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Liber O vel Manus et Sagitae

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svb figvra VI
A.·. A.·.
Publicação em Classe B.
Imprimatur:
D.D.S. Praemonstrator
O.S.V. Imperator
N.S.F. Cancellarius

I


      1. Este livro é facilmente mal compreendido; é pedido aos leitores valerem-se das mais minuciosas críticas ao estudá-lo, assim como fizemos em sua preparação.

      2. Neste livro é falado das Sephiroth e dos Caminhos, de Espíritos e Conjurações; de Deuses, Esferas, Planos, e muitas outras coisas que podem existir ou não.

      É irrelevante se elas existem ou não. Pois fazendo certas coisas, certos resultados seguirão; estudantes devem ser seriamente advertidos a evitar atribuições de realidade objetiva ou validade filosófica a qualquer uma delas.

      3. As vantagens a serem obtidas delas são as seguintes:

         a. Uma ampliação do horizonte mental.
         b. Um aperfeiçoamento do controle da mente.

      4. O estudante, se obter qualquer tipo de sucesso nas práticas que se seguem, será confrontado por coisas (ideias ou seres) deslumbrantes ou terríveis demais para serem descritos. É essencial que permaneça o mestre de tudo que vê, ouve ou concebe; ou será escravo de ilusões e vítima da loucura.

      Antes de iniciar tais práticas, o estudante deve ter boa saúde, e ter obtido algum domínio em Asana, Pranayama e Dharana.

      5. Existe algum perigo, de que qualquer estudante, por mais estúpido que seja, obter algum resultado; porém há um grande perigo que ele seja desviado, obcecado e dominado por seus resultados, mesmo que ainda seja por aqueles resultados os quais fossem necessários que ele alcançasse. Frequentemente, além disso, ele confunde o primeiro lugar de descanso com o objetivo, e retira sua armadura como se ele fosse vitorioso antes que a luta tenha começado.

      É desejável que o estudante nunca dê a quaisquer resultados a importância que a princípio pareçam possuir.

      6. Primeiro, que ele considere o Livro 777 e o seu o uso; a preparação do Ambiente, o uso de Cerimônias Mágicas; e finalmente os métodos que aparecem no Capítulo V “Viator in Regnis Arboris” e no Capítulo VI “Sagitta trans Lunam”.

II

      1. O estudante PRIMEIRAMENTE precisa obter um conhecimento profundo do Livro 777, especialmente das colunas i., ii., iii., v., vi., vii., ix., xi., xii., xiv., xv., xvi., xvii., xviii., xix., xxxiv., xxxv., xxxviii., xxxix., xl., xli., xlii., xlv., liv., lv., lix., lx., lxi., lxiii., lxx., lxxv., lxxvii., lxviii., lxxix., lxxx., lxxxi., lxxxiii., xcvii., xcviii., xcix., c., ci., cxvii., cxviii., cxxxvii., cxxxviii., cxxxix., clxxv., clxxvi., clxxvii., clxxxii.

      Quando essas estiverem memorizadas, o estudante começará a compreender a natureza dessas correspondências.

      2. Se nós tomarmos um exemplo, o uso da tabelas ficará mais fácil.

      Suponhamos que você desejasse obter o conhecimento de alguma ciência obscura. Na coluna XLV, linha 12, você encontrará “Conhecimento das Ciências”.

      Agora, procurando na mesma linha 12 nas outras colunas, verificará que o Planeta correspondente é Mercúrio, seu número oito, suas figuras lineares o octógono e o octagrama, o Deus que rege aquele planeta, Thoth, ou no simbolismo hebraico Tetragrammaton Adonai e Elohim Tzabaoth, seu Arcanjo Raphael, seu Coro de Anjos Beni Elohim, sua Inteligência Tiriel, seu Espírito Taphtatharath, suas cores Laranja (pois Mercúrio é a esfera da Sephirah Hod, 8), Amarelo, Púrpura, Cinza e Índigo fundido com Violeta, sua Arma Mágica a Baqueta ou Caduceu, seu Perfume Mástique e outros, suas plantas sagradas Verbena e outras, suas jóias a Opala ou Ágata, seu animal sagrado a Serpente, etc., etc.

      3. Você deverá preparar seu Local de Trabalho de acordo. Num círculo laranja, você deverá desenhar uma estrela de oito pontas amarela e em cada ponta, uma vela. O Sigilo do Espírito (que deverá ser encontrado nas obras de Cornélio Agrippa ou em outros livros) você desenharia nas quatro cores indicadas com quaisquer outros artifícios conforme sua experiência possa sugerir.

      4. E assim por diante. Nós não podemos aqui entrar em detalhes em todas as preparações necessárias para o ritual; e o estudante as achará em várias obras, das quais a “Goetia” talvez seja o melhor exemplo.

      Estes rituais não deverão ser simplesmente imitados; pelo contrário, o estudante não deverá fazer nada em um assunto que não entenda; porém, se ele for capacitado, perceberá que sua própria base ritualística é mais eficientes do que aqueles rituais pomposos, desenvolvidos por outras pessoas.

