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María Batz’bal


                                                   

Maria Batz’bal  (também conhecida como María Castelyan) é uma divindade guatemalteca pouco conhecida venerada pelos seus poderes mágicos, seus seguidores a associam com o santo pagão San Maximón e a consideram sua esposa, embora outros a considerem a forma feminina do próprio Maximón.

São poucos os estudos relacionados a essa deusa, no entanto se sabe que seu culto remonta a tempos pré hispánicos. Sua imagem sobreviveu há muitos anos e ainda desfruta do reconhecimento e da adoração dos habitantes de Santiago Atitlán.

Ela é uma figura dualista que é vista tanto como uma jovem promiscua e sedutora e ao mesmo tempo é uma anciã protetora da fertilidade e da tecelagem.

Maria também é considerada a mãe do povo indígena zutujil que realizam uma grande celebração em seu nome no dia 8 de setembro. Assim como Maximón, ela é venerada com velas, álcool e cigarros que são colocados em sua boca.

Os sacerdotes responsáveis pelo culto tem o costume diário de acender incensos 3 vezes ao dia. As 6 da manhã, ao meio dia e as 6 da tarde.

Em seu aspecto jovem ela é vista como uma bruxa sensual com poderes formidáveis capaz de seduzir e enlouquecer os homens, ao mesmo tempo pode ser uma mulher selvagem que se transforma em um grande felino e persegue aqueles que lhe desagradam.

Na forma de anciã ela é conhecida como Francisca Batz’bal e é representada como uma mulher espanhola vestida em trajes tipicos do povo zutujil.



 Sobre o Autor:
LORD KRONUS
LORD KRONUS
Admirador do Oculto e cinéfilo. azerate666@hotmail.com Confira mais textos deste autor clicando aqui

Scrying ou Vidência (de Dr. Fian's Spell Book)

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      A vidência ou scrying, como é chamada algumas vezes, é outra forma muito antiga de adivinhação. No livro do Dr. John Fian se recomenda fazer a adivinhação em uma taça ou bacia com água. A taça será pintada de negro por dentro. Também podes pôr um pouco de tinta negra na água para escurecê-la.

      Algumas vezes se usa uma “pedra de vidência”. Esta é uma pedra talhada e polida, usada para mirar em seu interior, para receber uma imagem através de meios psíquicos. O scrying ou vidência é a prática usada com a bola de cristal, a qual é uma ferramenta posterior à taça ou pedra. Geralmente é uma questão de preferência, porém algumas vezes a disponibilidade exerce um grande papel na escolha.

      De qualquer forma, o objetivo é focar o olho psíquico de tua mente enquanto fixas o olhar para dentro da taça ou para a ferramenta de scrying que tenhas escolhido. Deves limpar tua mente e concentrar-te na pergunta para permitir que as imagens da situação sejam refletidas na água. Estas podem parecer abstratas, contudo graças à tua sensibilidade psíquica poderás interpretar as que receberes. Para fazê-lo adequadamente, deves estar em um cômodo escura. Acenda uma vela para que haja um pouco de luz e assim sejas capaz de ver as imagens, porém não tanta luminosidade que acabe por ser refletida em tua ferramenta de scrying.

      Deves estar relaxado, em tua mente somente deverá haver, em geral, pensamentos sobre tua consulta. Receberás imagens e pensamentos depois de olhar fixamente para a taça durante uns instantes. Deves anotar as imagens e analisá-las.

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      As pessoas que têm uma alta sensibilidade psíquica podem ver imagens diretas e definidas em sua ferramenta de scrying. A maioria vê imagens abstratas e formas com um determinado sentido psíquico do que significam as imagens. Outros não vêem nada definido na ferramenta de scrying ainda que recebam impressões psíquicas.

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      A chave para este sistema é o relaxamento, a concentração e a habilidade psíquica. Assim como ocorre com todas as coisas psíquicas, quanto mais exercitares tuas habilidades, mais fortes e adequadas se tornaram.

Fonte: La Huella Hendida del Maestro Astado

A Criação do Castelo para o Grande Sabá

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Versão de Robin Artisan

O Grande Sabá

      Este é o momento mais importante para o trabalho real. É quando a Lua está completamente cheia que o Grande Sabá toma lugar na área secreta.

