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Cyber Magia, Por Christopher Penczak

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(Este livro foi escrito em 2001, época em que as formas de comunicação direta através da internet, em sua maioria, eram os chats escritos, de modo que os exemplos de rituais online descritos pelo autor deste texto, estão principalmente baseados e indicados para tal formato. Nos dias de hoje skype, hangouts, etc., permitem uma comunicação mais fluida, não centrada naquilo citado em tal artigo, portanto ao ler este interessante extrato de livro, não penses somente em quão desfasado está, e sim adapte o que o autor descreve para contexto tecnológico atual e assim poderás ver que o que ele conta é, todavia, mais pertinente atualmente do que o foi na época em que foi escrito, não obstante, a base do sistema já estava presente.)

CRIANDO O CYBER TEMPLO

      Uma das chaves na hora de criar uma comunidade é fazer coisas juntos. Os chats e grupos de debate online se adaptam à maioria dos interesses da maior parte das pessoas, porém as que estão involucradas em comunidades mágickas sabem que a celebração e a cerimônia são uma parte importante da comunidade. Se não tens uma comunidade física em teu entorno, então a comunidade online é o único lugar que tens para fazer rituais em grupo.

      Como se pode fazer isto? Se as pessoas não estão na mesma habitação, no mesmo espaço físico, elas podem realmente levar a cabo uma cerimônia? Minha experiência me diz que sim. Sou afortunado por ter uma comunidade em ambos os lados do computador. Tenho participado de maravilhosos grupos de rituais, carinhosos com amigos e familia nos bosques, na praia e no pátio da casa de meus pais. Também tenho tido o prazer de ser parte de meditações mundiais e rituais online com pessoas que entendem e compartilham aspectos sobre mim que aqueles que me rodeiam fisicamente podem não entender. São muitos diferentes e não creio que possa igualá-los de nenhuma forma, porém ambos tipos de experiências têm significado para mim. Todo o meio está saturado com possibilidades mágickas. Já que os rituais online são um formato bastante recente, não há um protocolo real para eles. O céu é o limite, porém a tecnologia tem algumas restrições práticas devido à sua simplicidade.

      A primeira coisa a decidir é se o ritual será realmente online ou simplemente sincronizado através da comunicação online. Se não for online, geralmente se faz um anúncio – incluindo a data, a hora (em vários fusos, assim aqueles que estejam em outras parte do mundo saberão quando deverão participar), e um formato básico, incluindo uma invocação grupal e a intenção do ritual. Muitas “meditações” mundiais invocam a paz durante tempos de guerra e enviam ajuda espiritual para aqueles que estão em zonas de desastres. A informação pode estar impressa e o ritual feito silenciosamente de uma forma muito introspectiva. Os grupos podem se reunir na hora escolhida, ou os individuos podem realizar o ritual separadamente. Inclusive quando trabalhares fisicamente sozinho, te darás conta de que outros ao redor do mundo fazem ecoar teus sentimentos, oxalá, em sincronização. Embora à medida que isto avance, alguns grupos possam reunirem-se online.

      Os rituais online geralmente ocorrem em salas de chat. Assim, todos sabem o que está ocorrendo a cada instante, diferentemente da forma solitária e cega de uma meditação mundial. No chat, vês as palavras cruzando a tela, invocando poderes e energias. Sabes o que cada participante está dizendo e fazendo. Podes escolher teu nivel de participação ativa, seja através do computador ou através da energia mental, emocional e mágicka.

WEB CHAT

      Os passos para organizar qualquer cerimônia são similares, não importa o lugar. Certos detalhes devem ser decididos com antecedência. O primeiro problema a ser superado em qualquer cerimônia, física ou virtual, é quem a organizará. Uma das razões que faz com que os grupos mágickos falhem é a falta de direção e organização. Esta também é uma necessidade fundamental na magia virtual. De outra maneira, as pessoas entrarão e não terão nada o que fazer. É um indivíduo ou uma organização o anfitrião desta cerimônia? Se assim o for, são responsáveis por fazer com que os implicados conheçam a data, hora e toda a informação necessária para entrar na sala de chat.

      A questão seguinte é como conseguir esta informação. A quem vais “convidar” para este ritual? É “somente para os membros” de uma lista de e-mail ou outro grupo de conhecidos? Está aberto a todos os que desejem unirem-se? Se for assim, podes postar a informação em uma lista de e-mail, ou nos grupos de notícias e anúncios, pedindo que as pessoas enviem a mensagem para aqueles que possam estar interessados. Os círculos completamente abertos podem ser difíceis se alguém desejar fazer travessuras e interromper as cerimônias vindo ao chat. Alguém que esteja em desacordo com estas crenças e sinta que todos os participantes são almas condenadas, pode, potencialmente, converter-se em um grande problema. Portanto podes querer considerar algum tipo de processo de filtragem de e-mail, como fazendo com que os interessados escrevam aos organizadores pedindo a informação necessária.

      O assunto posterior é determinar o propósito da cerimônia. É simplemente uma celebração da comunidade, ou um ato mágicko específico? Há uma meta comum, uma oportunidade para manifestar coisas em tua vida pessoal, ou uma meta mais altruísta para o mundo? Nenhuma destas opções é melhor que as outras. Somente são diferentes. Se há uma meta, esta deve ser conhecida por todos os participantes. A preparação do trabalho, tal como preparar os feitiços ou intenções, deve ocorrer antes do ritual.

      O ritual vai ser conduzido por uma pessoa ou um pequeno grupo, enquanto os demais participantes simplemente observam as ações online e prestam apoio espiritual? Todos terão uma parte no ritual, quiçá uma simples resposta às invocações? A divisão do trabalho faz com que todos sintam que estão participando, em lugar de simplesmente observando uma tela. Isto cria uma sensação de comunidade. O ritual será escrito palavra por palavra para que todos saibam o que está ocorrendo, ou os participantes terão um guia geral do ritual porém não especifico? Alguns preferem o mistério de não saber o que virá a seguir, entretanto eu prefiro estar completamente preparado. Se vais participar de rituais online, por favor aprenda a teclar rápido e apropriadamente. Nada é mais frustrante que esperar que alguém tecle a invocação seguinte do ritual. Os atrasos como este podem desacelerar o impulso do ritual e esfumaçar a consciência de grupo. Em muitos sentidos, aprender a teclar é o primeiro requerimento da “netiqueta” para rituais online. Se o ritual estiver completamente escrito, podes simplesmente cortar e pegar o texto antes de enviá-lo ao chat. Desta forma o ato de teclar já não será um problema. Alguns rituais têm forma livre, permitindo a todos os participantes escolher quaisquer palavras e intenções que desejem. Tais rituais são maravilhosos em pequenos e íntimos grupos, todavia em grupos maiores podem tornarem-se um pouco confusos.

      Na primeira vez que te vejas implicado em um grupo online, particularmente se o grupo já funcionava antes de te unires a ele, provavelmente seria melhor, tomares um papel mais passivo na cerimônia para aprender como funcionam as coisas.

      Uma vez que tenhas a informação técnica – como, onde, quando, o formato do ritual, e quem é responsável pelo que – os aspectos mais mágickos da cerimônia podem ser contemplados. Para muitos, a experiência de um ritual online consiste em simplesmente sentar-se em frente a uma tela e ver as mensagens aparecerem. Se tua própria experiência começar desta forma, não te desanimes. De certa forma, para ter uma experiência online muito mágicka, deves ser mais habilidoso na visualização e no trabalho com a energia que para rituais físicos. O verdadeiro coração da experiência é a multitarefa, é ser capaz de fazer mais de uma coisa por vez.

      A maioria de nós visualiza e “vê” com os olhos fechados, usualmente em uma habitação escura. Algumas vezes, se acende uma vela e incenso. Estas são grandes ferramentas para estabelecer o ambiente na magia física e online. Use-as se já o fazes. A ideia de teclar durante um ritual, e observar uma tela ao mesmo tempo, parece distrair a maioria. Como posso fechar meus olhos e “estar assim”? Se és uma pessoa que consegue realizar multitarefas, a resposta é simples. Embora estejas com teus olhos abertos, estás consciente, no olho de tua mente, de estar em outro lugar. Consciente de que parte de tua energia é projetada através do cosmos, ou através da Internet, para unir-se com teus companheiros na cerimônia. A experiência visual pode não ser tão forte como em um transe profundo com os olhos fechados, porém a sensação de estar com outras pessoas em um espaço sagrado é mais importante que qualquer outra coisa.

      Se alguém estiver fazendo a maior parte dos deveres ritualísticos, as palavras reais da cerimônia podem incluir imaginação guiada, como em uma meditação guiada, para que todos os participantes possam focarem-se em uma imagem particular com a qual se conectarão, para alcançar um pensamento coletivo através deste círculo virtual. É útil que os membros visualizem uma rede, uma rede de luz que os conecta. Se estiveres fazendo uma variação do círculo mágicko, os membros podem visualizar o círculo avançando de membro a membro. Se puderes crie uma lista que determine quem está “de pé” ao lado de quem neste círculo virtual. A ordem pode estar baseada alfabeticamente, na ordem de entrada no chat, ou inclusive na localização geográfica, se as pessoas desejarem compartilhar tal informação.