      O propósito geral de toda essa preparação é a que se segue:

      5. Uma vez que o estudante é um homem cercado de objetos, se desejar tornar-se mestre de uma determinada ideia, deve fazer com que todos esses objetos materiais em volta sugiram diretamente tal ideia. Assim, no ritual citado, se seu olhar direciona-se às luzes, seu número sugere Mercúrio; se ele sente o perfume, novamente é remetido a Mercúrio. Em outras palavras, toda a ritualística e todo aparato mágico é um complexo sistema mnemônico.

      [A importância disso reside principalmente no fato de que um conjunto particular de imagens que o estudante possa encontrar em suas viagens corresponde a determinadas figuras lineares, nomes divinos, etc., e são controladas por ele. Quanto à possibilidade de produzir resultados externos à mente do vidente (objetivos no sentido comum da aceitação do termo) nós não nos pronunciaremos].

      6. Existem três importantes práticas conectadas a todas as formas de cerimônia (e os dois Métodos que discutiremos posteriormente). Estas são:

         a. Assunção de Formas-Deus.
         b. Vibração dos Nomes Divinos
         c. Rituais de “Banimento” e “Invocação”.

      Estes, de qualquer modo, deverão ser dominados antes dos perigosos Métodos dos Capítulos V e VI serem tentados.

III

      1. As Imagens Mágicas dos Deuses do Egito deverão ser bem familiarizadas. Isso pode ser feito estudando-as em museus públicos, ou em livros que sejam acessíveis ao estudante. Elas deverão ser desenhadas por ele até memoriza-las.

      2. O estudante então, sentado na posição do “Deus” ou na atitude característica da Deidade desejada, deverá imaginar seu próprio corpo coincidindo com a imagem do Deus, ou sendo envolvido por ela. Isso deve ser praticado até alcançar a maestria visual da imagem, e uma identificação com ela e com a do Deus experimentada.

      Infelizmente não existem testes para verificar se o estudante obteve sucesso nessa prática.

      3. A Vibração dos Nomes Divinos. Como mais uma maneira de identificar a consciência humana com essa porção pura que o homem invoca a partir do nome de algum Deus, que ele haja da seguinte maneira:

      4.
         a. Com os braços abertos
         b. Inspire profundamente pelas narinas, imaginando o nome do Deus entrando junto com o ar.
         c. Que o nome desça lentamente, passando pelos pulmões até o coração, o plexo solar, o umbigo, os órgãos reprodutores, até os pés.
         d. No momento em que o nome parece tocar os pés, rapidamente avance a perna esquerda uns trinta centímetros, inclinando o corpo para frente, e que as mãos (passando por trás dos olhos) sejam esticadas para frente, ficando na posição do Deus Hórus, ao mesmo tempo imaginando o Nome passando rapidamente pelo nariz juntamente com o ar que estava preso no pulmão. Tudo isso deve ser feito com a maior força possível.
         e. Então recue a perna esquerda e coloque e acomode o dedo indicador direito sobre os lábios, ficando na posição característica do Deus Harpócrates.

      5. Um sinal de que o estudante obteve sucesso, será o de sentir-se exausto ao emitir uma única “Vibração”. Isso deverá fazê-lo esquentar-se por todos os lados, ou suar violentamente, e isso deverá enfraquecê-lo tanto que achará difícil permanecer de pé.

      6. Sinal de sucesso ocorrerá quando o estudante perceber que está ouvindo o nome do Deus rugindo em volta, como por virtude de dez milhões de trovões, parecendo como se essa Grande Voz viesse do Universo, e não de si mesmo.

      Em ambas as práticas acima, toda consciência de qualquer coisa além da Forma e Nome Divinos, deve ser obliterada; e quanto mais tempo levar para as percepções normais voltarem, melhor.

IV

      1. Os Rituais do Pentagrama e do Hexagrama devem ser memorizados. São da seguinte maneira:

Ritual Menor do Pentagrama

         i. Tocando a testa, diga: Ateh (A Ti),
         ii. Tocando o peito, diga: Malkuth (O Reino),
         iii. Tocando o ombro direito, diga: ve-Geburah (e o Poder),
         iv. Tocando o ombro esquerdo, diga: ve-Gedulah (e a Glória),
         v. Juntando as mãos no peito diga: le-Olahm, Amen (para as Eras Amén).
         vi. Virando para o Leste, faça um pentagrama (o da Terra) com a arma apropriada (geralmente a Baqueta). Diga (vibrando): I H V H H.
         vii. Virando para o Sul, faça o mesmo, porém diga: A D N I.
         viii. Virando para o Oeste, faça o mesmo, porém diga: A H I H.
         ix. Virando para o Norte, faça o mesmo, porém diga: AGLA.
Pronuncie: Ye-ho-wau, Adonai, Eheieh, Agla.
         x. Estendendo os braços em forma de cruz, diga:
         xi. A minha frente Raphael;
         xii. Atrás de mim Gabriel;
         xiii. A minha direita, Michael.
         xiv. A minha esquerda, Auriel;
         xv. Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas,
         xvi. E na Coluna do Meio a Estrela de seis raios.
         xvii. Repita de (i) a (v), a “Cruz Cabalística”.

