A PARTE MAIS LIVRE de natanael gomes de alencar

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Quando eu puxei a sua mão, 

não veio com tudo. 

Só braço direito.

Que escutava toda

a fala dos bombeiros.

Tive de buscar velas e cantores. 

Ao ritmo da canção, 

o braço fora da terra dançou,

enquanto bebíamos vinho,

e comíamos frango e peixe.

O corpo ainda não queria ser salvo,

Beijei a mão e o braço,

pra que o corpo se sentisse

bem-vindo a este mundo quente.

Não foi o suficiente.

É que aquele braço 

era a parte mais livre 

e o corpo entregara os pontos.

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