      A imaginação guiada também pode incluir a criação de um templo virtual. Igualmente com a meditação guiada se pode criar um templo astral, uma base de operações por assim dizer, na qual o grupo possa meditar, fazer trabalhos oníricos e conectar-se durante o ritual. Os tecnomantes podem criar templos no espaço virtual, através da imaginação coletiva. Cada membro do grupo deve agregar pensamentos e poder à imagem coletiva. Este pode ser descartado e desmantelado depois da cerimônia, para ser construído de novo, ou mantido para futuros trabalhos. Em muitos sentidos, é justamente como os mais tradicionais espaços compartilhados que existem no plano astral, porém crescendo a partir de sementes plantadas na Internet. Uma vez criados, estes espaços são acessíveis para todos os membros, tanto quando eles estão online fazendo rituais, como quando nos estados mais meditativos ou oníricos.

      O último obstáculo a ser superado é a mecânica da operação mágicka. Se tua intenção não é uma simples celebração da comunidade, e sim um trabalho mágicko com uma meta em mente, necessitarás de um veículo para que o grupo foque e eleve a energia enviando-a à intenção. Esta não é uma tarefa fácil para uma comunidade online. Primeiro, como determinar a mentalização do feitiço? Há um feitiço individual, ou todos querer fazer o seu próprio? Se for individual, todos podem escrever sua intenção (antes do ritual) em um formato similar. Quando chegar o momento de fazer o trabalho, cada pessoa pode enviar a intenção ao chat para que todos a vejam. Então todos focam-se nela e visualizam a meta. A ordem pode ser determinada antes da operação mágicka. Se estás usando o círculo imaginário, simplemente recorra ao círculo. Alguns praticantes estão acostumados a liberar uma intenção nos rituais tradicionais enterrando a intenção ou queimando-a, assim pode ser que necessites de uma ação para liberar o feitiço. Uma forma inovadora para este problema virtual é enviar um e-mail a uma “direção falsa”, uma especialmente disposta para receber tais feitiços ao fim do ritual, através da qual lançarão-nos até o cosmos, lançando literalmente à Internet. Você pode criar um endereço de e-mail para receber estas intenções.

      Para feitiços em grupo, ter um símbolo comum sobre o qual possam focar é muito efetivo. Use técnicas de criação de sigilos para encontrar ou criar um símbolo apropriado. Podes usar programas gráficos para criar o símbolo como um arquivo informático. Desta forma, podes trabalhar em tuas habilidades mágickas assim como, com teu computador, em tua capacidade de desenhar. O símbolo pode ser facilmente compartilhado em uma página Web, fazendo com que todos os membros a visitem antes do ritual e guardem ou imprimam o gráfico. O símbolo também pode ser compartilhado por e-mail em um formato de arquivo comum, geralmente JPEG ou GIF. A maior parte dos navegadores podem ler estes tipos de arquivo sem nenhum problema. Os programas gráficos usualmente te oferecem uma opção GUARDAR COMO, na qual podes escolher um formato apropriado.

      No lugar de teclar tua intenção durante o ritual, simplemente podes enviar o sigilo ao grupo antes do ritual e dizer-lhes que se concentrem no símbolo no momento apropriado durante a cerimônia. Alguns sentem energicamente que todos deveriam conhecer a intenção por detrás do símbolo, pois isso tornaria a magia mais poderosa, enquanto que outros realmente sentem que o desapego pelo resultado é mais efetivo. Sinceramente, ainda que considere o desapego uma ferramenta muito efetiva, tenho dificuldades para participar em uma meta mágicka da qual não estou completamente consciente, a menos que confíe implicitamente no criador. Siga tuas próprias preferências e intuição em tais assuntos.

RITUAL ONLINE

      Este é um exemplo de um ritual online. Use-o como um guia, esboço ou inspiração. Até para os mais experimentados praticantes de magia tradicional, a ideia de rituais online pode parecer espantosa. O que é uma segunda natureza no mundo físico se converte em algo embaraçoso no mundo cibernético. Este exercício foi escrito como um guia, com palavras que podem ser tecladas e compartilhadas em um chat. O ritual pode transcorrer exatamente como está escrito, ou pode ser compartilhado para permitir o contato, criatividade e espontaneidade pessoal. As imagens podem ser uma parte específica do ritual, ou enviadas a todos os membros anteriormente, assumindo que todos visualizaram estas coisas sem necessidade de reenviá-las no chat.

      Para simplificar, os papéis estão divididos em Líder e participantes. O papel do Líder pode, por sua vez, ser subdividido entre um pequeno grupo. Este ritual está baseado no círculo mágicko.

      Líder: Todos se unam momentos para acalmarem-se e concentrarem-se. Acendam algumas velas ou incenso. Organizem e coloquem próximo quaisquer ferramentas ritualísticas ou cristais que achem necessário. Tomem umas poucas respirações profundas e foquem vossa atenção para a tarefa.

      Líder: Criamos este círculo através da Web para nos proteger de todas as forças que venham a ser prejudiciais ao nosso propósito. Pedimos que somente aquelas energias que venham com perfeito amor e perfeita confiança, em completa harmonia com nossas intenções mágickas, entrem neste círculo. Criamos um templo sagrado além do tempo e do espaço, entre os mundos, onde nossas intenções mágickas se manifestarão. Assim seja.

      Participantes: Assim seja.

      Líder: Visualizem o círculo de luz deslocando-se através da Web que nos conecta. Sintam-se conectados por este anel de luz, que se estende ao redor do mundo envolvendo todos os membros, estendendo-se através do mundo.

      Líder: Ao norte, peço ao elemento da terra e aos guardiões das atalaias do norte que estejam conosco, para guardar, guiar e serem testemunhas desta magia. Saudações, sejam bem-vindos.

      Participantes: Saudações, sejam bem-vindos.

      Líder: Ao leste, peço ao elemento do ar e aos guardiões das atalaias do leste que estejam conosco, para guardar, guiar e serem testemunhas desta magia. Saudações, sejam bem-vindos.

      Participantes: Saudações, sejam bem-vindos.

      Líder: Ao sul, peço ao elemento do fogo e aos guardiões das atalaias do sul que estejam conosco, para guardar, guiar e serem testemunhas desta magia. Saudações, sejam bem-vindos.

      Participantes: Saudações, sejam bem-vindos.

      Líder: Ao oeste, peço ao elemento da água e aos guardiões das atalaias do oeste que estejam conosco, para guardar, guiar e serem testemunhas desta magia. Saudações, sejam bem-vindos.

      Participantes: Saudações, sejam bem-vindos.

      Líder: Convidamos a todos os espíritos que venham de uma maneira correta para nossas intenções. Convidamos a nossos Deuses, guias e guardiões pessoais.

      Participantes: (Todos podem individualmente dar boas vindas a seus patronos pessoais teclando o nome de suas deidades ou espíritos.)

      Líder: Neste espaço, criamos um templo. Nosso trabalho hoje é a magia da prosperidade e o templo está repleto com as cores verde, azul e púrpura, para atrair abundância a nossas vidas. O templo está repleto com o mais fino dos luxos, acessórios de ouro e prata, finas sedas e todas as modernas conveniências que podemos desejar. Tudo o que desejamos está neste templo.

      Líder: Enquanto fazemos nosso trabalho mágicko, cada membro, em ordem, enviará ao grupo sua intenção de prosperidade e manifestação. Como grupo, todos enviaremos nossa energia durante uns breves momentos, visualizando o resultado enquanto trabalhamos juntos neste templo.

      Participantes: (Cada pessoa, em ordem, envíará sua intenção ao chat.)

      Líder: Liberamos todas estas intenções para manifestar nosso bem superior, sem prejudicar ninguém no processo. Assim seja.

      Participantes: Assim seja.

      Líder: Nós tomaremos uns breves momentos para concentrar-nos.

      Líder: Damos graças e libertamos todos os seres que estiveram conosco, por ajudar-nos em nosso trabalho.

      Líder: Ao norte, dou graças e libero o elemento da terra e os guardiões das atalaias do norte. Saudações e adeus.

      Participantes: Saudações e adeus.

      Líder: Ao oeste, dou graças e libero o elemento da água e os guardiões das atalaias do oeste Saudações e adeus.

      Participantes: Saudações e adeus.

      Líder: Ao sul, dou graças e libero o elemento do fogo e os guardiões das atalaias do sul. Saudações e adeus.

      Participantes: Saudações e adeus.

      Líder: Ao leste, dou graças e libero o elemento do ar e os guardiões das atalaias do leste. Saudações e adeus.

      Participantes: Saudações e Adeus.

      Líder: Libertamos este círculo através da rede da vida para manifestar nossas intenções. Assim seja.

      Participantes: Assim seja.

O FUTURO DA CYBER MAGIA

      Ninguém pode saber realmente até onde estamos conduzindo tais técnicas ao mundo mágicko. Podem ser simples experimentos abandonados posteriormente em favor de técnicas tradicionais, como parte de um mundo que reaciona contra os avanços tecnológicos. Por outro lado, a cyber magia pode ser o início de toda uma nova revolução mágicka, fazendo-se conhecer coletivamente muitas de suas ideias e técnicas. É simplesmente demasiado cedo para julgarmos.

      Com o avanço da tecnologia da realidade virtual, na qual a mente humana se funde com o mundo informático através de sinais visuais e sensoriais, a ideia de rituais online pode torna-se algo muito mais próximo ao tradicional círculo físico. No espaço virtual, serás capaz de “ver” representações geradas por computador de teus companheiros de pé a teu lado. Quando desenhares um pentagrama de banimento no ar do cyber espaço todos o verão, brilhando em chamas geradas pelo computador. Para aqueles com dificuldades de visualização, isto parece uma façanha surpreendente. Os detratores podem sentir que esta é a mesma razão pela qual tal tecnologia não deveria ser usada. Faz com que nossos “músculos mágickos”, nossa visão interior, se atrofie e deixa com que o computador faça o trabalho por nós.

