinos e logo um grupo de fadas veio me receber com uma simpática dança, em seguida um silfo do meu tamanho veio para me saudar e me deu o seu nome e selo. O silfo me convidou estendendo suas mãos, que sem exitar, eu as segurei e voamos acima das nuvens junto com o gracioso grupo de fadas. O silfo me esclareceu algumas dúvidas sobre a atuação do elemento ar no plano mental e astral e me deixou diante de uma nuvem gigantesca e densa, então ele disse:
— Nosso passeio termina por aqui, você sabe o meu nome e eu lhe dei minha assinatura, chame sempre que precisar, adeus.

O silfo e as fadas simplesmente evaporaram no ar, e eu resolvi conjurar Paralda.

Caminhei até o centro daquela enorme nuvem e utilizei a energia gerada pelo RPM para projetar o selo de Paralda, após ter terminado a conjuração todo o ambiente parecia convergir para o centro do selo, as nuvens rodopiavam e se concentravam no centro do selo, foi algo lindo de se contemplar e então surgia no céu uma linda figura alada com longos cabelos brancos, sua pele também era branca e ele vestia uma armadura prateada e dourada. Conforme se materializava sua armadura dava lugar a um traje de cor bem clara, quase transparente.

Vibrei os nomes divinos e o saudei com o sinal do entrante, então Paralda gentilmente me saudou e se apresentou.

Paralda não diz absolutamente nada com sua boca, ele conversa diretamente pela telepatia e nossa conversa também foi breve, ele me concedeu dois silfos e me deu seus respectivos selos e se prontificou a me atender quando evocado.


Tattwa Apas (13/03/1998)
A projeção com este Tattwa foi fácil de realizar e assim como os outros reis, meu objetivo foi ir diretamente ao regente para obter sua obediência.

Ao atravessar pelo Tattwa eu vibrei os nomes divinos e em um piscar de olhos eu já estava em uma dimensão totalmente aquática, rodeado por belas criaturas humanóides com alguns traços faciais que lembravam peixes extremamente exóticos.

Todas as criaturas me saudaram e rapidamente foram embora ao perceberem uma vibração extremamente poderosa vindo em minha direção, ao tentar visualizar tal força eu podia percebê-la como algo "invisível" (semelhante ao vapor observado no asfalto em dias de calor) e denso, era uma manifestação do fluído magnético.

A energia magnética veio carregada com uma mensagem que continha uma chave, era uma ativação para os portões do castelo de Nicksah, então eu a vibrei e fui envolvido por um turbilhão de água altamente magnetizada que me levou através deste incrível reino aquático.

Creio ter viajado neste turbilhão magnético por no mínimo 40 minutos, passei por várias paisagens contendo desde ruínas e civilizações antigas até civilizações atuais que coexistem no mundo submarino, após este tempo de reconhecimento eu fui deixado diante de um templo gigantesco e de arquitetura similar aos templos gregos.

Diante da entrada do templo havia uma criatura imponente e que aparentava vibrar em uma faixa energética masculina (Tritão), possuia uma lança de prata e vestia uma armadura feita de rochas e materiais do mundo submarino, sua cabeça era parecida anatomicamente com a de um ser humano, porém era de cor cinza-azulado e seu olhos eram espelhados e grandes. O sentinela veio até mim e então eu vibrei os nomes divinos expressando minha vontade de encontrar o regente Nicksah, o sentinela me saudou e fez um gesto com a mão indicando que eu poderia passar.

Ao entrar no no templo eu fiquei espantado pois era incrivelmente grande e parecia não ter fim ou simplesmente estava em constante mutação, era visível a presença de alguns magos e seus trabalhos com alguns seres iniciadores no elemento água, vibrei a chave de ativação e em questão de segundos eu estava diante de uma porta feita de um material perolado, que após a minha chegada automaticamente se abriu e revelou o salão do regente Nicksah.

Nicksah é uma criatura andrógina e EXTREMAMENTE bela, possui pele em tons de azul bem claro e com lindos cabelos loiros levemente encaracolados, em sua cabeça repousa uma linda coroa de cristal que combina com seus olhos prateados, é de fato uma figura terrivelmente hipnotizante.

Nicksah possui ótimo humor e por conta própria se ofereceu para me servir quando necessário.

Nossa conversa foi longa e eu lhe perguntei algumas coisas sobre a atuação do elemento água nos três planos, irei expor apenas algumas perguntas que são pertinentes neste momento.

Como o elemento água atua nos três planos: Astral, mental e físico?
R: No plano astral a água exerce a função de condutor e modelador das formas puras, utilizando o magnetismo para atrair ou repelir tudo o que seja necessário para a evolução como um todo.

No reino do espírito (plano mental) a água é responsável pela criação e proliferação de novos conceitos e também possui a função de equilibrar tudo o que se manifeste diretamente do Akasha.

Você já sabe que existe um elemento oriundo da ação da água e do fogo, este elemento possui ação conjunta com a água para proliferação e equilíbrio de todas as capacidades mentais, você deverá levar isto em conta quando trabalhar com tais aspectos psíquicos.

De que forma a água pode ser utilizada para atrair os vários tipos de vibrações energéticas?
R: Como eu lhe disse, a água é um elemento anabólico e catabólico, ou seja, é responsável pela criação e dissolução das formas astrais, estas que por sua vez serão geradas pela formulação de um determinado conceito e através deste obterá uma carga vibratória específica.

O plano do espírito (plano mental) é o princípio dos fenômenos que vocês chamam de "eventos", ou seja, reverberações energéticas das cargas contidas no plano astral que por sua vez são oriundas do plano do espírito, é como vocês dizem: O verbo feito carne.

O efeito para o que você busca está no ato de gerar um conceito e então aderí-lo ao plano astral, após tal processo será necessário apenas carregar o conceito e sua forma astral com a capacidade magnética da água.


A conversa foi mais extensa, porém estas duas perguntas são mais pertinentes para os neófitos.


Comentários do Autor:

A base teórica para os experimentos elementais começam em Malkuth, ou seja, onde a consciência do praticante começará a se livrar da dualidade e ser lapidada pela vontade, esta que por sua vez, será a ferramenta para conhecer e dominar as forças cegas. Em suma, as projeções astrais em tais reinos tornam-se possíveis e efetivas a partir de Yesod.

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