      Esta noite está reservada para o trabalho mais importante de todos. Tudo que é feito nesta noite é para prosperar, ajudar a nós mesmos, à nossa família e povo, atrair proteção e poder para melhorar a vida em nosso trabalho e relações interpessoais, e todas as coisas que nos dão proteção, prosperidade e felicidade. É a noite na qual os membros do Grupo reafirmam seus juramentos. E também há uma festa.

Construindo um Castelo

      O é altar voltado para o norte. Todo o trabalho real é feito encarando o Norte. O mestre dá três passos para o norte, a partir da parte de trás do altar e crava sua espada no chão no ponto Norte. Ele irá pedir ao deus escolhido, o Antigo, com o qual trabalhará nessa noite, que conceda proteção, poder e sucesso para o trabalho real da noite. Ele pegará a espada e repetirá o processo dos três passos, a partir do lado direito do altar. Agora pedirá proteção, poder e sucesso para o Leste. Ele sacará sua espada do solo e irá para a frente do altar para repetir o processo para o Sul. Isto finalmente será repetido para o Oeste. O Mestre agora irá para o Norte e começará a erguer o castelo ou pátio. O fará desenhando uma linha imaginária a partir do Norte, começando de onde a espada estava cravada na Terra, depois o mesmo para o Leste, Sul, Oeste e de volta ao Norte.

      Agora o Mestre se dirigirá aos Antigos Deuses para dar sua assistência ao trabalho. A Senhora agora preparará o Altar com as ferramentas mágicas que serão usadas nesta noite, assim como tudo o que tem que ser purificado, pedidos de trabalho, etc.

      O Mestre agora convidará uma das mulheres para que use sua vassoura para selar o Castelo e banir qualquer força maligna que possa estar presente. A Senhora convidará um homem para fazer o mesmo com o bastão do bosque. A Senhora fará uma libação com o chifre branco em cada direção, fazendo pedidos aos Antigos Deuses como fez o Mestre. Finalmente, o Mestre coloca os taças nos pontos cardeais que representam seus elementos.

O Trabalho do Grande Sabá

      O Mestre agora recitará seu juramento enquanto está de joelhos diante o Altar. Quando houver terminado cravará seu punhal no solo. A Senhora agora lhe salpicará as mãos com Água do chifre branco. Também lhe salpicará as mãos com um pouco de Sal da taça de sal. Cada pessoa passará por este processo. A Senhora o passará por último, e o Mestre salpicará Água e Sal em suas mãos.

      O Mestre beberá do chifre branco e o passará, em sentido horário, a todas as pessoas para que bebam. Finalmente, a Senhora beberá do chifre. Ela lho sustentará com seus braços estendidos para o Mestre. Ele então fará um chamado ao Antigo Deus com o qual trabalhará, afundará o punhal e a Senhora fará uma libação sobre a Terra.

O Grande Rito

      Agora se solicitará o trabalho real. Todos os que têm trabalhos a serem levados a cabo, são chamados segundo seu título, pelo nome, um por um. O pedido e a descrição do trabalho serão lidos pela Senhora. O Mestre então chamará o Antigo Deus escolhido para que garanta o êxito do trabalho. Depois chamará o solicitante do trabajo ao Altar. O solicitante também chamará o Antigo Deus do trabalho. Todos observam agora o exterior do Castelo, a partir do interior de seus muros. O solicitante ajoelhará diante o Altar concentrando-se no êxito do feitiço. Seu punhal é sustentado apontando para o céu sobre sua cabeça. O Mestre, no Norte, se concentrará no êxito do trabalho. Em voz baixa, chamará o Antigo Deus para que lhe conceda sucesso no trabalho. Quando sentir o poder do Chamado, cravará seu punhal no solo. O solicitante fará o mesmo. Cada solicitante passará por este processo.

      O pedido é escrito em um pedaço de papel, porém também é possível incluir um amuleto sobre o papel ou um cordão. O pedido sempre passará de pessoa em pessoa, enquanto se observa além dos muros do Castelo. As pessoas estarão de joelhos e cada uma se concentrará no êxito de seu amigo. Quando sentirem o poder, cravarão seus punhais no solo. Quando o pedido chegar até a Senhora, ela fará o mesmo e o ciclo estará completo. Em seguida o Mestre queimará ervas relacionadas ao trabalho na taça de cobre para a queima de ervas, como é chamada. A Senhora dará o pedido e amuleto, ou cordão, etc., se houver, ao Mestre e ele o colocará nas chamas da taça para as ervas. Ele novamente solicitará o êxito do trabalho do solicitante. Quando o pedido, cordão e ervas houverem sido queimados, o solicitante deixará de concentrar-se e uma vez mais, cravará o punhal no solo.