      Qual a visão correta? Somente o tempo dirá. Pessoalmente, estou dividido entre ver o melhor que ambos os mundos podem oferecer, e o pior. Obviamente, não sinto que a tecnologia seja inerentemente má ou não a usaria. Todas as máquinas, inclusive os computadores, são ferramentas a serem usadas com sabedoria. Nossas modernas ferramentas do século XXI são tão diferentes daquelas dos séculos passados que é difícil seguir a trilha de seus possíveis abusos.

      Outro ponto interessante a ponderar é sobre o meio que estamos usando. Irá a Internet mais além da definição tradicional de uma ferramenta ritualística e crescerá até algo mais? Como trabalhadores mágickos, bruxas e pagãos, personificamos tudo na vida. Tudo está vivo, desde os óbvios espíritos dos animais e árvores, até rochas, nuvens e água. Muitas destas forças naturais são assistidas por deidades, formas divinas culturais responsáveis pelas interações da humanidade com os elementos. Alguns magos veem os Deuses e espíritos como ferramentas, um meio para comunicarem-se com o vasto universo desconhecido. Na exploração da magia da cidade, a cidade em si é personificada como um vórtice vivente de energia, de força vital. Os seres e estruturas que ocupam este espaço também exibem traços de personalidade, de individualidade e de unicidade. Poderia a Internet não exibir esses mesmos traços? Esta nova entidade simplesmente é a encarnação do conhecimento, dos dados brutos de todas as partes e de tudo. Imagine invocar a tal ser. As possibilidades são assombrosas. Conforme a investigação das inteligências informáticas prossiga, o potencial irá além de simples arquétipo, adentrando no reino da possibilidade literal.

      Nossa ficção científica aponta a possíveis mesclas mágickas e tecnológicas, onde ambas as artes são honradas e combinadas. Se a ficção científica é simplesmente um mapa até nossos possíveis futuros, então tal realidade pode existir. Recorde, não obstante, que a ficção científica previu um país controlado pelo “Grande Irmão” em 1984, uma base lunar a toda velocidade pelo espaço repleta de fantásticos alienígenas em 1999. Muito melhor prestar atenção à realidade aqui e agora, e escolher conscientemente o que poderá ser nosso futuro. Não é esse o coração da magia – a criação de teu próprio destino?

(Traduzido para o espanhol por Manon de City Magic e, a partir deste, traduzido para o português por Lizza Bathory)

Introdução à Bruxaria Cibernética — por Mike Morgan

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AVISO: Este manual pode alterar significativamente a sua realidade. O uso do conhecimento deste manual pode ser encarado como perigoso e subversivo pelas autoridades. Proceda com cuidado. Não alarme-se quando as coisas começarem a mudar. Não entre em pânico. A diversão está apenas começando.

      Meus agradecimentos especiais a:
                       Dr. Robert Anton Wilson
                       Dr. Timothy Leary
                       Dr. John Lilly
                       Dr. William Glasser
                       e Antero Alli.

      Estes são os bravos seres que nos oferecem orientação através de momentos emocionantes e/ ou turbulentos. Eles apontam para um mundo melhor para todos os seres humanos e especialmente para os Changelings.

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INTRODUÇÃO À CYBERCRAFT

      Até este ponto da História humana fomos submetidos à beira da desgraça e retornamos com a maioria de nossas partes intactas. Isto é, nossos membros físicos estão razoavelmente saudáveis. Mas nossas mentes, nossa psique, sofreram. E nós estamos correndo rumo ao tempo da mutação. Algumas das mentes humanas já estão em mutação. Estas mentes e os corpos resultantes nos oferecerão um mapa para o nosso futuro.

      O futuro nos chama. Chama-nos como uma silenciosa voz das profundezas primordiais de nossos genes e mentes. As próprias substâncias químicas que compõem os nossos corpos e mentes estão sinalizando uma aproximação do momento de transição. Esta incidirá sobre nós em breve e, se não estivermos preparados para a manifestação dos Changelings, alguns humanos podem muito bem iniciar outra série de caça às bruxas para eliminar esses preciosos e escassos novos humanos. Na verdade, é de interesse dos Quatros Circuitos da Consciência abafar as mutações vantajosas. Caso contrário os Quatro Circuitos serão rapidamente superados.

      Os Changelings podem já existirem. Sua sabedoria os alerta para a possibilidade de perseguição. Os Ocultos fazem bem em manter sua existência desconhecida até o momento do Conhecimento ser atingido.

      Mas todos não se transformarão ao mesmo tempo. Nós temos o dever de criar um cenário no qual aqueles que virão depois de nós possam progredir em direção a resultados positivos. É para tal finalidade que os autores estão criando um cenário para levar os Oito Circuitos da Consciência ao momento de transição.

      Com uma vozinha eletroquímica nós estamos sendo estimulados a comunicar para você as possibilidades da mutação mental vigente. A partir deste breve trabalho amador iremos desenvolver um quadro para ajudar a todos os interessados pelos Quatros Circuitos como caminho para a próxima fase de transição. CyberCraft é um caminho em direção à transição. Ela não é a única via. E, de fato nós provavelmente descobriremos organizações concorrentes. Algumas podem dificultar, outras podem facilitar a transição. De qualquer forma, pedimos apenas para sermos deixados em paz. Nós não estamos prejudicando, somente progredindo. Paz para você e os seus.

      Para isso, lhe apresentamos um quadro viável para abordar a transição. Esse quadro é a CyberCraft. A arte de guiar-se através dos obstáculos para alcançar o ponto de transição.

      Esta é a primeira introdução impressa e explanação da CyberCraft. Em Colorado Springs, em 06 de outubro de 1987, eu fui iniciado em um eclético coven. Anteriormente eu era um ardente cristão nato do Cinturão Bíblico do Sul. Quando eu comecei a descobrir o sistema de crenças cristão, este não satisfez minhas necessidades pessoais. Contudo, após buscas e encontros sincrônicos fui aceito em um intimista grupo de bruxos maravilhosamente interessantes.

      Dois anos mais tarde, em 1989, eu percebi que os mais importantes aspectos do estilo de vida Witchcraft estavam sendo deturpados. A Bruxaria Americana, dentre muitas outras coisas, é uma adaptação de uma forma primitiva de terapia em grupo, de extensão da família, de partilha dos recursos e, o mais importante, a melhor forma de pensamento. Mas, mesmo depois de muitos anos de prática, os iniciados de longa data parecem não compreender a base da Bruxaria Americana.

      Esta é a primeira publicação de CyberCraft, uma atualização da Bruxaria Americana. A CyberCraft não pretende substituir a Wicca ou a Bruxaria. Destina-se a interpretar a metáfora adicional e proporcionar o tempo e energia necessários para outras obras profundamente importantes.

      Isso é pelo menos o que este autor percebe. Eu tenho certeza que vou receber algumas críticas por tentar modificar ou melhorar a Bruxaria Americana.

      Isso traz à tona uma questão muito válida.
Por que tentar modificar a Bruxaria Americana quando ela parece estar indo tão bem? Há muitas razões para isto. Algumas delas são:

⇨ Fornecer um cenário mais amplo para os iniciados trabalharem.

⇨ Acelerar a tendência em direção a algum limiar socio-mágicko.

⇨ Enfatizar os aspectos interessantes da bruxaria.

⇨ Capacitar ainda mais o indivíduo.

⇨ Racionalizar a filosofia.

⇨ Torná-la mais de acordo com a psicologia atual.

⇨ Fundir a cosmologia com a astronomia e física.

⇨ E, finalmente, fornecer um caminho mais razoável — e divertido — de crescimento pessoal.

      Estas são apenas algumas das razões. Também temos o dever de alinhar-nos com o futuro, para proteger e nutrir os novos chegados. Entre nossas crianças virão os Changelings. E se ganharmos o poder de reencarnar propositadamente poderemos nós mesmos, de fato, tornarmos Changelings.

      O primeiro capítulo é a proposta. Esta foi publicada em forma de projeto em vários locais como Cyber Wicca. No entanto, após longa discussão com meu parceiro viemos à conclusão de que Cyber Wicca era um termo muito limitado e não descrevia suficientemente nossos esforços. Portanto esta chega agora em suas mãos como CyberCraft.

      O segundo capítulo é uma descrição dos quatros bio-circuitos inferiores citados por Robert Anton Wilson, aka RAW. Estes circuitos biológicos são extremamente importantes no que se refere à CyberCraft. Eu sinto isso como de importância vital para começar a entender como e por que pensamos o que pensamos e, por conseguinte, o que nos leva a fazer algo.

      O terceiro capítulo é o Darkmoor — algo como Deserto Negro. Anteriormente intitulado como Chapel Perilous — Capela Perigosa —, mas achamos mais interessante chamá-lo de Darkmoor.

      O quarto capítulo é sobre os quatro circuitos superiores. Estes são os modos ou circuitos em direção aos quais todos estamos progredindo. Pela primeira vez senti que temos um mapa inteligente e útil de nossos futuros. A História será escrita em referência ao que Leary e Wilson enquadraram a este respeito. E devido ao semântico tempo da ligação natural da palavra escrita, vamos todos beneficiarmo-nos.

      Há outros artigos além destes. Seu alvo será evidentemente a leitura deles.

      Bem-vindo à CyberCraft. Esperamos que a tradição solidifique-se de forma satisfatória, oferecendo aos participantes muitas vantagens e insights para guiar seus pequenos navios através dos caóticos mares.