Ritual Maior do Pentagrama

      Os Pentagramas são traçados no ar com a espada ou outra arma, os nomes ditos em voz alta, e os sinais são usados conforme ilustrado.

Pentagramas do Espírito

      Os Sinais do Portal: Estenda as mãos para frente, palmas viradas para fora, separe-as como se fosse num ato de abrir um véu ou cortina (ativos), e então junte-as como se estivesse fechando e deixe-as descansar ao lado do corpo (passivos).

      (O Grau de “Portal” é particularmente atribuído ao elemento do Espírito; se refere ao Sol; os caminhos de ס , נ e ע são atribuídos a esse grau. Ver “777”. linhas 6 e 31).

      Nomes:
      - Equilíbrio dos Ativos - AHIH (Eheihe)
      - Equilíbrio dos Passivos - AGLA

Pentagramas do Fogo

      Os sinais de 4° = 7°. Levante os braços acima da cabeça, unindo os indicadores e polegares das mãos formando um triângulo.

      (O Grau de 4° = 7° é particularmente atribuído ao elemento Fogo; se refere ao planeta Vênus; os caminhos de ק , צ e פ são atribuídos a esse grau. Para outras atribuições, ver “777”, linhas 7 e 31).

      Nome - ALHIM

Pentagramas da Água

      O sinal de 3° = 8°. Erga os braços até que os cotovelos fiquem na mesma linha dos ombros, trazendo as mãos à frente do peito, tocando os polegares e os dedos indicadores formando um triângulo de cabeça para baixo.

      (O Grau de 3° = 8° é particularmente atribuído ao elemento Água; se refere ao planeta Mercúrio; os caminhos ר e ש são atribuídos a esse grau. Para outras atribuições, ver “777”, linhas 8 e 23).

      Nome - AL (El)

Pentagramas do Ar

      O sinal de 2° = 9°. Erga os braços para cima e para fora, os cotovelos dobrados em 90º com as mãos dobradas para trás e as palmas para cima como se estivesse suportando peso.

      (O Grau de 2°=9° é particularmente atribuído ao elemento Ar; refere-se à Lua; o caminho de ת está atribuído a esse grau. Para outras atribuições, ver “777”, linhas 9 e 11).

      Nome - IHVH (Iod -Rê - Vô - Rê)

Pentagramas da Terra

      O sinal de 1°=10°. Avance o pé direito à frente, estique a mão direita para cima e a frente, a mão esquerda para baixo e para trás com as palmas abertas.

      (O Grau de 1°=10° é particularmente atribuído ao elemento Terra. Ver “777”, linhas 10 e 32).

      Nome - ADNI (Adonai)

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Ritual Menor do Hexagrama

      Este ritual deve ser feito após o “Ritual Menor do Pentagrama”.

      ( I ). De pé, com os pés juntos, braço esquerdo ao lado direito através do corpo, segurando o bastão ou outra arma mágica em pé na linha do meio. Vire para o Leste e diga:

      ( II ). I.N.R.I.
              Yod, Nun, Resh, Yod.
              Virgem, Isis, Mãe Punjante.
              Escorpião, Apophis, Destruidor.
              Sol, Osiris, Assassinado e Ressucitado.
              Isis, Apophis, Osiris, IAO.


      ( III ). Estenda os braços na forma de cruz e diga: "O Sinal de Osíris Assassinado".

      ( IV ). Levante o braço direito, fazendo um ângulo de 90º e o braço esquerdo apontado para baixo com o cotovelo elevado virando a cabeça sobre o braço esquerdo com a visão acompanhando este braço e diga: "O Sinal do Luto de Ísis".

      ( V ). Estique os braços para cima mantendo-os abertos e ós pés juntos, com a cabeça para trás e diga: "O Sinal de Apophis e Typhon".

      ( VI ) Cruze os braços sobre o peito, saudando com a cabeça e diga: "O Sinal de Osíris Ressuscitado".

      ( VII ) Estenda novamente os braços como em (III) e cruze-os novamente como em (VI) dizendo: "L.V.X., Lux, a Luz da Cruz"

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      ( VIII ) Com a arma mágica trace o Hexagrama do Fogo no Leste dizendo: "ARARITA" ( אראריתא ).

      Esta Palavra consiste das iniciais de uma sentença que significa: "Um é o seu início; Uma é sua Individualidade; Sua Permutação é Una".

      Esse hexagrama consiste de dois triângulos equiláteros com ambos os ápices apontando para cima. Comece do topo do triângulo mais alto e trace-o numa direção de rotação à direita. O topo do mais baixo, deverá coincidir com o centro do mais alto.

      ( IX ) Trace o Hexagrama da Terra no Sul dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o ápice do triângulo mais baixo apontando para baixo, devendo ser capaz de ser inscrito num círculo.

      ( X ) Trace o Hexagrama do Ar no Oeste dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama é como o da Terra, porém suas bases coincidem, formando um diamante.

      ( XI ) Trace o Hexagrama da Água no Norte dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o triângulo mais baixo colocado acima do mais alto com seus ápices coincididos.