      NOTA: Este rito pode ser feito individualmente ou para um desejo grupal.

      Quando o Grande Rito for finalizado, o Mestre agradecerá ao Antigo Deus por ajudar os solicitantes nessa noite. Todos lhe seguirão no agradecimento. Todos beberão do chifre branco como antes, enlaçados pela confiança e pela força. Agora será o momento para o festejo com cordeiro, frango, batatas, pães e cerveja negra, tão forte quanto escura.

Fonte: La Huella Hendida del Maestro Astado

FOGO SAGRADO: O que é a realidade? (Por Alan Moore)

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      "A realidade é, à primeira vista, algo muito simples: a televisão que estás olhando agora é real. Teu corpo acomodado em teu assento por volta da meia-noite, o tic-tac do relógio no umbral da percepção. Todos os infinitos detalhes de um mundo sólido e material que te envolve. Estas coisas existem. Podem ser medidas com uma régua, com um voltímetro, uma báscula. Estas coisas são reais.

      Logo está a mente, meio atenta à TV, ao sofá, ao relógio. Este fantasmagórico conglomerado de memórias, ideias e sensações ao qual chamamos de Eu/Self existe também, ainda que não no mundo mensurável que pode ser descrito por nossa ciência. A consciência é inquantificável, um fantasma na máquina, quase não considerada real, embora, de certo modo, este vacilante mosaico de percepções seja a única realidade verdadeira que conhecemos.

      O Aqui e Agora exige atenção, nos é mais presente. Desdenhamos nosso mundo interno de ideias como algo menos importante, ainda que simplesmente a maior parte de nossa realidade física imediata tenha se originada na mente. A TV, o sofá e a habitação, toda a civilização que os contém, em um certo tempo não foram mais do que ideias. A existência material se fundamenta por completo em um reino fantasmagórico da mente, cuja natureza e geografia estão ainda inexploradas.

      Antes de que fosse anunciada a Era da Razão, a humanidade havia polido estratégias para interagir com o mundo do imaginário e do invisível: complicados sistemas mágicos; abrangentes panteões de deuses e espíritos, imagens e nomes com os quais etiquetávamos poderosas forças internas para sua melhor compreensão. O Intelecto, a Emoção e o Pensamento Inconsciente foram convertidos em deidades ou demônios a fim de que, como Fausto, pudéssemos conhecê-los melhor; tratar com eles; converter-nos neles. As antigas culturas não adoravam a ídolos. Suas estátuas de deuses representavam estados ideais aos quais alguém podia aspirar através de uma constante meditação sobre os mesmos.

      A ciência demonstra que na realidade física jamais existiu uma sereia, um Krishna de pele azul ou uma concepção virginal. Contudo o pensamento é real, e o domínio do pensamento é o único lugar no qual os deuses indiscutivelmente existem e manejam um tremendo poder. Se Afrodite fosse um mito e o Amor tão somente um conceito, isso negaria, então, os crimes, as bondades e as canções realizadas em nome do Amor? Se Cristo tivesse somente sido ficção, uma Ideia Divina, isso invalidaria a mudança social inspirada por sua ideia, faria menos terríveis as guerras religiosas? Ou converteria a superação humana em algo menos real, menos sagrada?

      O mundo das ideias é em certos sentidos mais profundo e mais autêntico do que a realidade; é a televisão sólida menos significativa do que a ideia de televisão. As ideias, diferentemente das estruturas sólidas, não perecem. Permanecem imortais, imateriais e onipresentes, como todo o Divino. As ideias são uma paisagem dourada e selvagem pela qual vagamos ignorantes e carentes de mapa. Cuidado: em última instância a realidade pode ser exatamente o que pensamos que ela é.''

- Escrito para “London Weekend Television” em julho de 1998.

Liber O vel Manus et Sagitae

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A.·. A.·.
Publicação em Classe B.
Imprimatur:
D.D.S. Praemonstrator
O.S.V. Imperator
N.S.F. Cancellarius

I


      1. Este livro é facilmente mal compreendido; é pedido aos leitores valerem-se das mais minuciosas críticas ao estudá-lo, assim como fizemos em sua preparação.

