Targélia novamente celebrada na Grécia

      O antigo festival pagão da Thargelia está mais uma vez sendo comemorado publicamente na Grécia por membros do Supremo Conselho Nacional dos Gregos (YSEE), um grupo que trabalha para restaurar as tradicionais religiões politeístas da Grécia.

      Esta não é a primeira vez que membros do YSEE celebraram a Thargelia, uma celebração em homenagem aos deuses Ártemis e Apolo. A Thargelia foi comemorada em 17 de maio, o que corresponde aproximadamente ao sexto dia do mês Thargelion do antigo calendário ateniense. Na Atenas pré-cristã, a festividade ocorria ao longo de dois dias. Ela era focado em expurgar as coisas ruins, como as doenças que afetam os seres humanos ou culturas, e atrair coisas boas, tais como crianças saudáveis ​​e a primeira colheita da cevada.

      Os rituais ocorreram próximo a Atenas, no sopé do Monte Parnitha e na ilha grega de Rhodes. Cerca de 60 pessoas participaram do ritual em Atenas, enquanto um grupo muito menor compareceu a Rhodes. Vlassis G. Rassias, sacerdote de Zeus e Apolo, e Secretário-Geral da YSEE, disse que a presença em um ritual da YSEE pode variar de 50 a 200 pessoas.

      Este ritual começou com uma procissão até o local sagrado, liderada por duas jovens carregando flores, que simbolizam o bem que a comunidade gostaria atrair. Durante os tempos antigos, estas duas crianças seriam gêmeos em honra dos gêmeos divinos de Zeus e Leto, Artemis e Apolo. Nos banners, o símbolo ΣΥΛΛΑΤΡΕΙΑ, o que significa reverência aos dois deuses, é visto. Outras imagens importantes para os gêmeos incluem um tripé apolíneo (Apollonian tripod) entre as luas crescentes Ártemis.

      Os participantes vagamente se reunem ao lado do altar. O sacerdote então declara o altar como operacional e protegido, e, em seguida, o fogo é aceso no altar.

      Ártemis e Apolo são homenageados com hinos e orações. Então libações de azeite e vinho são derramadas. Os membros da comunidade também são convidados a colocar ofertas sobre o altar. Finalmente, o desejo central da comunidade é dito aos Deuses, todos agradecem e saudam, em seguida, o ritual se encerra.

      Como todo o ritual é considerado sagrado e espiritual do primeiro até o último instante, por vezes, "lágrimas vêm aos olhos dos recém-chegados em muitos momentos durante toda a cerimônia", disse Rassias. Ele explicou que o esquema básico do ritual, que é diferente do que a maioria dos pagãos e wiccanos americanos estão familiarizados, permanece praticamente inalterado desde os tempos clássicos.

      Rassias disse: "Nossa esboço ritualístico nos foi dado pelas pessoas que trouxeram a Religião Helênica para nossos tempos, através das eras obscuras de perseguições, desde o final dos mistérios de Elêusis e o encerramento de nossas escolas filosóficas de Jorge Gemisto Pletão, Marullus Tarchaniotis e 'Stradiotti' e, em seguida, passando por nossas sociedades secretas do século XVIII no norte da Itália e nas Ilhas Jônicas". Segundo ele a religião étnica Helênica, comumente chamada Hellenismo nos EUA, teve uma existência contínua da Antiguidade Tardia até os dias atuais. E se diz grato por tais práticas nunca terem sido totalmente erradicadas pela igreja cristã.

      O YSEE tem muitos rituais públicos para apoiar sua missão de reviver a religião étnica grega e apoiar os direitos das pessoas que praticam a religião, na Grécia e no estrangeiro. Eles têm grupos, principalmente, na Grécia, mas também têm um braço ativo em Nova York.

      Para ver vídeos de outros rituais pagãos realizadas na Grécia por Labrys, outra organização helênica tradicional, clique aqui.

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[As fotos usadas neste artigo são de Irakis Patramanis, Yiannis Bantekas e Costas Kehagias.]

Fonte: The Wild Hunt.