      ( XII ). Repita ( I - VII ).

      O Ritual de Banimento é idêntico, salvo as direções dos Hexagramas que devem ser invertidas.

Ritual Maior do Hexagrama

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      Para invocar ou banir planetas ou signos zodiacais.

      Apenas o Hexagrama da Terra é usado. Desenhe o hexagrama, começando da ponta que é atribuída ao planeta com o qual você está lidando. (Ver “777”, col. lxxxiii).

      Deste modo, para invocar Júpiter, comece da ponta direita do triângulo que aponta para baixo, gire no sentido horário, e complete então trace o triângulo que aponta para cima de sua ponta esquerda e complete.

      Trace o sigilo astrológico do planeta no centro de seu hexagrama.

      Para o Zodíaco use o hexagrama do planeta que rege o signo que você precisa (“777”, col. cxxxviii); mas desenhe o sigilo astrológico do signo, ao invés do sigilo do planeta.
Da Caput e Cauda Draconis use o hexagrama lunar com sigilo ☊ ou ☋.

      Para banir, inverta o hexagrama.
Em todos os casos, use a conjugação primeiro com o nome ARARITA e o seguinte com o nome do Deus correspondente ao planeta ou signo pertinente.

      2. Esses rituais deverão ser praticados até as figuras desenhadas aparecerem flamejantes, e tais chamas tão reais, que um espectador possa vê-las. Algumas pessoas alegam ser capazes de tocar fogo em gravetos através deste ritual. Verdade ou não, esse tipo de capacidade não deve ser almejada.

      3. O sucesso em banir, é descrito como uma sensação de limpeza na atmosfera e em invocar, de santidade. Esses termos são muito vagos.

      Mas ao menos esteja certo de uma coisa: qualquer figura imaginária obedecerá a vontade do Estudante se ele usar a figura apropriada. Em casos de obstinados, a imagem do Deus poderá ser assumida.

      4. Os Rituais de Banimento deverão ser usados no início de qualquer cerimônia. Em seguida, o Estudante deverá usar uma invocação geral, como "A Invocação Preliminar da Goetia", bem como qualquer outra que seja da vontade do magista.

      5. Sucesso nas invocações é uma difícil questão. O Estudante deve se valer de seu bom senso na avaliação do ocorrido.

V

      1. O estudante estando descansado, após ter banhado-se e trajado-se de acordo, deve escolher um local de trabalho livre de qualquer distúrbio, fazendo as devidas purificações ambientais através dos rituais de banimento e invocação e, ao final, acender um incenso.

      2. Ele deve imaginar sua própria imagem (usando o robe e as armas mágicas apropriados) envolvendo seu corpo físico ou próximo e em frente a ele.

      3. Ele então deve transferir sua consciência para a imagem, fazendo com que passe a ver pelos olhos dela, assim como ouvir com seus ouvidos.

      4. Ele então deve imaginar a imagem elevando-se no ar até bem acima da Terra.

      5. Ele então deve parar e olhar em volta (parece difícil abrir os olhos).

      6. Provavelmente verá figuras se aproximando ou percebendo alguma paisagem.

      7. Ele então deve mover-se à vontade, ainda que com ajuda ou não da(s) figura(s).

      8. Ele então deve empregar tais invocações especiais ao aparecer o lugar que queira visitar.

      9. Ele deve estar precavido contra milhares de ataques e engodos que acontecerão, por isso deve testar cuidadosamente a veracidade daquilo que dizem a ele, não importa quem. Assim, um ser hostil pode aparecer de forma gloriosa, o pentagrama apropriado deverá fazer com que murche ou se deteriore.

      10. A prática tornará o estudante infinitamente cauteloso nesses assuntos.

      11. É mais fácil voltar ao corpo, do que sair dele porém, a prática, torna a imaginação mais fértil. Por exemplo, você pode imaginar uma carruagem flamejante puxada por dois cavalos brancos, levando-o além da Terra. Pode ser perigoso ir muito longe ou permanecer num lugar por muito tempo; a fatiga deve ser evitada.

      12. Finalmente, que o estudante faça seu corpo físico coincidir com aquele seu que estava viajando, estique os próprios músculos, inspirando corretamente, colocando o dedo indicador nos lábios. Então deixe-o despertar por sua vontade e registre séria e acuradamente suas experiências.

      Acrescente que essa aparentemente complicada experiência é fácil de se realizar. É melhor aprender a "viajar" com uma pessoa já experiente no assunto. Dois ou três experimentos desse tipo devem ser suficientes para tornar o estudante confiante e expert.

VI

      1. O experimento anterior possui pequeno valor, levando a poucos resultados. Porém é suscetível a um desenvolvimento que resulta em uma forma de Dharana, concentração, e como tal, pode levar a fins muito mais elevados. A principal utilização das práticas dos últimos capítulos é familiarizar o estudante com qualquer tipo de obstáculo e ilusão, para que ele possa então ter perfeito controle de cada pensamento que possa surgir em sua mente, descartando-a e alterando-a a qualquer fim necessário à sua vontade.