      2. Neste livro é falado das Sephiroth e dos Caminhos, de Espíritos e Conjurações; de Deuses, Esferas, Planos, e muitas outras coisas que podem existir ou não.

      É irrelevante se elas existem ou não. Pois fazendo certas coisas, certos resultados seguirão; estudantes devem ser seriamente advertidos a evitar atribuições de realidade objetiva ou validade filosófica a qualquer uma delas.

      3. As vantagens a serem obtidas delas são as seguintes:

         a. Uma ampliação do horizonte mental.
         b. Um aperfeiçoamento do controle da mente.

      4. O estudante, se obter qualquer tipo de sucesso nas práticas que se seguem, será confrontado por coisas (ideias ou seres) deslumbrantes ou terríveis demais para serem descritos. É essencial que permaneça o mestre de tudo que vê, ouve ou concebe; ou será escravo de ilusões e vítima da loucura.

      Antes de iniciar tais práticas, o estudante deve ter boa saúde, e ter obtido algum domínio em Asana, Pranayama e Dharana.

      5. Existe algum perigo, de que qualquer estudante, por mais estúpido que seja, obter algum resultado; porém há um grande perigo que ele seja desviado, obcecado e dominado por seus resultados, mesmo que ainda seja por aqueles resultados os quais fossem necessários que ele alcançasse. Frequentemente, além disso, ele confunde o primeiro lugar de descanso com o objetivo, e retira sua armadura como se ele fosse vitorioso antes que a luta tenha começado.

      É desejável que o estudante nunca dê a quaisquer resultados a importância que a princípio pareçam possuir.

      6. Primeiro, que ele considere o Livro 777 e o seu o uso; a preparação do Ambiente, o uso de Cerimônias Mágicas; e finalmente os métodos que aparecem no Capítulo V “Viator in Regnis Arboris” e no Capítulo VI “Sagitta trans Lunam”.

II

      1. O estudante PRIMEIRAMENTE precisa obter um conhecimento profundo do Livro 777, especialmente das colunas i., ii., iii., v., vi., vii., ix., xi., xii., xiv., xv., xvi., xvii., xviii., xix., xxxiv., xxxv., xxxviii., xxxix., xl., xli., xlii., xlv., liv., lv., lix., lx., lxi., lxiii., lxx., lxxv., lxxvii., lxviii., lxxix., lxxx., lxxxi., lxxxiii., xcvii., xcviii., xcix., c., ci., cxvii., cxviii., cxxxvii., cxxxviii., cxxxix., clxxv., clxxvi., clxxvii., clxxxii.

      Quando essas estiverem memorizadas, o estudante começará a compreender a natureza dessas correspondências.

      2. Se nós tomarmos um exemplo, o uso da tabelas ficará mais fácil.

      Suponhamos que você desejasse obter o conhecimento de alguma ciência obscura. Na coluna XLV, linha 12, você encontrará “Conhecimento das Ciências”.

      Agora, procurando na mesma linha 12 nas outras colunas, verificará que o Planeta correspondente é Mercúrio, seu número oito, suas figuras lineares o octógono e o octagrama, o Deus que rege aquele planeta, Thoth, ou no simbolismo hebraico Tetragrammaton Adonai e Elohim Tzabaoth, seu Arcanjo Raphael, seu Coro de Anjos Beni Elohim, sua Inteligência Tiriel, seu Espírito Taphtatharath, suas cores Laranja (pois Mercúrio é a esfera da Sephirah Hod, 8), Amarelo, Púrpura, Cinza e Índigo fundido com Violeta, sua Arma Mágica a Baqueta ou Caduceu, seu Perfume Mástique e outros, suas plantas sagradas Verbena e outras, suas jóias a Opala ou Ágata, seu animal sagrado a Serpente, etc., etc.

      3. Você deverá preparar seu Local de Trabalho de acordo. Num círculo laranja, você deverá desenhar uma estrela de oito pontas amarela e em cada ponta, uma vela. O Sigilo do Espírito (que deverá ser encontrado nas obras de Cornélio Agrippa ou em outros livros) você desenharia nas quatro cores indicadas com quaisquer outros artifícios conforme sua experiência possa sugerir.

      4. E assim por diante. Nós não podemos aqui entrar em detalhes em todas as preparações necessárias para o ritual; e o estudante as achará em várias obras, das quais a “Goetia” talvez seja o melhor exemplo.