Adaptado por Lizza Bathory de Sacred-texts

Bruxaria Cibernética — A Proposta

CyberCraft — Uma metáfora interpretativa

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      Bem-vindo ao Manual da CyberCraft. Nós esperamos que você goste e se beneficie desta pequena exploração da complexo mágicko mente-corpo. Nosso objetivo é ajudá-los a operarem em níveis mais elevados em todos os planos de vida. Não é nosso propósito assistí-los apenas a se sentirem melhor. A bruxaria tem alguns ensinamentos muitos positivos para sua vida. Os autores deste documento esperam interpretar as metáforas trazendo-as para um cenário do fim do século XX que podemos usar como trampolim para o século XXI.

      No entanto, temos fortes forças competindo contra isto. A primeira luta na qual estamos envolvidos é com o complexo mente-corpo. Quem vai controlar nossas mente-corpos? Será que vai ser o Aspirante, alguém à procura de uma vida melhor, ou serão os Controladores, aqueles com o poder e dinheiro para moldar nossas mentes para seus propósitos? Será que vamos nutrir os emergentes Changelings? Ou deixaremos os Perseguidores administrarem o Último Rito de nossa descendência?

      A CyberCraft não se destina a ser um fim em si mesmo. CyberCraft é a arte de viver inteligentemente. Esperamos que ela ofereça ao Aspirante as alternativas necessárias para criar um mundo melhor para se viver. Além disso a CyberCraft é uma metáfora psico-espiritual para o Século XXI. Essa metáfora é baseada na individualização espiritual enquanto outras são baseadas na desindividualização espiritual.

      CyberCraft é a arte de viver que integra processos racionais e irracionais através de estruturas mítico-poéticas principalmente da Wicca, neo-paganismo e outras sistemas de crenças religiosas relacionadas. Incorpora também o conhecimento de novas e emergentes ciências humanas. Princípios da auto-programação ética como os descritos por Timothy Leary, John Lilly, Robert Anton Wilson, Antero Alli e Christopher Hyatt devem ser incorporados nos processos relacionais; aqueles ambientados entre conhecimento solar e lunar. A CyberCraft é uma tradição de auto-modificação. Ela se alterará de acordo com mudanças culturais. A CyberCraft também é uma metáfora psico-espiritual que irá gerar, santificar e venerar as ferramentas necessárias para desfrutar de uma mente e corpo sãos.

      Os autores acima citados ajudam a lançar luz sobre nossos processos de pensamento. Os termos e estruturas que utilizam devem ser considerados como metafóricos. Mas eles fornecem um cenário viável a partir do qual se pode construir um sistema de crenças mais atual e apropriado para nossa época.

      Os seres humanos parecem ter uma necessidade de serem racionais e irracionais ao mesmo tempo. Ao fazê-lo geram alguns problemas e colhem alguns benefícios. Neste ponto da História humana não somos capazes de mensurar magick, nem somos capazes de medir ou sentir o chamado etérico ou astral. Desde que nos seja dado tempo e o interesse ainda exista, poderemos ser capazes de inventarmos uma medida e/ou dispositivos de detecção para tais quantidades indeterminadas.

      Fomentar a prática da dissociação entre mente e corpo tem fragmentado ainda mais separação dos seres humanos. Para a CyberCraft mente-corpo é um complexo, um redemoinho de energia. A mente e o corpo são uma entidade una, inseparável e indivisível.

      É a opinião deste autor que muitos aspectos dos poderes são incompreendidos. Ao longo dos séculos, e em várias culturas, seres humanos têm sobreposto fábulas populares e suas expectativas pessoais no que crêem que são os poderes no quadro de habilidades humanas. E ao fazê-lo uma carga desnecessária tem furtivamente se infiltrado na estrutura do senso-comum. Agora é a hora de olharmos para nossa natureza humana sem a lente turva e danificada da dupla Cristianismo e Patriarcado.

      Seres humanos são animais por definição. A magick humana deve em primeiro lugar ser magick animal. Mas isso significa que nós devemos ficar satisfeitos com uma expectativa animal do que nossas habilidades podem ser? Será que devemos empurrar para trás os limites normais/naturais? Até que ponto?

     O primeiro passo é conhecer a nós mesmos. Será que isto significa conhecer apenas nossos corpos? E nossos desejos? Nossas esperanças, sonhos e aspirações? Que tal nossas mentes? Por que devemos permanecer sem saber por que razão e como pensamos? Sabemos agora? Ou será que apenas achamos sem realmente saber? Qual o papel de conceitos preconcebidos na formulação desta sensação? Como fazer nossas respectivas culturas nos ajudarem a definir a nossa consciência? São estas definições úteis? O que pode ser substituído? Pelo quê?

      É útil focar essas questões na mente humana. Tudo o que posso pensar é pensado com o bio-computador ao qual chamamos de cérebro. Como o cérebro funciona? Esforços investigativos ainda estão em andamento, mas descobrimos que o cerne cerebral é composto de bilhões de feixes de células chamadas neurônios. Cada neurônio pode ter até 10.000 portas de entrada para outros neurônios. Sabemos que a informação é transmitida eletro-quimicamente em cerca de 0,07 volts. Mas nós não sabemos tudo ainda. E poucos de todos nós sabem por que pensamos o que pensamos.

      A CyberCraft deve ser um sistema psico-político-religioso para atender às necessidades dos indivíduos que sintam que é necessário uma abordagem emocional e clássica em suas vidas. Estas necessidades devem ser formatadas em bases de conhecimento solar e lunar, isto é, em modos racionais e irracionais com processos relacionais que foquem no meio do caminho entre eles. Estas devem ser utilizadas para um avanço máximo.

      Os seres humanos estão descobrindo que há apenas uma sutil diferença entre os sistemas políticos e religiosos. De fato sistemas religiosos substituem o chefe tribal ou monarca por um líder desencarnado. Isto facilita a tarefa de governar a população por meio das revelações e mandamentos do desencarnado e inexistente governador. Os seres humanos sempre têm mais medo do que eles não podem ver, entender ou compreender. E nós sempre tememos o punidor invisível; o punidor interior que conhece nossos maiores medos. Consequentemente sistemas religiosos são sistemas políticos de ordem complementar. Os sistemas políticos devem ser considerados sistemas metareligiosos em que as preocupações políticas jazem na base religiosa ou ficam atrás dos interesses religiosos. Sistemas religiosos são sistemas políticos de natureza interna.

      Compreender os nossos pensamentos deve se tornar um pouco mais fácil no âmbito solar e lunar. Adicionalmente muitos outros modos de consciência podem ser analisados, cujo os quais abranjam estes tropos. Estes devem ser designados como os processos relacionais ou relativos.

      Assistência eletrônica e química para modificar a consciência pode ser útil para ajudar a determinar como um indivíduo dirige escolhas eticamente programadas profundamente em sua psique. Mas uma vez que a mensagem foi recebida devemos pendurar o telefone sobre os propulsores químicos. Uma nova geração de Brain Machines está no mercado atualmente. Recentemente tivemos a oportunidade de testar um modelo do tipo sugestivo e áudio-visual. A experiência foi positiva.

      A CyberCraft deve incorporar muitos dos conceitos contidos no Manifesto Humanista II.

      Os humanistas seculares foram pioneiros em muitas ideias valiosamente necessárias para a constante evolução dos ambientes políticos e sociais de hoje. Cibernautas devem expandir alguns conceitos humanísticos com a alta tecnologia em resposta às questões pessoais prementes. E com a aplicação tecnológica em sistemas de serviços humanos podemos fazer a diferença não apenas no nosso cantinho do planeta, mas em outros lugares.

      A CyberCraft deve promover uma nova classe de tecnologia denominada GreenTech. A GreenTech deve ser uma tecnologia que recicla e/ou conserva os recursos naturais da Matrix.

      CyberCraft é um novo sistema psico-espiritual, que é principalmente, um modo de pensar. Pensamento inteligente geralmente leva à vida inteligente. Além disso, a aplicação da CyberCraft na vida mundana deve ser fácil e sem costura. Em vez de puxar o indivíduo para fora do complexo social, deve permitir-lhe integrar-se facilmente com o meio social.

      Todas as estruturas humanas geram a partir da mente humana. Métodos de pensamento ainda mais poderosos são necessários para nos ajudar ao longo do nosso caminho em um ambiente de conhecimento cada vez cada vez mais poluído. Devemos conduzir com nossas próprias mãos as habilidades para tomar decisões racionais, relativas e irracionais sem medo do resultado e obsessão pelo processo.

      A CyberCraft deve tocar o ateu, bem como o religioso, uma vez que incide sobre histórias e estruturas mítico-poéticas e conexões místicas entre o que é e o que não é visto, como oposição às estruturas teóricas dogmáticas. A CyberCraft enfatiza relações acima de religião. Este autor acredita que a maioria das religiões do mundo são baseadas em auto-engano. Este auto- engano é normalmente significativo para suavizar passagens difíceis da vida. Mas devemos ser honestos com nós mesmos. Para nos conhecemos, temos que lidar bem com esses acontecimentos que nos causam tanta dor. Em vez de nos convencermos com bonitos contos de fadas, precisamos trabalhar em harmonia com a nossa natureza. Mas primeiro precisamos saber o que é a nossa natureza. E então, com maior compreensão, poderemos modificar a mesma.

      Os arquétipos da Wicca, paganismo e outros sistemas devem ser tidos como padrões úteis para planejar a experiência humana e as relações entre as várias formas de vida existentes.

      No livro "The Different Drum: Community Making and Peace", Scott Peck cita as seguintes etapas de transição da orientação religiosa.

      Primeiro há uma fase de ingenuidade em que o complexo mente / corpo humano não está programado.