      2. Ele então deve começar exatamente como antes, porém com a mais intensa solenidade e determinação.

      3. Ele deve ser muito cuidadoso em fazer com que seu corpo imaginário erga-se exatamente na perpendicular à tangente da terra do ponto onde seu corpo físico está situado (ou colocá-lo o mais simplesmente possível, retilíneo e subindo).

      4. Em vez de parar, que ele então continue a elevar-se até a fadiga tomar conta. Se ele achar que parou, sem vontade de continuar, aparecendo figuras em volta, deve a todo custo elevar-se mais acima delas.

      5. Ele então deve continuar até quando existir o alento da vida. Seja qual for a ameaça e engodo, mesmo sendo Typhon e todas as suas hostes vindos das covas contar o estudante, ainda que viesse do Trono do próprio Deus uma voz ordenando-o que permaneça no lugar e contente, deve sempre lutar.

      6. Por último, chega um momento em que todo seu ser está imerso em fadiga, vencido por sua própria inércia. Deixe-o mergulhar (quando não mais poder ele lutar, ainda que sua língua esteja mordida pelo esforço com o sangue escorrendo pelas narinas) nas trevas do inconsciente para então, na chegada a si mesmo, registrar acurada e soberbamente, tudo que ocorrera, sim tudo que ocorrera.

Nota de Keron-E:

      Therion, baseado na obra da Golden Dawn, desenvolveu outra versão do hexagrama, o Hexagrama da Besta, ou Unicursal. A diferença do tradicional é a facilidade em ser desenhado de uma só vez, sem quebrar o movimento, como o Pentagrama. Ele segue as mesmas distribuições na Árvore da Vida que a versão tradicional, incluse a troca de Daäth por Binah no ápice da figura:

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     Normalmente é representada com uma rosa no meio, símbolo de Thiphareth. Pode ser considerada a forma thelêmica do hexagrama.

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Fonte: www.ordoaa.com.br/arquivos/ht/libri/libri_6.htm

OTZ CHIIM — ÁRVORE DA VIDA

Níveis de Consciência, Esferas de Existência, Planos Mentais... a Árvore da Vida (ou Otz Chiim em hebraico) possui inúmeras definições e várias obras foram escritas em cima de seus conceitos. Originária da Cabala judaica (segundo a história, foi passada de Enoque a Abraão e perpetuada por Moisés), serviu como base para muito do que hoje é conhecido em magia porém, vamos aqui apenas relacioná-la com o sistema de nossa Santa Ordem.

A principal função da Árvore da Vida reside na estruturalização do sistema da A.·.A.·. Os graus da ordem são baseados em suas sephiroth onde um estudo mais aprofundado de suas relações (Livro da Lei, astrologia, tarô, chakras, orixás, gematria) deve ser cuidadosamente feito.

A Árvore da Vida é um mergulho na consciência humana, onde uma de suas principais virtudes reside na mutabilidade de sua aplicação no auto-desenvolvimento mágico, onde a sua correspondência com o microcosmo é dinâmica e infinita, pois em hipótese alguma ela é hermética em si, possuindo correspondências com praticamente todos os sistemas mágicos existentes.

Introdução à Árvore da Vida e sua relações na A.·.A.·.

A Árvore da Vida está dividida em 4 mundos, 10 sephiroth e suas 22 ligações ou caminhos. Cada sephirah corresponde a um grau da Fraternidade (o Probacionista está perdido em Qliphoth).

Os 4 mundos na Árvore são:
- Assiah — Mundo da Ação referente à sephirah de Malkuth.

Basicamente o mundo material e a relação que o indivíduo possui com ele, o nosso corpo e sua condição (Nephesh).

- Yetzirah — Mundo da Formação referente às sephiroth de Yezod a Netzach.

Corresponde ao mundo astral e aos seus habitantes anjos, demônios, espíritos e a alma humana (Ruach).

- Briah — Mundo Criativo referente às sephiroth de Tiphareth a Chesed.

- Atziluth — Mundo Arquétipo referente às sephiroth de Binah a Kether. Também Conhecido como a "Cidade das Pirâmides sobre a Noite de Pan".

Podemos citar também as Qliphoth (do singular Qliphah, "mulher indecente") — Mundo Maligno referente ao Abismo de Daäth—, a Àrvore da Vida inversa, o aspecto inverso das sephiroth.

Constituição Humana

Segundo a Cabala, a constituição do Homem é quíntupla.

- Jechidah — este é o princípio quintessêncial da Alma; aquilo que torna o homem idêntico a toda outra fagulha de Divindade e, ao mesmo, tempo diverso (no que concerne ao ponto de vista, e ao Universo do qual esse é o centro) de todas as outras. É um ponto, possuindo apenas posição; e essa posição só é definível através de referência a eixos coordenados, a princípios secundários, que só lhe pertencem por acidente, e devem ser postulados à medida que nossa concepção cresce.

- Chiah — este é o Impulso Criador, ou vontade, de Jechidah: a energia que exige a formulação do eixo de coordenadas já dito, a fim de que Jechidah possa obter auto-realização (uma compreensão articulada daquilo que é implícito em sua natureza) de suas possíveis qualidades.