      Estes rituais não deverão ser simplesmente imitados; pelo contrário, o estudante não deverá fazer nada em um assunto que não entenda; porém, se ele for capacitado, perceberá que sua própria base ritualística é mais eficientes do que aqueles rituais pomposos, desenvolvidos por outras pessoas.

      O propósito geral de toda essa preparação é a que se segue:

      5. Uma vez que o estudante é um homem cercado de objetos, se desejar tornar-se mestre de uma determinada ideia, deve fazer com que todos esses objetos materiais em volta sugiram diretamente tal ideia. Assim, no ritual citado, se seu olhar direciona-se às luzes, seu número sugere Mercúrio; se ele sente o perfume, novamente é remetido a Mercúrio. Em outras palavras, toda a ritualística e todo aparato mágico é um complexo sistema mnemônico.

      [A importância disso reside principalmente no fato de que um conjunto particular de imagens que o estudante possa encontrar em suas viagens corresponde a determinadas figuras lineares, nomes divinos, etc., e são controladas por ele. Quanto à possibilidade de produzir resultados externos à mente do vidente (objetivos no sentido comum da aceitação do termo) nós não nos pronunciaremos].

      6. Existem três importantes práticas conectadas a todas as formas de cerimônia (e os dois Métodos que discutiremos posteriormente). Estas são:

         a. Assunção de Formas-Deus.
         b. Vibração dos Nomes Divinos
         c. Rituais de “Banimento” e “Invocação”.

      Estes, de qualquer modo, deverão ser dominados antes dos perigosos Métodos dos Capítulos V e VI serem tentados.

III

      1. As Imagens Mágicas dos Deuses do Egito deverão ser bem familiarizadas. Isso pode ser feito estudando-as em museus públicos, ou em livros que sejam acessíveis ao estudante. Elas deverão ser desenhadas por ele até memoriza-las.

      2. O estudante então, sentado na posição do “Deus” ou na atitude característica da Deidade desejada, deverá imaginar seu próprio corpo coincidindo com a imagem do Deus, ou sendo envolvido por ela. Isso deve ser praticado até alcançar a maestria visual da imagem, e uma identificação com ela e com a do Deus experimentada.

      Infelizmente não existem testes para verificar se o estudante obteve sucesso nessa prática.

      3. A Vibração dos Nomes Divinos. Como mais uma maneira de identificar a consciência humana com essa porção pura que o homem invoca a partir do nome de algum Deus, que ele haja da seguinte maneira:

      4.
         a. Com os braços abertos
         b. Inspire profundamente pelas narinas, imaginando o nome do Deus entrando junto com o ar.
         c. Que o nome desça lentamente, passando pelos pulmões até o coração, o plexo solar, o umbigo, os órgãos reprodutores, até os pés.
         d. No momento em que o nome parece tocar os pés, rapidamente avance a perna esquerda uns trinta centímetros, inclinando o corpo para frente, e que as mãos (passando por trás dos olhos) sejam esticadas para frente, ficando na posição do Deus Hórus, ao mesmo tempo imaginando o Nome passando rapidamente pelo nariz juntamente com o ar que estava preso no pulmão. Tudo isso deve ser feito com a maior força possível.
         e. Então recue a perna esquerda e coloque e acomode o dedo indicador direito sobre os lábios, ficando na posição característica do Deus Harpócrates.

      5. Um sinal de que o estudante obteve sucesso, será o de sentir-se exausto ao emitir uma única “Vibração”. Isso deverá fazê-lo esquentar-se por todos os lados, ou suar violentamente, e isso deverá enfraquecê-lo tanto que achará difícil permanecer de pé.

      6. Sinal de sucesso ocorrerá quando o estudante perceber que está ouvindo o nome do Deus rugindo em volta, como por virtude de dez milhões de trovões, parecendo como se essa Grande Voz viesse do Universo, e não de si mesmo.

      Em ambas as práticas acima, toda consciência de qualquer coisa além da Forma e Nome Divinos, deve ser obliterada; e quanto mais tempo levar para as percepções normais voltarem, melhor.