      Depois segue-se uma fase de organização em que o complexo mente / corpo é programado por uma estrutura religiosa aceitável. Após um tempo o indivíduo descobre que a estrutura religiosa foca em caminhos indesejáveis para o seguidor. Esta continua até ser formulada uma maneira de escapar que forneça uma retirada honrosa.

      Algum tempo depois os indivíduos se tornam céticos devido alguma experiência ou um conjunto de experiências. Este estágio é marcado por alguma forma de agnosticismo ou ateísmo. É uma rejeição dos sistemas organizados que tendem a explorar o seguidor para ganhos financeiros e/ou políticos.

      Ainda assim, o indivíduo precisa sentir que faz parte de algo maior do que ele. Inicia-se uma fase mística após um vislumbre de esperança ser visto nos meandros naturais da vida. Geralmente a fase mística tem um toque eclético pois o bio-computador compara seletivamente, aceita e rejeita conceitos e estruturas que são úteis ou não. Esta experiência é intensamente pessoal. Em muitos casos, não há palavras para descrever a experiência.

      Estruturas teóricas devem ser incluídas, desde que sejam estruturas ou modelos metafóricos considerados existentes dentro da mente humana. Estas estruturas podem, então, ser usadas para trazer à tona profundo significado pessoal.

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Faces Externas

Domínios

      Os domínios são usados metaforicamente. Mais corretamente, eles representam áreas de interesse. Superior e inferior referem-se a mais do que à colocação social, cultural ou ética. No entanto estes termos ainda apresentam alguma herança cultural. Superior normalmente deve referir-se ao mais denso e, portanto, seria considerado como os reinos inferiores na desindividualização ou nas estruturas teóricas de foco espiritual. Para efeitos de CyberCraft processos solares podem ser considerados como Processos de Domínio Superior, os processos relacionais como Processos de Domínio Médio e os processos lunares como Processos de Domínio Inferior.

      Esta é uma reversão das habituais estruturas de cunho espiritual que conduzem o iniciado em isolamento e pobreza. A CyberCraft não necessita ser asceta nem incômoda. Se esta chegar a um quadro não agradável ela precisa morrer e renascer.

      Superior refere-se à densidade relativa da matéria. As ciências humanas são mais adequadas para os seres humanos, as ciências espirituais mais apropriadas para os espíritos. Nos domínios superiores conhecimento sobre ervas e tópicos de auto-ajuda são mais regra do que exceção.

Aspectos Religiosos — Domínio Inferior

      O metafórico Domínio Inferior é o domínio das relações. Este é a base do sistema de crença religiosa que deve refletir o relacionamento ético-humanitário no seu planeta natal e na humanidade. Dependendo do foco pessoal a Terra pode ser personificada ou considerada a avó ou mãe da humanidade. Ela deve ser intitulada como Gaia, Mãe ou Matrix (ou Matriz), o espaço que permite a existência de todas as formas físicas e não-físicas de vida habitantes deste planeta. Os processos solares envolvidos devem ser considerados como uma "auto-checagem" para evitar a poluição deste ambiente, em detrimento de todas as formas de vida.

      Podem existir outras matrizes. A CyberCraft deve se preocupar com manifestações planetárias locais sem negar a existência de outras matrizes.

      A Matrix está emparelhada com Patrus, que é um símbolo de tudo o que tem acontecido com e sobre a Matrix. Fenômenos incluídos são os eventos geológicos, fenômenos meteorológicos, intrusões de fora da Matriz, como impactos de meteoros, panspermia e intervenções diretas vindas de outras raças espaciais. De certo modo, Patrus pode ser tido como os processos evolutivos ou história de toda a vida na Matrix. Matrix e Patrus sobrepõem, interligam ou conectam, as formas de vida.

      Outras entidades personificadas ou romantizadas devem existir dentro da Matriz. Estes devem ser a Senhora/Lady e o Senhor/Lord, considerados como mais importantes ou de uma natureza relativamente mais imediata a serem vistos como Entradas para outras entidades, outros espaços, naturezas físico-energéticas ou espaços psíquicos. Frequentemente a Senhora e o Senhor devem ser comemorados como perfeitos padrões humanos. Matrix e Patrus juntamente com a Senhora e o Senhor devem ser lembrados a cada celebração de Lua Cheia.

Emprego da Bruxaria — Domínio Médio

      O metafórico Domínio Médio deve ser o do emprego da Arte. Primeiramente enfatizamos as representações físicas do Domínio Médio. Ferramentas especiais devem ser selecionadas para um indivíduo ou grupo. Estas ferramentas podem ou não refletir seu uso, contudo devem ser mais apropriadas para a cultura e / ou localidade geográfica do que para seu uso tradicional.

      Vestes especiais podem ser apropriadas, contudo a nudez é mais útil para a metaprogramação. O cerne do indivíduo deve ser considerado antes de escolher ferramentas ou vestimentas.

      Ferramentas e rituais devem ser usados para imediatos esforços de metaprogramação. Rituais dramáticos devem ser utilizados beneficamente para a programação individual ou alinhamento do grupo.

      Experimentos em comunicação com entidades não-físicas ou desencarnadas devem ser um objetivo. Novos modos de relacionamento sexual ou de vida emocional devem ser incorporados contanto que os membros sintam-se confortáveis com tais atividades. Segurança, tanto física como emocional, deve ser primordial. Treinamento de indivíduos pode ser necessário para ajudá-los em seu crescimento em áreas desconhecidas.

      Um foco importante do Domínio Médio é a criação e manutenção da Vontade. Atualmente os humanos têm sido despojados de sua Vontade. A Cybercraft espera gerar e utilizar rituais e técnicas de programação apropriados para alcançar este objetivo.

Incorporação das Ciências Físicas — Domínio Superior

      O metafórico Domínio Superior deve ser o dos sistemas de conhecimento físicos e humanos, ou seja, conhecimento médico (de parto, cuidados infantis e manutenção da saúde), nutricional, cosmético, exercícios e conhecimento de sistemas criativos, isto é, costura, culinária, ciências de construção, jardinagem e técnicas de agricultura orgânica e técnicas de defesa pessoal.

      A CyberCraft deve inicialmente fornecer a estrutura para a imersão em um domínio. O indivíduo ou grupo deve decidir qual nível precisa focar.

Organização

      CyberCraft deve tentar incorporar técnicas comprovadas de gestão de células ou pequenos grupos, mantendo a intimidade/proximidade entre os membros. Os líderes destes grupos podem ser indivíduos de qualquer sexo e de qualquer orientação sexual, contudo devem ser emocionalmente estáveis — que saibam lidar melhor com suas emoções que a maioria das pessoas. Eles podem escolher os seus próprios nomes e títulos. Ou a CyberCraft pode atribuir um título a fim de estabelecer uma tradição um pouco formalizada, mas sem restrições. Sugerimos as seguintes classificações:

⇨     Aspirante              —   uma mente inquiridora.

⇨     CiberNauta          —  um humano evoluindo do quarto ao oitavo circuito, um aspirante a CyberPriest/ess.

⇨     CyberPriest/ess —  um humano em pleno funcionamento do oitavo circuito.

⇨     Transitioner        —  um jovem ou humano do oitavo circuito que demonstra sinais de metamorfose física.

⇨     Novo Humano    —  alguém que completou a transição.

⇨     Cyberim               —  o complexo total de pessoas praticando CyberCraft.

      A célula ou grupo deve ter cerca de 2 a 15 membros. No entanto qualquer número de participantes pode ser utilizado desde que a intimidade genuína seja mantida.

      A CyberCraft deve tentar atender às necessidades políticas e econômicas de seus praticantes. Uma infra-estrutura econômica deve ser estabelecida na metodologia CyberCraftiana. Enriquecimento pessoal e empoderamento como oposição ao engrandecimento pessoal devem ser o objetivo, permitindo ao membro viver bem em qualquer ambiente difícil ou estranho econômica e politicamente.

Requisitos Emocionais

      Qual é o papel do amor na CyberCraft? O amor em suas várias formas permeia a CyberCraft. Do amor materno e fraterno, ao amor pelo conhecimento e sabedoria, ao desejo e a paixão, o prazer do complexo mente-corpo, etc. O amor desempenha um papel vital. Mas não somos tão ingênuos a ponto de supor que exista apenas um tipo de amor. Muitos tons e sabores diferentes compõem este arco-íris de emoção. A CyberCraft deve experimentar e enfatizar como diferentes formas de amor são possíveis.

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Faces Internas

      Estas são considerações internas geralmente não apresentáveis para o público em geral. As pérolas são delicadas. Não precisamos maculá-las. As faces internas podem ser determinadas num momento posterior.

      A CyberCraft é um jogo; o jogo da vida. Jogue-o!

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Adaptado por Lizza Bathory de Sacred-texts

CyberCraft: Os Quatro Circuitos Inferiores

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Faces Externas

Domínios


      Os domínios são usados metaforicamente. Mais corretamente, eles representam áreas de interesse. Superior e inferior referem-se a mais do que à colocação social, cultural ou ética. No entanto estes termos ainda apresentam alguma herança cultural. Superior normalmente deve referir-se ao mais denso e, portanto, seria considerado como os reinos inferiores na desindividualização ou nas estruturas teóricas de foco espiritual. Para efeitos de CyberCraft processos solares podem ser considerados como Processos de Domínio Superior, os processos relacionais como Processos de Domínio Médio e os processos lunares como Processos de Domínio Inferior.

      Esta é uma reversão das habituais estruturas de cunho espiritual que conduzem o iniciado em isolamento e pobreza. A CyberCraft não necessita ser asceta nem incômoda. Se esta chegar a um quadro não agradável ela precisa morrer e renascer.