- Neschamah — esta é a faculdade de compreender a Palavra Chiah. É a inteligência ou intuição daquilo que Jechidah deseja descobrir a respeito de si mesmo.

Estes três princípios constituem uma Trindade; eles são um, porque eles representam o ser de, e o aparato que tornará possível a manifestação de, um Deus em forma humana. Mas eles são apenas, por assim dizer, a estrutura matemática da natureza do homem. Poderíamos compara-los com às leis da física, como estas são antes de serem descobertas. Não existem, por enquanto, quaisquer dados através de cujo exame eles possam ser percebidos. Um homem consciente, portanto, não pode saber coisa alguma desses três princípios, sem bem que eles constituem a essência dele. É a obra da iniciação viajar interiormente em direção a eles. Veja-se, no juramento de um Probacionista da A.·.A.·. :
"Obter um conhecimento científico da natureza e poderes do meu próprio ser".

Este princípio triuno, sendo completamente espiritual, tudo que pode ser dito sobre ele é na realidade, negativo. E ele é completo em si. Além dele estende-se aquilo que é chamado O Abismo. Esta doutrina é extremamente difícil de explicar, mas corresponde mais ou menos ao hiato em pensamento entre o real, que é ideal, e o irreal, que é atual. No abismo, todas as coisas existem, realmente pelo menos em potencial, mas são desprovidas de qualquer significado possível, pois falta-lhes o substrato de realidade espiritual. Elas são aparências da Lei. São, assim, Miragens Insanas.

Agora o abismo sendo assim o grande armazém de Fenômenos, ele é a forte de todas as impressões. E o Princípio Triuno tencionou uma máquina para investigar o Universo; e esta máquina é o quarto princípio do Homem.

- Ruach — pode ser traduzido como Mente, Espírito ou Intelecto; nenhuma das três traduções é satisfatória, com a conotação variando com cada escritor. Ruach é um grupo estreitamente entretecido de Cinco Princípios Morais e Intelectuais, concentrados em volta de seu corpo, Típhereth, o Princípio da Harmonia, a Consciência Humana e Vontade, de que as outras quatro Sephiroth são (por assim dizer) as antenas. E estes cinco princípios culminam em um sexto, Daath, conhecimento. Mas este não é realmente um princípio, pois ele contém em si mesmo o germe de auto-contradição, e assim de auto-destruição. É um falso princípio; pois, tão cedo, o Conhecimento é analisado, ele se decompõe no pó irracional do Abismo.

A aspiração do homem ao Conhecimento é, assim, simplesmente, um caminho falso; é tecer cordas de areia.

Nós não podemos entrar aqui na doutrina da "Queda de Adão", inventada para explicar a parábola de como o Universo está assim, tão infelizmente constituído.

Nós nos ocupamos aqui apenas com fatos observados, e não com teorias. Todas essas faculdades mentais e morais de Ruach, se bem que não são puramente
espirituais como a Tríade Suprema, estão ainda como se fosse, "no ar". Para serem úteis, elas necessitam de uma base através da qual possam receber impressões, muito parecido como uma máquina que necessita de combustível e matéria prima antes de poder manufaturar o artigo que foi concebida para produzir.

- Nephesch — é usualmente traduzido como "Alma Animal". É o veículo de Ruach: o instrumento através do qual a Mente é posta em contato com o pó da Matéria do Abismo, para que possa senti-lo, julga-lo, e reagir a ele. Nephesch é, em si mesmo, um princípio ainda espiritual, em um senso da palavra: o corpo físico do homem é composto de pó de Matéria, temporariamente coerido pelos princípios que o infundem para seus respectivos propósitos e ultimamente para o supremo propósito de auto-realização de Jechidah. Mas Nephesch, desavisado como é, sem outro objetivo que o tráfico direto com a matéria, tende a partilhar da inocência desta. Suas faculdades de perceber dor e prazer o atraem à arapuca de prestar demasiada atenção a um grupo de fenômeno, e evitar outros. Daí que Nephesch execute sua função como é próprio, é necessário que ele seja dominado pelas mais severa disciplina. Nem merece mesmo Ruach confiança neste ponto. Ele tem suas próprias tendências à fraqueza e injustiça. Ele tenta todo truque — e é diabolicamente astuto — para organizar seu contato com a matéria no senso mais conveniente à sua própria inércia, sem dar a mínima consideração ao seu dever para com a Tríade Suprema, cortado como está de compreensão dela; de fato, nem suspeitando normalmente, a existência dela.


Aleister Crowley
Pequenos Ensaios em Direção à Verdade

astrumargentum.org.br/

Mundos, Constituição Humana, Elementos

http://www.ordoaa.com.br/arquivos/ht/libri/otz_chiim.pdf

Liber Viarum Viae

Liber Viarum Viae


Sub Figura DCCCLXVIII
A.·.A.·.
Publicação em Classe B.
Imprimatur: N. Fra A.·.A.·.



