O desenho com tinta nanquim é um dos meios mais antigos de expressão visual do homem; de fato, os chineses fabricam tinta preta desde 2500 a.C. Atualmente existem tintas tipo nanquim à prova de água (permanentes) e solúveis, adequadas a diferentes estilos de desenho e a vários tipos de caneta.
Entre os diversos implementos que você pode usar para aplicar tinta tipo nanquim sobre o papel, muitos são originários da Antiguidade. Através dos tempos, a engenhosidade do homem produziu varetas mergulháveis em tinta, penas cortadas e modeladas, e caniços cortados, sem falar na caneta de bambu usada durante séculos pelos chineses e até hoje preferida por muitos artistas.
O trabalho com caneta e tinta tipo nanquim é direto e muitas vezes sem retorno: depois que foi feita uma marca no papel, é muito difícil (e às vezes impossível) apagá-la; portanto, não há lugar para indecisão. O ideal é contar com a audácia e segurança para saber o que você vai colocar no papel, antes de começar.
Seja ele dinâmico e audacioso ou delicado e rendilhado, o desenho a tinta provoca um impacto direto, vivo. Os tons são produzidos com linhas ou hachuras – sobrepondo-as ou variando o espaço entre elas para criar gradações de claro e escura.
Embora isso possa parecer uma limitação, muitos desenhos a tinta não apresentam mais do que dois ou três tons distintos. Veja no desenho* acima, por exemplo, como o artista consegue produzir mr tons simplesmente variando o tipo, o comprimento, a intensidade, a densidade e a direção dos traços.
* Arco della Conca, Itália, de Arthur L. Guptill. Pena e tinta sobre papel.
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