      Superior refere-se à densidade relativa da matéria. As ciências humanas são mais adequadas para os seres humanos, as ciências espirituais mais apropriadas para os espíritos. Nos domínios superiores conhecimento sobre ervas e tópicos de auto-ajuda são mais regra do que exceção.

Aspectos Religiosos — Domínio Inferior

      O metafórico Domínio Inferior é o domínio do relacionamento. Este é a base do sistema de crença religiosa que deve refletir o relacionamento ético-humanitário no seu planeta natal e na humanidade. Dependendo do foco pessoal a Terra pode ser personificada ou considerada a avó ou mãe da humanidade. Ela deve ser intitulada como Gaia, Mãe ou Matriz, o espaço que permite a existência de todas as formas físicas e não-físicas de vida habitantes deste planeta. Os processos solares envolvidos devem ser considerados como uma "auto-checagem" para evitar a poluição deste ambiente, em detrimento de todas as formas de vida.

      Podem existir outras matrizes. A CyberCraft deve se preocupar com manifestações planetárias locais sem negar a existência de outras matrizes.

      A Matriz (ou Matrix) é emparelhada com Patrus , que é um símbolo de tudo o que tem acontecido com e sobre a Matrix . Fenômenos incluídos são os eventos geológicos, fenômenos meteorológicos, intrusões de fora da Matriz, como impactos de meteoros, panspermia e intervenções diretas vindas de outras raças espaciais. De certo modo, Patrus pode ser tido como os processos evolutivos ou história de toda a vida na Matrix. Matrix e Patrus sobrepõem, interligam ou conectam, as formas de vida.

      Outras entidades personificadas ou romantizadas devem existir dentro da Matriz. Estes devem ser a Senhora/Lady e o Senhor/Lord, considerados como mais importantes ou de uma natureza relativamente mais imediata a serem vistos como Entradas para outras entidades, outros espaços, naturezas físico-energéticas ou espaços psíquicos. Frequentemente a Senhora e o Senhor devem ser comemorados como perfeitos padrões humanos. Matrix e Patrus juntamente com a Senhora e o Senhor devem ser lembrados a cada celebração de Lua Cheia.

Emprego da Bruxaria — Domínio Médio

      O metafórico Domínio Médio deve ser o do emprego da Arte. Primeiramente enfatizamos as representações físicas do Domínio Médio. Ferramentas especiais devem ser selecionadas para um indivíduo ou grupo. Estas ferramentas podem ou não refletir seu uso, contudo devem ser mais apropriadas para a cultura e/ou localidade geográfica do que para seu uso tradicional.

      Vestes especiais podem ser apropriadas, contudo a nudez é mais útil para a metaprogramação. O cerne do indivíduo deve ser considerado antes de escolher ferramentas ou vestimentas.

      Ferramentas e rituais devem ser usados para imediatos esforços de metaprogramação. Rituais dramáticos devem ser utilizados beneficamente para a programação individual ou alinhamento do grupo.

      Experimentos em comunicação com entidades não-físicas ou desencarnadas devem ser um objetivo. Novos modos de relacionamento sexual ou de vida emocional devem ser incorporados contanto que os membros sintam-se confortáveis com tais atividades. Segurança, tanto física como emocional, deve ser primordial. Treinamento de indivíduos pode ser necessário para ajudá-los em seu crescimento em áreas desconhecidas.

      Um foco importante do Domínio Médio é a criação e manutenção da Vontade. Atualmente os humanos têm sido despojados de sua Vontade. A CyberCraft espera gerar e utilizar rituais e técnicas de programação apropriados para alcançar este objetivo.

Incorporação das Ciências Físicas — Domínio Superior

      O metafórico Domínio Superior deve ser o dos sistemas de conhecimento físicos e humanos, ou seja, conhecimento médico (de parto, cuidados infantis e manutenção da saúde), nutricional, cosmético, exercícios e conhecimento de sistemas criativos, isto é, costura, culinária, ciências de construção, jardinagem e técnicas de agricultura orgânica e técnicas de defesa pessoal.

      A CyberCraft deve inicialmente fornecer a estrutura para a imersão em um domínio. O indivíduo ou grupo deve decidir qual nível precisa focar.

Organização

      A CyberCraft deve tentar incorporar técnicas comprovadas de gestão de células ou pequenos grupos, mantendo a intimidade/proximidade entre os membros. Os líderes destes grupos podem ser indivíduos de qualquer sexo e de qualquer orientação sexual, contudo devem ser emocionalmente estáveis, que saibam lidar melhor com suas emoções que a maioria das pessoas. Eles podem escolher os seus próprios nomes e títulos. Ou a CyberCraft pode atribuir um título a fim de estabelecer uma tradição um pouco formalizada, mas sem restrições. Sugerimos as seguintes classificações:

⇨       Aspirante              —   uma mente inquiridora.

⇨      CiberNauta           —  um humano evoluindo do quarto ao oitavo circuito, um aspirante a CyberPriest/ess.

⇨     CyberPriest/ess   —  um humano em pleno funcionamento do oitavo circuito.

⇨     Transitioner          —  um jovem ou humano do oitavo circuito que demonstra sinais de metamorfose física.

⇨      Novo Humano    — alguém que completou a transição.

⇨     Cyberim                 —  o complexo total de pessoas praticando CyberCraft.

      A célula ou grupo deve ter cerca de 2 a 15 membros. No entanto qualquer número de participantes pode ser utilizado desde que a intimidade genuína seja mantida.

      A CyberCraft deve tentar atender às necessidades políticas e econômicas de seus praticantes. Uma infra-estrutura econômica deve ser estabelecida na metodologia CyberCraftiana. Enriquecimento pessoal e empoderamento como oposição ao engrandecimento pessoal devem ser o objetivo, permitindo ao membro viver bem em qualquer ambiente difícil ou estranho econômica e politicamente.

Requisitos Emocionais

      Qual é o papel do amor na CyberCraft? O amor em suas várias formas permeia a CyberCraft. Do amor materno e fraterno, ao amor pelo conhecimento e sabedoria, ao desejo e a paixão, o prazer do complexo mente-corpo, etc. O amor desempenha um papel vital. Mas não somos tão ingênuos a ponto de supor que exista apenas um tipo de amor. Muitos tons e sabores diferentes compõem este arco-íris de emoção. A CyberCraft deve experimentar e enfatizar como diferentes formas de amor são possíveis.

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Faces Internas

      Estas são considerações internas geralmente não apresentáveis para o público em geral. As pérolas são delicadas. Não precisamos maculá-las. As faces internas podem ser determinadas num momento posterior.

A CyberCraft é um jogo; o jogo da vida. Jogue-a!

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Pensadores e Provadores: O cuidado e a Alimentação do Bio-Computador Humano


Nota do editor: O que se segue é um resumo vagamente parafraseado dos primeiros capítulos de PROMETHEUS RISING (Falcon Press, 1983) de Robert Anton Wilson.

Os Circuitos

      Este modelo de consciência humana emprega as seguintes metáforas: bio-circuito e psycho-stat. Cada bio-circuito, por vezes referido apenas como circuito, e um psycho-stat tem uma série de funções tal como ocorre com um seletor de canais e controle de volume. Em nosso processador eletro-coloidal, ao qual chamamos como cérebro há conexões físicas, os neurônios, que contém nossas memórias e processa nossos pensamentos e as informações, o que é significativo é armazenado nessas conexões. Quando nós pensamos ou reagimos a algum estímulo usamos estes circuitos por default. Nós literalmente desconhecemos coisas que não sabemos e não podemos fazer coisas que não aprendemos. Os bio-circuitos são os programas que regem os pensamentos e ações que empregamos em nossa vida diária. Os psycho-stats são os controles que permitem a aceleração ou a desaceleração, a intensificação ou a diminuição dos bio-circuitos. Nós podemos escolher o quão profundamente sentiremos um circuito.

      Nossa experiência demonstra que apenas saber onde se está no mapa permite que o CiberNauta navegue por outros circuitos e manipule os psycho-stats para tornar sua vida mais agradável.

O Modelo

      O Pensador pensa, o Provador prova. Isto foi afirmado enfaticamente por Dr. Lenard Orr. O cérebro humano, tal como o cérebro de outros animais, atua como um computador eletro-coloidal, não como um computador de estado sólido, e segue as mesmas leis que regem o cérebro de outros animais. Ou seja, os programas diretores orgânicos atuam no cérebro como ligações eletro-químicas, em discretos estágios quântico-orgânicos.

      Isto não quer dizer que o cérebro humano é um computador, mas apenas que atua como um. O modelo de computação se encaixa melhor no conhecimento atual. Vamos rever apenas brevemente o que sabemos sobre computadores.

      Um computador tem dois componentes principais, hardware e software. Destes o hardware é a parte física. Ele é composto por cinco peças necessárias: um dispositivo para processar a informação, a Unidade Central de Processamento (CPU), um dispositivo de entrada para enviar instruções para a CPU, o teclado, um dispositivo de saída para recebimento de mensagens da CPU, o monitor ou a impressora, uma área de armazenamento temporário para a CPU, a memória, e um dispositivo de armazenamento permanente de informações, o disquete ou o disco rígido.

      Neste modelo de hardware o cérebro atua como um computador que recebe, processa, transmite e arquiva informações. E, como num computador, os dispositivos ou peças individuais do cérebro são distintos e manipuláveis, quer pelos processos eletroquímicos ou força mecânica. Os elementos discretos/distintos podem ser criados, modificados ou destruídos facilmente em único lugar e de uma só vez.