Nove tufos da Barba Inferior


Nove caminhos abaixo do Adepto
21. ת
A Formulação do Corpo de Luz.
Liber O.
20. ש
A Passagem da Câmara do Rei.
Liber H H H.
19. ר
A Iluminação do Globo.
Liber H H H.
18. ק
A Adivinhação do Destino.
Liber Memoriæ Viæ CMXIII.
17. צ
A Adoração sob o Céu Estrelado.
Liber XI, NV (de Liber CCXX).
16. פ
A Destruição da Casa de Deus.
Liber XVI.
15. ע
O Sabá dos Adeptos.
Liber CCCLXX
14. ס
Vidência na Visão do Espírito: a Escada de Jacob.
Liber O.
13. נ
A Preparação do Cadáver para a Tumba.
Liber XXV.

Treze tufos da Barba Superior

Sete caminhos abaixo do M.T.
12. מ
O Sono de Siloam.
Liber CDLI.
11. ט
A Proteção do Globo.
Liber O.
10. כ
A Evocação dos Poderosos.
Liber*
9. י
A Absorção das Emanações.
Liber DCCCXXXI.
8. ל
A Passagem pelo Salão dos Equilíbrios.
Liber XXX.
7. ח
O Ritual do Santo Graal.
Liber CLVI.
6. ז
O Discurso da Profetisa.
Liber MCXXXIX.
Três abaixo do M.
5. ו
A Vinda do Hierofante.
Liber VIII.
(8º Æthyr em Liber 418).
4. ה
A Formulação da Estrela Flamejante.
Liber V.
3. ד
A Encarnação da Luz Mais Profunda.
Liber DLV Had (from Liber CCXX)
Três abaixo do I.
2. ג
O Êxtase Supremo da Pureza.
Liber LXXXIII.
1. ב
As Afirmações e Negações Universais.
Liber B (I.).
0. א
A transcendência de tudo isso; sim, a transcendência de tudo isso.


Sete Inferiores: Sete Superiores: Sete Sobretudo: e Sete Interpretações de cada Palavra.

[Nota de Frater S.R.: a disposição do diagrama acima foi levemente alterada para que pudesse ser disposta no formato XHTML. Não encontramos o número do Liber da linha 10.]

Liber Acanorum (A.’.A.’.)


LIBER ARCANORVM των ATV του TAHUTI
QUAS VIDIT ASAR IN AMENNTI
SVB FIGVRÂ CCXXXI

LIBER CARCERORVM των QLIPHOTH CVM SUIS GENIIS ADDENTVR SIGILLA ET NOMINA EORVM

Publicação em Classe A

LIBER XXII DOMARUM MERCURII CUM SUIS GENIIS

LIBER XXII CARCERORUM QLIPHOTH CUM SUIS GENIIS


(Este livro é verdadeiro acima do grau de Adeptus Exemptus. V.V.V.V.V. 8, 3.)

0.
A, o coração de IAO, habita em êxtase no local secreto dos trovões. Entre Asar e Asi, ele permanece em gozo.
1.
Os relâmpagos aumentaram e o Senhor Tahuti apareceu. A Voz veio do Silêncio. Então o Um correu e retornou.
2.
Então Nuit velou a si mesma para poder abrir o portão de sua irmã.
3.
A Virgem de Deus está entronada sobre uma concha de ostra; ela é como uma pérola e procura Setenta para os seus Quatro. Em seu coração está Hadit, a glória invisível.
4.
Então Ra-Hoor-Khuit se ergue, e o domínio é estabelecido na Estrela da Chama.
5.
Também é a Estrela da Chama exaltada, trazendo bênçãos para o universo.
6.
Aqui, então, abaixo do Eros alado, está a juventude, deleitando-se no um e no outro. Ele é Asar entre Asi e Nephti; ele surge do véu.
7.
Ele monta na carruagem da eternidade; o branco e o negro estão atrelados ao seu carro. Portanto, ele reflete o Louco, e o sétuplo véu revelado.
8.
Também surgiu a mãe Terra com seu leão, igual a Sekhet, a senhora de Asi.
9.
Também velou-se o Sacerdote, para que sua glória não fosse profanada, para que sua palavra não se perdesse na multidão.
10.
Assim, então, o Pai de todos emanou como uma poderosa roda; a Esfinge e o deus-de-cabeça-de-cão e Tífon foram presos à sua circunferência.
11.
Até mesmo a senhora Maat, com sua pena e sua espada, permaneceu para julgar o justo. Pois o Destino fora já estabelecido.
12.
Então o sagrado apareceu na grande água do Norte; como uma aurora dourada ele apareceu, trazendo benção ao universo decaído.
13.
Também Asar estava oculto em Amenti; e os Senhores do Tempo tocaram nele com a foice da morte.
14.
E um poderoso anjo apareceu como uma mulher, derramando frascos de aflição sobre as chamas, iluminando o fluxo puro com seu estigma de maldição. E a iniquidade foi muito grande.
15.
Então o Senhor Khem ergueu-se, Aquele que é santo entre os mais elevados, e fez seu báculo coroado para redimir o universo.
16.
Ele golpeou as torres de lamentação; ele as quebrou em pedaços no fogo de sua ira, de modo que somente ele escapou da ruína desta.
17.
Transformada, a sagrada virgem apareceu como um fogo fluídico, fazendo de sua beleza um trovão.
18.
Por seus feitiços, ela invocou o Escaravelho, o Senhor Keph-Ra, de modo que as águas foram fendidas e a ilusão das torres foi destruída.
19.
Então, o sol apareceu sem nuvens, e a boca de Asi estava sobre a boca de Asar.
20.
Então, também, a Pirâmide foi construída a fim de que a Iniciação fosse completa.
21.
E no coração da Esfinge dançava o Senhor Adonai, em Suas grinaldas de rosas e pérolas, tornando alegre o concurso das coisas; sim, tornando alegre o concurso das coisas.


