As rochas das ilhas da memória,
As ondas sobre elas,
A força natural das espumas,
O limo, as estrelas afixadas nos pés,
Ao longe, navios e barcos na névoa,
Onde crenças antigas em
decadência
Armavam cordas de algas
ontológicas,
Sobre as orlas das ondas,
o sangue do pai, a me chamar,
ao último acordo, braço da morte,
garganta de verdades dissolutas,
Sobre as orlas das ondas,
o sangue do pai, a me chamar,
ao último acordo, braço da morte,
garganta de verdades dissolutas,
não posso ainda
De grandes narinas sugando o ar,
seus ombros onde carregava o mundo,
De grandes narinas sugando o ar,
seus ombros onde carregava o mundo,
há tempos,
o avô em seus delírios
Um minotauro sorria no rádio,
tentava ganhar o seu pão,
o avô em seus delírios
Um minotauro sorria no rádio,
tentava ganhar o seu pão,
avô dizia, eu acreditava e tia sorria
Na esquina uma puta santa, espiralava um cigarro,
Na esquina uma puta santa, espiralava um cigarro,
perguntei ao pai, ele disse que era borboleta,
que feiticeiros transformaram, por desobediência,
condenando-a às indecisões das esquinas
Pequenos comercializavam drogas
e cantavam com palavras de baixo calão
Pequenos comercializavam drogas
e cantavam com palavras de baixo calão
o hino nacional
Sombras disparavam cifrões arenosos pelos ânus,
Sombras disparavam cifrões arenosos pelos ânus,
avô dizia: prossiga, mas não pisa nas formigas,
As formigas, ah as formigas,
estas não paravam sua faina carregando as folhas,
alheias à metafísica daquele dia
As formigas, ah as formigas,
estas não paravam sua faina carregando as folhas,
alheias à metafísica daquele dia
0 Comentários:
Postar um comentário