Não há como negar que o trabalho de Orwell pode ser considerado profético. Apesar deste ter sido banido e questionado em alguns países, o romance é — ao lado de “Fahrenheit 451” (1953) de Ray Bradbury, “Admirável Mundo Novo” (1932) de Aldous Huxley e “Nós” (1924) de Yevgeny Zamyatin — uma das mais famosas representações literárias de uma sociedade distópica.
O livro retrata o cotidiano de um regime político totalitário e repressivo que se passa no ano de 1984, onde o pensamento independente é proibido e há um profundo controle governamental para “moldar a mente” da população de modo a fazer com que creiam que o governo, na figura do Grande Irmão (Big Brother), está sempre correto em suas decisões.
“1984” não é apenas mais um livro sobre política, mas uma metáfora do mundo que estamos inexoravelmente construindo. Invasão de privacidade, avanços tecnológicos que propiciam o controle total dos indivíduos, destruição ou manipulação da memória histórica dos povos e guerras para assegurar a paz já fazem parte da realidade. Se essa realidade caminhar para o cenário antevisto em 1984, o indivíduo não terá qualquer defesa. Aí reside a importância de se ler Orwell, porque seus escritos são capazes de alertar as gerações presentes e futuras do perigo que correm e de mobilizá-las pela humanização do mundo.
No outono de 1953, a CBS transmitiu uma adaptação para a TV americana do romance de George
Orwell. Já em dezembro 1954 uma adaptação britânica, do roteirista Nigel Kneale, é transmita pela BBC. A produção provou ser extremamente polêmica, provocando reações do Parlamento e muitas reclamações de espectadores sobre seu suposto caráter subversivo e conteúdo horrível.
Em 1956 é lançada a primeira versão cinematográfica vagamente baseada no romance, dirigida por Michael Anderson e estrelada por Edmond O'Brien. E em 1984 Michael Radford lança seu filme baseado no romance de George Orwell. O filme mostra a miserável existência de Winston Smith na totalitária Oceania, sob a constante vigilância da Polícia do Pensamento.
Há também uma ópera baseada no romance, do maestro e compositor americano Lorin Maazel, com libreto por JD McClatchy e Thomas Meehan, estreada em 3 de Maio de 2005, no Royal Opera House.
Algumas destas versões do romance podem ser vistas abaixo:
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Blogueira d'O Submundo em tempo integral e estudante de Ciências Econômicas nas horas vagas. elizabeth.bathory.ce@gmail.com Confira mais textos desta autora clicando aqui |
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