IV

      1. Os Rituais do Pentagrama e do Hexagrama devem ser memorizados. São da seguinte maneira:

Ritual Menor do Pentagrama

         i. Tocando a testa, diga: Ateh (A Ti),
         ii. Tocando o peito, diga: Malkuth (O Reino),
         iii. Tocando o ombro direito, diga: ve-Geburah (e o Poder),
         iv. Tocando o ombro esquerdo, diga: ve-Gedulah (e a Glória),
         v. Juntando as mãos no peito diga: le-Olahm, Amen (para as Eras Amén).
         vi. Virando para o Leste, faça um pentagrama (o da Terra) com a arma apropriada (geralmente a Baqueta). Diga (vibrando): I H V H H.
         vii. Virando para o Sul, faça o mesmo, porém diga: A D N I.
         viii. Virando para o Oeste, faça o mesmo, porém diga: A H I H.
         ix. Virando para o Norte, faça o mesmo, porém diga: AGLA.
Pronuncie: Ye-ho-wau, Adonai, Eheieh, Agla.
         x. Estendendo os braços em forma de cruz, diga:
         xi. A minha frente Raphael;
         xii. Atrás de mim Gabriel;
         xiii. A minha direita, Michael.
         xiv. A minha esquerda, Auriel;
         xv. Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas,
         xvi. E na Coluna do Meio a Estrela de seis raios.
         xvii. Repita de (i) a (v), a “Cruz Cabalística”.

Ritual Maior do Pentagrama

      Os Pentagramas são traçados no ar com a espada ou outra arma, os nomes ditos em voz alta, e os sinais são usados conforme ilustrado.

Pentagramas do Espírito

      Os Sinais do Portal: Estenda as mãos para frente, palmas viradas para fora, separe-as como se fosse num ato de abrir um véu ou cortina (ativos), e então junte-as como se estivesse fechando e deixe-as descansar ao lado do corpo (passivos).

      (O Grau de “Portal” é particularmente atribuído ao elemento do Espírito; se refere ao Sol; os caminhos de ס , נ e ע são atribuídos a esse grau. Ver “777”. linhas 6 e 31).

      Nomes:
      - Equilíbrio dos Ativos - AHIH (Eheihe)
      - Equilíbrio dos Passivos - AGLA

Pentagramas do Fogo

      Os sinais de 4° = 7°. Levante os braços acima da cabeça, unindo os indicadores e polegares das mãos formando um triângulo.

      (O Grau de 4° = 7° é particularmente atribuído ao elemento Fogo; se refere ao planeta Vênus; os caminhos de ק , צ e פ são atribuídos a esse grau. Para outras atribuições, ver “777”, linhas 7 e 31).

      Nome - ALHIM

Pentagramas da Água

      O sinal de 3° = 8°. Erga os braços até que os cotovelos fiquem na mesma linha dos ombros, trazendo as mãos à frente do peito, tocando os polegares e os dedos indicadores formando um triângulo de cabeça para baixo.

      (O Grau de 3° = 8° é particularmente atribuído ao elemento Água; se refere ao planeta Mercúrio; os caminhos ר e ש são atribuídos a esse grau. Para outras atribuições, ver “777”, linhas 8 e 23).

      Nome - AL (El)

Pentagramas do Ar

      O sinal de 2° = 9°. Erga os braços para cima e para fora, os cotovelos dobrados em 90º com as mãos dobradas para trás e as palmas para cima como se estivesse suportando peso.

      (O Grau de 2°=9° é particularmente atribuído ao elemento Ar; refere-se à Lua; o caminho de ת está atribuído a esse grau. Para outras atribuições, ver “777”, linhas 9 e 11).

      Nome - IHVH (Iod -Rê - Vô - Rê)

Pentagramas da Terra

      O sinal de 1°=10°. Avance o pé direito à frente, estique a mão direita para cima e a frente, a mão esquerda para baixo e para trás com as palmas abertas.

      (O Grau de 1°=10° é particularmente atribuído ao elemento Terra. Ver “777”, linhas 10 e 32).

      Nome - ADNI (Adonai)

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Ritual Menor do Hexagrama

      Este ritual deve ser feito após o “Ritual Menor do Pentagrama”.

      ( I ). De pé, com os pés juntos, braço esquerdo ao lado direito através do corpo, segurando o bastão ou outra arma mágica em pé na linha do meio. Vire para o Leste e diga:

      ( II ). I.N.R.I.
              Yod, Nun, Resh, Yod.
              Virgem, Isis, Mãe Punjante.
              Escorpião, Apophis, Destruidor.
              Sol, Osiris, Assassinado e Ressucitado.
              Isis, Apophis, Osiris, IAO.


      ( III ). Estenda os braços na forma de cruz e diga: "O Sinal de Osíris Assassinado".

