CONDENADO

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Catava conchas na areia dos olhos.
Deixava-os flutuar como barcos
Á deriva no canal das retinas.
Vê-la era como nascer
Nas águas de novo.
Me fiz perguntas ao quadrado, lendo-a,
Enquanto crescia o amor no útero salgado dos dias.
E acima das águas disso o Mito Supremo Dela.
Me pus sem julgar-me no mar profundo do tempo,
Sem verdades prontas aos seus pés de folhas.
Sangrando-me veias de afeto no jardim.
Um punhado de poesia eu colhera
Ao círculo de Gaia, a Desprezada.

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