      O outro componente é o software. Este se trata das instruções dadas ao computador sobre como deve operar. Eles (software é geralmente, por natureza, plural) existem tanto dentro como fora do computador simultaneamente. Embora se possa localizar facilmente o hardware no espaço-tempo, o software é mais efêmero; pode estar em muitos lugares diferentes ao mesmo tempo. Pode-se destruir o hardware enquanto o(s) software(s) vive(m) sem entraves.

      Existem dois tipos básicos de software: sistemas operacionais e aplicativos. Os sistemas operacionais, por vezes, chamados de programas de controle mestre, são os backbones do software. Todas as aplicações viajam através dos backbones. As aplicações são as instruções individuais que fazer com que a CPU compute, tome decisões e transmita informações.

Brainware

      "O que o Pensador pensa o Provador prova." Hoje temos, melhor do que nunca, noção de como funciona o cérebro. Eu vou abordar os aspectos de hardware em uma seção posterior. Primeiramente lidarei com aspectos do software do cérebro humano.

      O software cerebral, ou brainware, tem três partes básicas:

⇨   IMPRINTS Estes são, mais ou menos, programas interligados (fisicamente apresentam conexões electro-químicas) que o cérebro está geneticamente adaptado para aceitar SOMENTE em determinados pontos do seu desenvolvimento. Estes pontos são conhecidos, em etologia, por vezes como "imprint vulnerability". O imprinting é involuntário por natureza.

⇨  CONDICIONAMENTO — Estes são os programas construídos para os imprints. Eles são mais flexíveis e bastante fáceis de mudar com o "counterconditioning". O condicionamento é relativamente mais voluntário do que o imprinting.

⇨  APRENDIZADO — Isto é ainda mais flexível e mais "suave" do que o condicionamento. O aprendizado é relativamente mais voluntário do que condicionamento.

      Geralmente, o imprint primordial sempre pode anular qualquer condicionado e/ou aprendizado subsequente. Um imprint é um tipo de software que incorporou-se ao hardware, denominado "firmware", em jargão da informática, sendo impresso nos neurônios antes destes estarem totalmente desenvolvidos, ou modificado em algum momento quando eles estão singularmente vulneráveis. O imprinting é extremamente difícil de modificar uma vez que o imprint tenha sido feito. Alguns consideram que é impossível alterar o imprinting.

      Os imprints são aspectos inegociáveis da nossa individualidade. Fora das infinitas possibilidades de programas já existentes como potenciais brainwares, o imprint estabelece os limites, parâmetros, perímetros dentro dos quais todo o condicionamento e aprendizagem subsequente deve ocorrer.

      Antes do imprinting a consciência da criança é uma lousa limpa, é "sem forma e vazia". Outra analogia é a explosão ou consciência incondicionada que os místicos chamam de iluminação. Quando o primeiro imprint é feito a estrutura começa a tomar forma. A mente emergente fica presa dentro desta estrutura de imprinting; ela identifica-se com a estrutura. E num certo sentido, torna-se a estrutura.

      Cada imprinting posterior acrescenta e torna mais complexo os imprintings anteriores. Através de parte deste "brainware profundo" experimentamos eventos de vida que são interpretadas à luz dos imprintings atuais.

      Além disso, o condicionamento e aprendizagem adicionam ramificações neste quadro básico de imprintings. A estrutura total deste circuito cerebral compõe o nosso mapa e nossas visões de mundo. Fundamentalmente experimentamos nossa realidade, em referência e de acordo com o software em nossos cérebros. A realidade que nós conhecemos é um construção estabelecida e mantida em nossos cérebros, nossas mentes. Nesta macroestrutura mental, o Pensador pensa e os provadores provam mecanicamente, encaixando todas as informações em estruturas já existentes.

Centros de Brainware — Os Bio-Circuitos

     RAW modificou ligeiramente os 8 bio-circuitos do Dr. Timothy Leary. É bastante importante lembrar que as seguintes descrições são metafóricas. Elas são semelhantes a um menu de pratos. É evidente que o menu não é muito saboroso ou nutritivo. Por favor, lembre-se que cada um dos seguintes circuitos pode ser afetado positivamente ou negativamente por qualquer razão concebível para qualquer fim acidental ou pretendido.

Quatro Circuitos Inferiores

   1. O circuito da Bio-Sobrevivência (Oral)

   2. O circuito Emocional/Territorial (Anal)

   3. O circuito da Destreza/Simbolismo (Temporal)

   4. O circuito Sexual/Social (Moral)

Mapa dos Quatro Circuitos Inferiores

        Imprint     Local         Outras nomeações

                                             Freud      Jung          Berne         Sagan

I      3-4             Límbico    Oral        Sensação  Natural       Réptil

II    500-1000  Tálamo     Anal       Emoção     Adaptado   Mamífero

III  100000       Córtex       Latente  Reação      Adulto        Humano

IV  30000         Esquerdo  Fálico    Ignorado   Genitor       Ignorado


Modelos de Personalidade

Circuito I       Narcisista              Levemente Narcisista
                      Relacionado à Mãe/Corpo/Comida

Circuito II      Emotional                Militante Fervoroso
                      Relacionado às Pessoas/Familia/Sociedade

Circuito III    Racionalista          Filósofo
                      Relacionado ao Abstrato/Fala

Circuito IV    Moralista               Amante/Genitor
                      Relacionado ao Sexo/Amante/Genitor

Circuito Um — Oral

      O Circuito Um é o centro que mais se aproxima das perspectivas que temos sobre nossos corpos. Caso uma ameaça corporal ocorra nós automaticamente nos voltamos completamente para as operações do Circuito Um. "Eu não penso sobre isso, meu corpo apenas move-se", diz o pugilista. Quando tal recuo para um circuito acontece, todos os outros centros são ignorados instantaneamente. O Circuito Um é o primeiro e o mais antigo circuito em operação. Alguns chamam-lhe de o cérebro réptil. Suas principais características são ação completamente automática e reação irrefletida por uma influência física.

      Ao nascer, a primeira impressão (imprinting) é a da Mãe. Qualquer coisa pode ser impressa como Mãe. É conhecido o fato de animais selvagens imprimirem como tal tanto coisas quanto animais de outras espécies. Acidentes, intrusões e acasos podem afetar imprintings a este nível. Imprintings adicionais podem ocorrer posteriormente quando há uma ameaça corporal. Áreas de interesse do Circuito Um são as áreas de saúde, artes marciais e qualquer uma que estimula ou deprime o corpo humano.

      Às vezes este circuito fica fora de controle. Deixamos o psycho-stat totalmente on ou quase off. Após isto é possível imaginar ameaças físicas que não têm base na realidade. Os resultados disto podem ser bastante trágicos.

Circuito Dois — Anal

      O Circuito Dois é o próximo estágio de imprinting. Uma vez que a criança aprende a se movimentar ele encontra outros. O Circuito Dois é responsável pelo imprinting que envolve autoridade. Normalmente, isso é simbolizado pelo Pai. A criança primeiro imprime sua relação com a mãe, com quem partilha corpo e alimentos. A segunda impressão é de seu relacionamento com o Pai. Agora não há duas coisas em seu universo, há três. Junto com o imprinting de Pai está a autoridade condicionada. Se a criança faz algo "bom" ou "mau" ela descobre que a mãe e o pai podem fazer algo a respeito. Destas situações regras afloram. Rapidamente a criança aprende as normas da família!

      A autoridade age sobre a excreção — aprendizado do uso do toalete. A excreção requer um controle mais preciso do corpo. Os pais usam seu poder e autoridade para condicionar a criança no ato de expulsão de excrementos. Este circuito é normalmente estendido para o grande mundo humano com regras, regulamentos, leis e normas. A excreção corporal é substituída por tinta e excreções eletrônicas. É adequado portanto referir-se a esta como uma fase anal. E não é de se estranhar que militares e políticos refiram-se aos colegas de classe como "merda" ou "bundão". "Gotta' get my ass outta' here", "cover your ass, pal", "you asinine idiot" e "you shit head" são referências típicas. Quando há preocupações de natureza autoritária ou política a mente humana busca instrução no segundo circuito. Áreas de interesse de tal circuito são, naturalmente, as estruturas hierárquicas de autoridade, a família, os sistemas penal, militar e político em geral.

      Geralmente problemas sociais do segundo circuito são tratados como ameaças pelo Circuito Um, com o encarceramento corpóreo ou pela remoção da ameaça aos tickets de bio-sobrevivência (dinheiro).

Circuito Três — Semântica Ligação com o Tempo

      O Circuito Três tira-nos do mundo físico e nos leva para o abstrato. Uma vez que a criança aprende a falar, ela sente sua relação com os símbolos. Ela deve aprender a simbolizar, para descrever o abstrato. O Circuito Três é um centro que utiliza e manipula ideias, conceitos, fatos e figuras.

      É tentador se referir ao Circuito Três como "a mente". Mas não é esta. O órgão expressivo primário para este circuito é a boca, o portal a partir do qual os símbolos, conceitos e ideias saem. Na realidade consensual a humanidade usa a distinção artificial entre mente e corpo. A mente é o corpo e o corpo é a mente.

      Korzybski disse que aqueles que governam os símbolos nos governam. Humanos são primatas (domesticados), são criaturas que utilizam símbolos.

      Se Moisés, Confúcio, Buda, Maomé, Jesus e São Paulo podem ser considerados influências de modo de vida, e eles certamente o são para muitos, então é porque o seu "sinal/símbolo", seu significado tem sido transmitido através do tempo e espaço para o nosso pequeno canto do mundo. Seu significado e propósito têm sido transmitidos a nós por sistemas de símbolos. Esses sistemas incluem palavras, obras de arte, músicas, rituais e ritos não reconhecidos, ou seja, "jogos" através do qual a cultura/culto é transmitido. Marx e Hitler, Newton e Sócrates, Shakespeare e Jefferson, etc., continuam a governar partes da humanidade da mesma forma — através do circuito semântico. Torna-se então claramente óbvio que o sistema simbólico condiciona as informações transmitidas, deste modo condicionamos a mente que recebe a informação condicionada.