      ( IV ). Levante o braço direito, fazendo um ângulo de 90º e o braço esquerdo apontado para baixo com o cotovelo elevado virando a cabeça sobre o braço esquerdo com a visão acompanhando este braço e diga: "O Sinal do Luto de Ísis".

      ( V ). Estique os braços para cima mantendo-os abertos e ós pés juntos, com a cabeça para trás e diga: "O Sinal de Apophis e Typhon".

      ( VI ) Cruze os braços sobre o peito, saudando com a cabeça e diga: "O Sinal de Osíris Ressuscitado".

      ( VII ) Estenda novamente os braços como em (III) e cruze-os novamente como em (VI) dizendo: "L.V.X., Lux, a Luz da Cruz"

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      ( VIII ) Com a arma mágica trace o Hexagrama do Fogo no Leste dizendo: "ARARITA" ( אראריתא ).

      Esta Palavra consiste das iniciais de uma sentença que significa: "Um é o seu início; Uma é sua Individualidade; Sua Permutação é Una".

      Esse hexagrama consiste de dois triângulos equiláteros com ambos os ápices apontando para cima. Comece do topo do triângulo mais alto e trace-o numa direção de rotação à direita. O topo do mais baixo, deverá coincidir com o centro do mais alto.

      ( IX ) Trace o Hexagrama da Terra no Sul dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o ápice do triângulo mais baixo apontando para baixo, devendo ser capaz de ser inscrito num círculo.

      ( X ) Trace o Hexagrama do Ar no Oeste dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama é como o da Terra, porém suas bases coincidem, formando um diamante.

      ( XI ) Trace o Hexagrama da Água no Norte dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o triângulo mais baixo colocado acima do mais alto com seus ápices coincididos.

      ( XII ). Repita ( I - VII ).

      O Ritual de Banimento é idêntico, salvo as direções dos Hexagramas que devem ser invertidas.

Ritual Maior do Hexagrama

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      Para invocar ou banir planetas ou signos zodiacais.

      Apenas o Hexagrama da Terra é usado. Desenhe o hexagrama, começando da ponta que é atribuída ao planeta com o qual você está lidando. (Ver “777”, col. lxxxiii).

      Deste modo, para invocar Júpiter, comece da ponta direita do triângulo que aponta para baixo, gire no sentido horário, e complete então trace o triângulo que aponta para cima de sua ponta esquerda e complete.

      Trace o sigilo astrológico do planeta no centro de seu hexagrama.

      Para o Zodíaco use o hexagrama do planeta que rege o signo que você precisa (“777”, col. cxxxviii); mas desenhe o sigilo astrológico do signo, ao invés do sigilo do planeta.
Da Caput e Cauda Draconis use o hexagrama lunar com sigilo ☊ ou ☋.

      Para banir, inverta o hexagrama.
Em todos os casos, use a conjugação primeiro com o nome ARARITA e o seguinte com o nome do Deus correspondente ao planeta ou signo pertinente.

      2. Esses rituais deverão ser praticados até as figuras desenhadas aparecerem flamejantes, e tais chamas tão reais, que um espectador possa vê-las. Algumas pessoas alegam ser capazes de tocar fogo em gravetos através deste ritual. Verdade ou não, esse tipo de capacidade não deve ser almejada.

      3. O sucesso em banir, é descrito como uma sensação de limpeza na atmosfera e em invocar, de santidade. Esses termos são muito vagos.

      Mas ao menos esteja certo de uma coisa: qualquer figura imaginária obedecerá a vontade do Estudante se ele usar a figura apropriada. Em casos de obstinados, a imagem do Deus poderá ser assumida.

      4. Os Rituais de Banimento deverão ser usados no início de qualquer cerimônia. Em seguida, o Estudante deverá usar uma invocação geral, como "A Invocação Preliminar da Goetia", bem como qualquer outra que seja da vontade do magista.

      5. Sucesso nas invocações é uma difícil questão. O Estudante deve se valer de seu bom senso na avaliação do ocorrido.

V

      1. O estudante estando descansado, após ter banhado-se e trajado-se de acordo, deve escolher um local de trabalho livre de qualquer distúrbio, fazendo as devidas purificações ambientais através dos rituais de banimento e invocação e, ao final, acender um incenso.

      2. Ele deve imaginar sua própria imagem (usando o robe e as armas mágicas apropriados) envolvendo seu corpo físico ou próximo e em frente a ele.

