A MULA por natanael gomes de alencar
Sim, teriam de decidir o destino da mula-sem-cabeça. A pena seria qual?
Ganhar uma cabeça. Isso era o terror da mula-sem-cabeça.
Eram 2.998,33333333 jurados que decidiriam por sua condenação, caso se comprovasse sua influência e participação concreta.
Dos 2.998,33333333 jurados, 2.998,22222222 eram comprados.
Havia uma convicção absoluta quase dos não-comprados.
Ninguém notava o vácuo tenso na não-cabeça da mula.
Um imenso buraco que absorvia toda luz.
Havia um líder famélico que seria capaz de complicar as loiras por sua doença passada à mula.
A meu ver, a mula estava mancomunada com o feitor.
Era preciso debate com os jurados. Estabelecer premissas. Solidificar verdades razoáveis.
Ela brincava de roda quando chegou a sombra.
Mas nada me tira da cabeça a possibilidade de um leitor ter agido com argúcia ao provocar a mula com fantasias inimagináveis, conforme imagino: “pega a cinta, vai, e bate no meu rabo, nas minhas coxas, nas pernas e em troca te darei o...”
Que me perdoe o leitor, mas, tenho de fazer uma visita ao banheiro por demasiado uso da imaginação
Postado por: Natanael Gomes de Alencar
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