      Nós ainda somos governados, mais ou menos conscientemente, pelos inventores da roda, arado, alfabeto(s), até mesmo pelos vários engenheiros de estradas ao longo da História. Os fundadores das religiões do mundo nos governam através de suas criações, condicionando nossas mentes a aceitar sua mensagem e rejeitar as demais.

      O Circuito Três é a ligação com o tempo que fornece uma referência a partir de um ponto no tempo para outro. É também usado para subdividir e reconectar as coisas, através do prazer. Não parece haver nenhum fim da tarefa de analisar, sintetizar, criar, dividir e juntar, rotular e armazenar experiências. Este é o monólogo interno que é então exteriorizado continuamente. No nível histórico este é o aspecto da "ligação com o tempo"/time-binding que uma geração adiciona ou subtrai à soma total do conhecimento e experiência humana.

      Porquanto que as palavras contêm diversas denotações (referentes no mundo sensório-existencial) e conotações (tons emocionais e poéticos ou ganchos retóricos), os seres humanos podem ser estimulados a realizar determinada ação, mesmo por palavras que não têm nenhum significado ou de referência real. Este é o mecanismo da demagogia, publicidade, e de grande parte das religiões organizadas.

      O Circuito Três pode ir além. O psy-stat também torna-se superior. As pessoas envolvidas com os circuitos mais elevados (do  V ao VIII) nos dizem que "a razão é uma prostituta", isto é, o circuito semântico é notoriamente vulnerável à manipulação por parte dos circuitos mais antigos, mais primitivos. Embora o racionalista possa ressentir-se disso, isto é sempre verdadeiro no curto prazo. Ou seja, é sempre pragmaticamente verdadeiro.

      O Circuito Três pode tornar-se tão idealista, tão revolucionário de tal forma que a sociedade pode não ser capaz de lidar com a rápida mudança. Geralmente uma sociedade lida com tais problemas através do violento Circuito Um ou do ameaçador Circuito Quatro. Quem pode amedrontar suficientemente as pessoas (produzindo bastante ansiedade de bio-sobrevivência ou culpa sexual) pode vender rapidamente a estas qualquer caminho verbal que pareça fornecer o alívio necessário a partir da ansiedade. Uma vez que a ameaça é experimentada, o Circuito Três é contornado, e novos símbolos pode ser conectados ao computador humano.

      Mais será dito posteriormente sobre o Circuito Três e suas associações. às quais Richard Dawkins refere-se como memes.

Circuito Quatro — Moral

      O Circuito Quatro é o próximo centro de operação ou modelo de pensamento. Este centro é alcançado pelo despertar dos hormônios sexuais no corpo dos jovens. Uma vez que ocorre o despertar sexual a sociedade tem o dever de regular a expressão sexual. Este circuito poderia ser chamado de Circuito da Culpa, uma vez que esta é usada largamente para controlar indivíduos, e não melhorar a vida humana.

      O "imprint vulnerability" é agudo. Os primeiros sinais sexuais ativados no sistema nervoso do adolescente fixam-se por toda a vida, definindo a sexualidade do indivíduo. Eles dão uma guinada, os desnorteados possuidores de novos corpos despertam para um novo ritmo. Sexo!

      Como qualquer adulto pode dizer, este é um momento delicado. Acidentes podem acontecer e contribuirem ou não para uma experiência positiva. Acidentes que incidem sobre este imprint são tão eficazes quanto os totalmente intencionais. Com o passar do tempo a sexualidade do indivíduo se desenvolve. Parentes e amigos, todos têm uma palavra a dizer no condicionamento. As escolas desempenham seu papel no processo de aprendizagem com a educação sexual. A própria sociedade tem seu papel guiando no Circuito Quatro e definindo o que é e o que não é aceitável em nossas atividades.

      O Circuito Quatro pode ser utilizado de duas maneiras para regular outros circuitos. O Circuito Três, das preocupação sociais, pode ser aliviado pelo Circuito Quatro. Tire as oportunidades sexuais de um ser humano e ele vaí considerar as suas opções. Uma forma ainda mais útil de modificar o comportamento de um indivíduo é ameaçar seus filhos. O Circuito Quatro é o estágio parental. A sociedade aprimora e ameaça os pais com programas de benefícios sociais quando insinua a remoção de benefícios e crianças.

Trabalhando Circuitos

      A tarefa do cibernauta é empregar um psico-stat para acelerar e desacelerar todos os circuitos de modo a proporcionar a proteção ideal contra influências externas, libertando o circuito para ele melhor trabalhar e otimizar o imprinting, condicionando a aprendizagem para fins éticos escolhidos pelo cibernauta. Usando exercícios de metaprogramação para cada circuito que pudermos deliberadamente sintonizar, a fim de que nossas perspectivas e ações reflitam melhor a realidade consensual. Ou podemos habilmente explorar as áreas que nos interessam mais.

Conclusão

      O que o Pensador pensa que o Provador prova. Qualquer que seja nossa perspectiva de nossos corpos, nossas reputações, ou nossa postura filosófica e nossa sexualidade é necessário provar a nós mesmos que o que pensamos é preciso. Felizmente agora sabemos o que afeta a programação interna. Isso torna muito mais fácil modificar a nós próprios para uma vida mais ideal, para uma existência mais agradável.

      As descrições acima são dos quatro circuitos inferiores. A intenção do artigo é informar. Muito trabalho precisa ser feito na forma de integrar positivamente estes centros primitivos para uma vida melhor. É hora de tomarmos o controle das rédeas de nossas vidas. Por muito tempo as mídias, as máquinas de propagandas político-religiosas, nossos colegas e entes queridos nos manipularam em direção a metas previamente selecionadas. A tarefa do cibernauta é holística e positivamente reimprintar, recondicionar e reaprender em direção a um objetivo pessoal.

      Entre os circuitos superior e inferior se estabelece um período de dúvida ao qual chamamos Darkmoor.


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      No próximo artigo vamos analisar os Quatro Circuitos Superiores.

      São eles:
   5. O Holístico Circuito Neurossomático.

   6. O Coletivo Circuito Neurogenético.

   7. O Circuito da Metaprogramação.

   8. O Quântico Circuito Não-Local

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Adaptado por Lizza Bathory de Sacred-texts

Darkmoor

      Entre os Circuitos Superiores e Inferiores encontra-se um local de incerteza e medo. Este tem muitos nomes, mas o cibernauta refere-se a este lugar como Darkmoor. Quando o indivíduo, através de experiências de vida ou dedicação nos estudos, descobre a existência de estados de espírito mais avançados, normalmente, ocorre um tempo de incerteza.

      Por que me sinto desta maneira? Estou louco? Será que vou ter problemas? E a minha família e amigos? Será que vão me evitam? E se eles o fizerem? Estas são as dúvidas típicas. A minha era "Eu estou possuído por demônios?" Infortunadamente, por cerca de 10 anos atrás, eu lutei contra o fluxo. Lutei contra eu mesmo no Darkmoor. Me tornei vítima de minhas próprias projeções temerosas. Fiquei obcecado pelo medo de possessões demoníacas. Estive preso no Darkmoor por longos dez anos.

      Nós nos sentimos confortáveis em nossos quatro circuitos. No entanto, algumas pressões internas nos impulsionam para a frente em direção a territórios mais avançados. A CyberCraft ensina-nos que o que nos move para o Darkmoor é a nossa herança genética. Isso é algo que somos completamente incapazes de restringir ou deter. Lutar contra isto é tão eficaz quanto um jovem adolescente lutar contra o despertar de sua sexualidade. Ignorar o despertar aumenta a ocorrência de estados emocionais patológicos.

      Muitos dos aficionados neo-pagões já experimentaram este tempo de incerteza e prosseguiram. A religião da Deusa nos ajuda a perceber que as instituições religiosas dos Circuitos II e IV são incompletas pois elas negligenciam o corpo e a mente como uma entidade unificada. Os processos universais de vida nos lembra desta unidade.

      Darkmoor não é realmente um lugar ruim. É um momento para tentar. Um tempo para usar os novos músculos mentais e emocionais; alongar os velhos para se adaptar aos novos limites; e desenvolver novas ligações com a Matrix, Patrus, Lady e Lord. Para algumas pessoas, é um momento de alegria e descoberta. Para outros o Darkmoor é realmente muito obscuro.

      Dependendo da programação anterior, um cibernauta ou CyberPriest/ess pode recomendar alguns exercícios muito simples para ajudar o Aspirante a superar erros anteriores. Este autor sugere ao Aspirante que a qualidade do tempo gasto nessa área ajuda a gerar experiências de boa qualidade em outras áreas.

      Talvez os melhores rituais de auto-integração são aqueles que incluem ensinamentos que levam à consciência dos circuitos superiores. Na verdade, não posso imaginar uma pessoa que vá experimentar a dureza do Darkmoor sem prévio conhecimento dos circuitos superiores. No entanto, um indivíduo programado para encarar o avanço como algo mal ou demoníaco enfrentará um período infernal durante o Darkmoor.

      A passagem através deste pode ser divertido e emocionante. Conquanto deve-se tornar-se ciente dos circuitos superiores para navegar de forma eficaz através do Darkmoor.

Adaptado por Lizza Bathory de Sacred-texts