OS PARAÍSOS ARTIFICIAIS

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Em 1949, quando foram estabelecidas em laboratório as semelhanças bioquímicas entre a mescalina, extraída de um cacto, e a adrenalina, as atenções do mundo científico voltaram-se para um tipo de produto desde então chamado alucinógeno (ou alucinogênico), que tinha como principal propriedade produzir estranhas e coloridas alucinações em quem o experimentava. Neurologistas, químicos, psicólogos e psiquiatras resolveram juntar seus esforços nessa pesquisa e alguns anos depois os primeiros resultados começaram a ser colhidos. Falava-se na mescalina há já meio século e cientistas do renome de Weir Mitchell, Havelock Ellis e Jaensch, haviam feito referências à substância que era obtida do peiote, um cacto muito comum em algumas regioes do México, utilizado há milênios pelos índios, em suas cerimônias religiosas.
Em 1938 Hofmann sintetizara, nos laboratórios Sandoz, na Suíça, uma substância a que chamará LSD-25, ácido lisérgico dietilamido, derivado da ergotina, semelhante à mescalina e à adrenalina quanto a alguns efeitos. Os estados psíquicos de seus tomadores aproximavam-se muito dos sintomas da esquizofrenia e isso fascinava os cientistas. Da adrenalina extraíram o adrenocromo, também de efeitos semelhantes, e pouco depois noticiava-se que da casca da banana era possível obter um outro alucinógeno. Mas enquanto os cientistas se absorviam em pesquisas, suas descobertas começaram a ser usadas - nos lugares mais inesperados, como universidades e colégios internos - para fabricar sonhos coloridos.


* Lizza Bathory: Esse post inicia uma série sobre os efeitos do lsd, esse e os demais texto fazem parte do Livro "Grandes Enigmas da Humanidade" de Luís Carlos Lisboa e Roberto Pereira de Andrade, da Editora Círculo do Livro.

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