Eram três pulhas na consciência daquele ali:
O mal/trapilho: Temos de cagar nas calçadas limpas. Eles merecem. Todas as ex. Odeiam quem é da rua. Desprezam. Querem nos assassinar. É preciso cagar nas calçadas. Tirar o seu poder. O cheiro do cocô lhes fará ficar com medo de nós. Em dois minutos, milhões e milhões de mendigos farão parte dessa corrente. Todos cagarão em uníssono. Todos receberam a mesma missão.
2- O bem/trapilho: “Fica aí aconselhando as pessoas a cagar, seu vagabundo? Tu não tem vergonha? Fazer isso com tua vida! Trabalha pelo seu, rapaz! Você tem saúde! Agora, ela é minha esposa! Não é mais tua! Vai tomar um banho! Limpar essa cara! E vê se não volta mais! Tá me escutando, seu....”
3-O pilha/dor: (No outro dia, o corpo do bem/trapilho foi encontrado com cinqüenta e quatro marcas de versos, contos, poemas, rascunhos. Foram mortais. Seu rosto parecia de um escritor bêbado: cachorro melado de “ketchup”.)
SENTADO SOBRE A ROCHA, DISSE O PROFESSOR À ALUNA IMAGINÁRIA FORMADA NA USP E ETERNAMENTE CONTRATADA PARA COMISSÕES JULGADORAS DE CONCURSOS E MAPAS CONSAGRADOS:
“FIM”
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