CORPOS DE VELHINHAS

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Aqueles corpos de duas lésbicas velhinhas sempre boiavam em qualquer asfalto aonde decidisse deslizar seu carro. A lembrá-lo. A lembrá-lo. A lembrá-lo. Mas ele não as jogou na avenida. 
No entanto, elas faziam questão de acusarem-no, aparecendo nuas, com veias azuis à mostra. 
Desde o seu arrependimento, tal acontecia; começaram a explicitar a sua nudez, fantasmas exibicionistas. E jurava, ele não curtia mais LSD, cocaína, revistas eróticas, nem velhinhas como as....que o criaram.
Na sua aldeia, era o único menino que tinha mães lésbicas.
No começo, tinha até orgulho.
Um orgulho que lhe surgiu junto ao ódio que sentia de todos os outros que lhe zombavam.
Uma dificuldade foi começar a namorar.
Tinha bloqueios na fala. Era chegar perto das meninas e o pau da barraca subir. Bloqueando o verbo naturalmente.
Quando passou a faturar algum, começou a pagar meninas plumitivas para que lhe permitissem acariciá-las. Gostava de alisá-las. Chamava-as, ora de Lili, ora de Mimi. O nome de suas progenitoras.
Depois de um tempo, começou a contratar para que pudesse esbofeteá-las. Chamava-as, ora de Mimi, ora de....isso: Lili.
Foi assim, graduando, graduando, até que chegou a contratar velhinhas parecidas com suas mães, para masturbá-lo. Chamava-as......isso mesmo.
Duas dessa velhinhas não desgrudaram mais. Sempre prontas ao prazer.
Chegaram quase a concorrer com suas mães. Foi quando decidiu assassiná-las. Não as contratadas. Mas sim as mães Mimi e Lili.
Preferiu ficar com as outras, mais úteis, segundo pensava.
Mas não matou suas progenitoras no asfalto. Lembrava perfeitamente. Esperou que ficassem nuas, no rala e rola.

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