OS GENII DAS 22 ESCALAS DA SERPENTE E DAS QLIPHOTH

LIBER RESH vel HELIOS

Svb Figvra CC
A. · . A. · .
Publicação em Classe D.
Imprimatur: N. Fra. A. · . A. · .


0. Essas são as adorações a serem realizadas pelos aspirantes à A. · . A. · .
1. Que ele cumprimente o Sol ao alvorecer, voltado ao Leste, fazendo o sinal do seu grau. Que ele diga em voz sonora:
“Saudações a Ti que és Rá em Teu levante, sempre a Ti que és Rá em Teu vigor, que viajas acima dos Céus em Tua barca no Auvorecer do Sol.
Tahuti erguido em Esplendor na proa, e Ra-Hoor permanece no leme.
Saudações a Ti da Morada da Noite!”

2. E também ao Meio-dia, que ele cumprimente o Sol, voltado ao Sul, fazendo o sinal do seu grau. Que ele diga em voz sonora:
“Saudações a Ti que és Ahathoor em Teu triunfo, sempre a Ti que és Ahathoor em Tua beleza, que viajas acima dos Céus em Tua barca no Meio-curso do Sol.
Tahuti erguido em Esplendor na proa, a Ra-Hoor permanece no leme.
Saudações a Ti da Morada da Manhã!”

3. E também, ao ocaso, que ele cumprimente o Sol, voltado ao Oeste, fazendo o sinal do seu grau. Que ele diga em voz sonora:
“Saudações a Ti que és Tum em Teu crepúsculo, sempre a Ti que és Tum em Tua alegria, que viajas acima dos Céus em Tua barca no Pôr do Sol.
Tahuti erguido em Esplendor na proa, a Ra-Hoor permanece no leme.
Saudações a Ti da Morada do Dia!”

4. Por último, à Meia-Noite, que ele cumprimente o Sol, voltado para Norte, fazendo o sinal do seu grau, que ele diga em voz sonora:
“Saudações a Ti que és Khenphra em Teu refúgio, sempre a Ti que és Khenphra em Teu silêncio, que viajas acima dos Céus em Tua barca à Meia-noite do Sol.
Tahuti erguido em Esplendor na proa, a Ra-Hoor permanece no leme.
Saudações a Ti da Morada da Tarde!”

5. E depois de cada uma dessas invocações, deves fazer o sinal do silêncio, e depois deves realizar a adoração que a ti foi ensinada por teu Superior. E então faze tu, acalmar-te em sagrada meditação.

6. Também é melhor se nessas adorações tu assumas a Forma-Deus ao qual tu adoras, como se tu fosses unir-se a ele em, adoração àquele que está além Dele.

7. Então tu deves estar atento à Grande Obra a qual tu concordastes em realizar, e então deves estar fortificado a persegui-la para obter a Pedra do Sábio, o Summum Bonum, a Sabedoria Verdadeira e Felicidade Perfeita.

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Notas explicatórias de Lon Milo Duquette:
A imagem a ser visualizada é aquela da barca Solar Egípcia em que todo o por-do-sol leva o Osíris glorificado do horizonte ocidental para a Terra dos Mortos e traz o Eterno Sol, seguramente, sob a Terra ao amanhecer sobre o horizonte oriental a cada manhã como Rá.

1 - Tahuti (Thoth) - deus egípcio com cabeça de íbis (um tipode garça) está na proa e Hórus, o Filho do Sol, age como timoneiro divino.

2 - Ahathoor - a Vênus Egípcia, de quem o mês de novembro (Escorpião) marca o cruzamento do trimestre do ano que as trevas triunfam sobre a luz.

3 - Tum, Tmu - Deus do Oeste, o local do Sol - Deus do Sol á noite.

4 - Khephra - como o escaravelho do deserto Egípcio sempre rola uma bola de esterco no qual seus ovos são depositados, assim também faz Khephra, o escaravelho clestial que rola a esera do Sol através dos céus.

5 - De acordo com alguns relatos, Crowley ensinou a residentes da Abadia de Thelema a recitar as seguintes partes do Livro da Lei como a adoração:
Unidade provada ao extremo!
Adoro Teu poder, Teu sopro forte,
Deus terrível, suprema flor do nada,
Que fazes com que os deuses e que a morte
Tremam diante de Ti:
Eu, Eu adoro a ti!
Aparece no trono de Ra!
Abre os caminhos do Khu!
Ilumina os caminhos do Ka!
Nas rotas do Khabs sê tu,
Para mover-me ou parar-me!
Aum! Para me completar!