      3. Ele então deve transferir sua consciência para a imagem, fazendo com que passe a ver pelos olhos dela, assim como ouvir com seus ouvidos.

      4. Ele então deve imaginar a imagem elevando-se no ar até bem acima da Terra.

      5. Ele então deve parar e olhar em volta (parece difícil abrir os olhos).

      6. Provavelmente verá figuras se aproximando ou percebendo alguma paisagem.

      7. Ele então deve mover-se à vontade, ainda que com ajuda ou não da(s) figura(s).

      8. Ele então deve empregar tais invocações especiais ao aparecer o lugar que queira visitar.

      9. Ele deve estar precavido contra milhares de ataques e engodos que acontecerão, por isso deve testar cuidadosamente a veracidade daquilo que dizem a ele, não importa quem. Assim, um ser hostil pode aparecer de forma gloriosa, o pentagrama apropriado deverá fazer com que murche ou se deteriore.

      10. A prática tornará o estudante infinitamente cauteloso nesses assuntos.

      11. É mais fácil voltar ao corpo, do que sair dele porém, a prática, torna a imaginação mais fértil. Por exemplo, você pode imaginar uma carruagem flamejante puxada por dois cavalos brancos, levando-o além da Terra. Pode ser perigoso ir muito longe ou permanecer num lugar por muito tempo; a fatiga deve ser evitada.

      12. Finalmente, que o estudante faça seu corpo físico coincidir com aquele seu que estava viajando, estique os próprios músculos, inspirando corretamente, colocando o dedo indicador nos lábios. Então deixe-o despertar por sua vontade e registre séria e acuradamente suas experiências.

      Acrescente que essa aparentemente complicada experiência é fácil de se realizar. É melhor aprender a "viajar" com uma pessoa já experiente no assunto. Dois ou três experimentos desse tipo devem ser suficientes para tornar o estudante confiante e expert.

VI

      1. O experimento anterior possui pequeno valor, levando a poucos resultados. Porém é suscetível a um desenvolvimento que resulta em uma forma de Dharana, concentração, e como tal, pode levar a fins muito mais elevados. A principal utilização das práticas dos últimos capítulos é familiarizar o estudante com qualquer tipo de obstáculo e ilusão, para que ele possa então ter perfeito controle de cada pensamento que possa surgir em sua mente, descartando-a e alterando-a a qualquer fim necessário à sua vontade.

      2. Ele então deve começar exatamente como antes, porém com a mais intensa solenidade e determinação.

      3. Ele deve ser muito cuidadoso em fazer com que seu corpo imaginário erga-se exatamente na perpendicular à tangente da terra do ponto onde seu corpo físico está situado (ou colocá-lo o mais simplesmente possível, retilíneo e subindo).

      4. Em vez de parar, que ele então continue a elevar-se até a fadiga tomar conta. Se ele achar que parou, sem vontade de continuar, aparecendo figuras em volta, deve a todo custo elevar-se mais acima delas.

      5. Ele então deve continuar até quando existir o alento da vida. Seja qual for a ameaça e engodo, mesmo sendo Typhon e todas as suas hostes vindos das covas contar o estudante, ainda que viesse do Trono do próprio Deus uma voz ordenando-o que permaneça no lugar e contente, deve sempre lutar.

      6. Por último, chega um momento em que todo seu ser está imerso em fadiga, vencido por sua própria inércia. Deixe-o mergulhar (quando não mais poder ele lutar, ainda que sua língua esteja mordida pelo esforço com o sangue escorrendo pelas narinas) nas trevas do inconsciente para então, na chegada a si mesmo, registrar acurada e soberbamente, tudo que ocorrera, sim tudo que ocorrera.

Nota de Keron-E:

      Therion, baseado na obra da Golden Dawn, desenvolveu outra versão do hexagrama, o Hexagrama da Besta, ou Unicursal. A diferença do tradicional é a facilidade em ser desenhado de uma só vez, sem quebrar o movimento, como o Pentagrama. Ele segue as mesmas distribuições na Árvore da Vida que a versão tradicional, incluse a troca de Daäth por Binah no ápice da figura:

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     Normalmente é representada com uma rosa no meio, símbolo de Thiphareth. Pode ser considerada a forma thelêmica do hexagrama.

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Fonte: www.ordoaa.com.br/arquivos/ht/libri/libri_6.htm